Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Os Reinos Perdidos: Uma Terra de onde vem os lingotes de ouro


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Livro, OS REINOS PERDIDOS (The Lost Realms) Capítulo 11 – UMA TERRA DE ONDE VÊM OS LINGOTES (de OURO)  de Zecharia Sitchin
“Havia um homem na terra de Uz cujo nome era Jó; e aquele homem era perfeito e justo, temia a Deus e repudiava o mal.” Ele foi abençoado com uma grande família e milhares de ovelhas e bois. Era “o homem mais importante do Leste”.
Então, um dia, a música dos deuses veio à presença de Yahweh e Satã junto. Yahweh  perguntou a Satã onde ele estivera e Satã respondeu: Perambulando pela Terra. Percorrendo-a inteira.” 
Assim começa a história bíblica de Jó, o homem justo que foi colocado à prova por Satã até os limites de sua fé em Deus. Enquanto uma calamidade se seguia à outra, e Jó começou a questionar os caminhos do Senhor, três de seus amigos viajaram de terras distantes para confortá-lo 
Edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com
Livro, OS REINOS PERDIDOS (The Lost Realms), da série de livros Crônicas da Terra, Capítulo 11 – UMA TERRA DE ONDE VÊM OS LINGOTES (de OURO)  de Zecharia Sitchin

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Capítulo 11 – UMA TERRA DE ONDE VÊM OS LINGOTES DE OURO
 Enquanto Jó enumerava suas queixas e dúvidas sobre a sabedoria divina, os amigos apontavam para ele as muitas maravilhas dos céus e da terra que eram conhecidas apenas por Deus. Entre elas, estavam as maravilhas dos metais e suas origens e a engenhosidade para encontrá-los e extraí-los das profundezas da terra: 
“Certamente existe uma fonte para a prata
E um lugar onde o ouro é refinado;
Onde o ferro é obtido dos minérios
E o cobre é refinado das pedras.
Na escuridão Ele coloca fim,
A utilidade ele busca
nas pedras nas profundezas da obscuridade.
Ele arranca o riacho de seu leito,
Onde homens estranhos e esquecidos se movem.
Existe uma terra de onde vêm os lingotes,
Cujo subsolo está revolto em fogo;
Um lugar onde estão as pedras verdes-azuladas,
Que possuem os minérios do ouro.
Mesmo o abutre não conhece o caminho para lá,
E os olhos de um falcão não a distinguem…
Lá Ele pousou Sua mão sobre o granito,
Ele revirou montanhas em suas raízes.
Ele cortou galerias através das rochas,
E tudo o que é precioso Seus olhos enxergaram,
Ele represou as fontes dos riachos,
E o que está oculto Ele trouxe à luz.”  
 
O homem conhece todos esses lugares? Será que o próprio homem descobriu todos os processos metalúrgicos? indagou Jó. Na verdade, desafiou seus três amigos querendo saber de onde vinha aquele conhecimento sobre minerais e metais. 
“E onde a Sabedoria será encontrada?
De onde vem a Compreensão?
Nenhum homem sabe suas consequências;
Sua fonte é onde nenhum mortal habita…
Ouro sólido não é a medida completa,
Em prata seu valor é incalculável.
Para o olho vermelho de Ophir não está confinado,
Nem pela preciosa cornalina ou lápis-Lazúli.
Ouro e cristal não são a medida dessa terra,
Nem seu valor em vasos de ouro.
Coral negro e alabastro não precisam de menção;
A Sabedoria está além de meras pérolas…
Claramente toda essa Sabedoria vem de Deus — ”  
 
Aquele que o enriquecera, retirara tudo, e era capaz de recuperá-lo: 
“Apenas Deus compreende seu curso e sabe como está disposto. Pois Ele pode varrer os confins da Terra e enxergar tudo o que está sob os céus.” 
A inclusão das maravilhas da mineração no discurso de Jó a seus três amigos pode não ter sido acidental. Embora nada se saiba sobre a identidade do próprio Jó, ou sobre a terra em que viveu, os nomes dos três amigos forneceram algumas pistas. O primeiro era Elipaz de Teman, do sul da Arábia. Seu nome sig­nificava “Deus é meu Ouro Puro”. O segundo era Bildad de Shu-ha, um país que se supõe localizado ao sul da cidade hitita de Karkemish, cujo nome significava “Lugar de Poços Profundos”. O terceiro era Zophar de Na’amah, um lugar que recebeu o nome da irmã de Tubal-Cain, “o mestre de todas as artes”, segundo a Bíblia. Os três vinham de terras associadas à mineração.
Ao fazer perguntas detalhadas, Jó (ou o autor do livro de Jó) demonstrou grande conhecimento de mineralogia, de mineração e de processos metalúrgicos. Seu tempo é certamente bem pos­terior ao da primeira utilização do cobre, quando se martelavam pedaços de cobre natural para fazer objetos úteis e os metais eram obtidos por mineração de matérias-primas que tinham de ser fundidas, refinadas, e moldadas. Na Grécia Clássica, no pri­meiro milénio a.C., a mineração e a metalurgia eram consideradas assuntos para quem desejava descobrir os segredos da natureza. A própria palavra metal deriva do grego metallao, que significava “buscar, encontrar coisas escondidas”.
Poetas e filósofos gregos, seguidos pelos romanos, perpetua­ram a divisão de Platão da história humana segundo as idades do Ouro, da Prata, do Bronze (cobre) e do Ferro, sendo a do Ouro considerada a idade ideal, em que os homens estavam mais perto dos deuses. Uma versão bíblica foi incluída na visão de Daniel. Ela começa com a argila e fornece uma escala acurada do progresso do homem. Depois de uma longa Idade Antiga da Pedra, inicia-se a Idade Média da Pedra no Oriente Médio, por volta de 11000 a.C. — logo depois do Dilúvio. Cerca de 3 600 anos mais (7400 a.C.) tarde, o homem saiu das montanhas para os vales férteis, iniciou a agricultura, a domesticação de animais e o uso de metais em bruto (encontrados na forma de pepitas, sem ne­cessidade de mineração ou purificação). Os estudiosos chamam esse período de Neolítico (Idade Nova da Pedra), mas na verdade foi quando a argila — para cerâmica e outros usos — substituiu a pedra, como narra a sequência do livro de Daniel.
O uso mais antigo do cobre foi na forma de pedras de cobre. Por esse motivo, muitos pesquisadores preferem chamar a tran­sição da idade da pedra para a dos metais de Calcolítico, ou Idade da Pedra de Cobre. Esse cobre era martelado até obter a forma desejada, ou submetido a um processo chamado têmpera, que consiste em ser amolecido pelo fogo. Acredita-se que esse tipo de trabalho em cobre (e mais tarde em ouro) tenha se iniciado nas terras altas, ao redor do Crescente Fértil do Oriente Médio, possibilitado devido às suas circunstâncias particulares.
O ouro e o cobre são encontrados em estado natural, não ape­nas na forma de veios profundos embaixo da terra, mas também na forma de pepitas (até mesmo em pó, no caso do ouro) que as forças da natureza — tempestades, enchentes, fluxo persistente de rios e riachos — soltam das rochas. As pepitas naturais desses metais têm sido encontradas nos leitos dos rios, ou nas suas proximidades, sendo separadas da lama e do cascalho por lava­gem com água (“garimpo de bateia”) ou por filtração. Embora isso não inclua a abertura de poços e túneis, o método é chamado de lavagem de aluviões. A maior parte dos peritos acha que tal mineração foi praticada nos altiplanos ao redor do Crescente Fértil da Mesopotâmia e nas costas orientais do Mediterrâneo, por volta do quinto milénio a.C., e certamente antes de 4000 a.C.
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(Esse é um processo que tem sido usado pelo homem através dos tempos. Poucas pessoas compreendem que os “garimpeiros” das famosas “corridas do ouro” do século 19 não eram verda­deiros mineradores, aqueles que entram na terra em busca do ouro, como aconteceu, por exemplo, na África do Sul. Na ver­dade, eles se dedicaram à lavagem de aluviões, peneirando o cascalho às margens dos rios para obter pepitas, ou pó de ouro. Durante a corrida do ouro no território do Yukon, no Canadá, por exemplo, “mineiros” usando uma picareta, uma calha e uma bateia chegaram a recolher um volume expressivo de ouro, mais de 28 toneladas por ano, segundo os relatos, durante os anos de pico, há um século. A produção real, provavelmente, era o dobro. É interessante notar que hoje em dia tal método de mineração con­tinua a ser praticado nas bacias do Yukon e do Klondike, obtendo centenas de quilos de ouro por ano.)
É digno de observação que, embora o ouro e o cobre estivessem igualmente disponíveis em estado natural, o ouro era mais pro­curado porque, ao contrário do cobre, não oxida. O homem do Oriente Médio naqueles primeiros milênios não utilizou o ouro, limitando seu uso ao cobre. Este fenômeno geralmente não tem explicação. Acreditamos que a explicação pode ser encontrada nas noções dominantes no Novo Mundo de que o ouro era um metal pertencente aos deuses. Quando o ouro entrou em uso pelo homem, no início do terceiro milênio a.C., ou vários séculos antes, foi para enfeitar os templos (literalmente, “A Casa de Deus”) e para fazer utensílios para o serviço dos deuses. Só em cerca de 2500 a.C. é que começou o uso do ouro pelas casas reais, indicando uma mudança de atitude cujos motivos ainda precisam ser in­vestigados.
As civilizações sumérias (e a hebraica) floresceram por volta de 3800 a,C. Descobertas arqueológicas comprovaram que seu início, tanto ao sul quanto ao norte da Mesopotâmia, se deu por volta de 4000 a.C. Essa época corresponde ao começo da verdadeira mi­neração, do processamento de minérios e da sofisticação meta­lúrgica. Este complexo e avançado setor do conhecimento, como o de outras ciências, teria sido transmitido aos povos antigos — contam as lendas — pelos nefilim, os deuses que vieram de Nibiru para a Terra. Revendo a história do uso humano dos metais, L. Aitchison (A History of Metals – “A História dos Metais”) reparou, surpreso, que os progressos alcançados na Antiguidade na área de metalurgia se devem, inevitavelmente, “aos sumérios”.
Os sumérios trabalhavam e utilizavam não só o cobre e o ouro, geralmente obtidos de pepitas naturais, mas também outros metais, que requeriam a extração de veios do minério nas rochas (como a prata), ou a fundição de minérios (como o chumbo, por exemplo).
A arte de produzir ligas — a combinação química na fornalha de dois ou mais metais — foi por eles desenvolvida. A marchetagem primitiva deu lugar aos moldes e ao complexo método conhecido como Cire perdue (“cera perdida”), que permitia a mol­dagem de objetos mais complexos e úteis (estatuetas de deuses, de animais, ou de utensílios para o templo). E tudo isso foi in­ventado na Suméria. O progresso ali alcançado se espalhou para todo o mundo.
Nas palavras de R. J. Forbes (Studies in Ancient Technology – “Estudos sobre Tecnologia Antiga”), “por volta de 3500 a.C. a metalurgia foi absorvida pela civilização da Mesopotâmia” (que se iniciou cerca de 3800 a.C.). Este estágio foi alcançado no Egito cerca de trezentos anos mais tarde. Mas, por volta de 2500 a.C., toda a região, entre as cataratas do Nilo e o rio Indus, voltou-se para os metais. Por volta dessa época a me­talurgia parece ter chegado à China, mas os chineses não se tor­naram verdadeiros metalúrgicos até o período Lungshan, entre 1800 a 1500 a.C.., Na Europa, os primeiros objetos de metal mal alcançam a 2000 a.C.
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Antes do Dilúvio, quando os anunnakis mineraram ouro no sul da África para suas próprias necessidades em Nibiru, os metais fundidos eram embarcados em submarinos para o E.DIN. Nave­gando através do que agora é o mar da Arábia e golfo Pérsico, entregavam suas cargas para o processamento final em BAD.TIBIRA, uma “Pittsburgh” antediluviana. O nome significava “Lu­gar Fundado para Metalurgia”. O termo algumas vezes aparecia como BAD.TIBILA, em honra a Tibil, o deus dos metalúrgicos e artesãos; existem dúvidas se o nome do metalúrgico na linha de Caim,Tubal, deriva dessa terminologia suméria.
Após o Dilúvio, a grande planície do Tigre-Eufrates onde fora o Edin ficara soterrada pela lama. Levou quase sete milênios para que secasse o suficiente para que a humanidade mudasse nova­mente para lá e iniciasse a civilização suméria. Embora nessa pla­nície de lama seca não houvesse pedras ou minerais, a tradição requeria que a civilização suméria e seus centros urbanos seguissem “as plantas antigas”. Assim, o centro metalúrgico dos sumérios foi fundado onde Bad-Tibira estivera um dia. O fato de outros povos no Oriente Médio terem empregado a tecnologia dos sumérios e sua terminologia atesta a importância da metalurgia suméria.
Em nenhuma outra linguagem antiga se encontraram tantos termos pre­cisos referentes à metalurgia. Existem, por exemplo, nos textos sumérios, nada menos do que trinta termos diferentes para des­crever as variedades de cobre (URU.DU), processado ou não pro­cessado. Havia uma série de termos com ZAG (algumas vezes abreviado para ZA) como prefixo para descrever o brilho dos metais e KU para indicar a pureza do metal ou de seus minérios. Também eram encontrados em profusão termos indicando va­riedades e ligas de ouro, prata e cobre ( o mesmo acontecia com relação ao ferro, que teria entrado em uso apenas um milênio ou dois depois da sua introdução pelos sumérios); chamado AN.BAR, era indicado por mais de doze termos, dependendo da qualidade do minério e do produto final.
Alguns textos su­mérios eram dicionários virtuais de termos indicando “pedras brancas”, minerais coloridos, sais obtidos por mineração,   subs­tâncias betuminosas. Registros escritos e achados arqueológicos comprovam que comerciantes sumérios percorreram grandes dis­tâncias para conseguir metais, oferecendo em troca não apenas produtos primários, como cereais e roupas de lã, mas também produtos feitos de metal processado.
figura123
Se tudo isso pode ser atribuído ao conhecimento sumério, o que falta explicar é o fato de terem sido encontrados nos seus registros terminologia e símbolos escritos, inicialmente pictográficos, referências à mineração realizada  em terras distantes da Suméria. Assim, os perigos dos trabalhos nas minas da África foram mencionados num texto chamado “A Descida de Inanna para o Baixo Mundo”. As provações dos que foram punidos, sendo obrigados a trabalhar nas minas da península do Sinai, foram detalhadas no Épico de Gilgamesh, quando seu compa­nheiro Enkidu foi sentenciado pelos deuses a terminar ali os seus dias. A escrita pictográfica suméria incluía uma expressiva variedade de símbolos (ver figura 123) pertinentes à mineração, muitos mostrando poços de minas, de acordo com suas estruturas, ou de acordo com os minerais dali retirados. 
Não fica claro, porém, onde foram encontrados esses minérios — certamente não na própria Suméria —, pois muitos nomes de lugares não foram identificados. Algumas inscrições reais apontam para terras muito mais distantes. Um bom exemplo é a citação do Cilindro A, coluna 16 de Gudea, rei de Lagash (terceiro milênio a.C.) no qual ele deixou gravados os materiais raros usados na construção do templo E.NINNU para seu deus: 
Gudea construiu o templo brilhante com metal,
Tornou-o brilhante com metal.
Ele construiu E.ninnu com pedra,
Ele tornou-o brilhante com jóias;
Com cobre misturado com estanho ele o construiu.
Um artesão, um sacerdote da divina dama da terra,
Trabalhou em sua fachada;
Com dois palmos de pedra brilhante
Ele envolveu a alvenaria,
Com um palmo de diorito de pedra brilhante. 
 
Uma das passagens-chaves no texto (que Gudea repete no Cilindro B, para certificar-se de que a posteridade iria lembrar-se de suas pias conquistas) é o uso de “cobre misturado com esta­nho” para construir o templo. A falta de pedras na Suméria havia levado à invenção do tijolo de barro, com o qual os mais altos e imponentes (os Zigurates) edifícios haviam sido construídos. Mas como Gu­dea nos informa, nesse caso, pedras especialmente importadas foram usadas e até mesmo a alvenaria foi recoberta com “um palmo de diorito” e dois palmos de pedra menos rara. Para rea­lizar isso, ferramentas de cobre não são apropriadas; são neces­sárias ferramentas mais pesadas — ferramentas do aço da An­tiguidade, o bronze.
Como Gudea afirmou corretamente, bronze era uma “mistura” de cobre e estanho, não um elemento natural. Era o produto de uma liga de cobre e estanho obtida na fornalha, sendo assim totalmente artificial. A regra-base dos sumérios para essa liga era 1:6, o que significa 85% de cobre para 15% de estanho, uma excelente liga. O bronze era uma conquista tecnológica, sendo trabalhado de várias maneiras. Podia ser trabalhado apenas por moldagem, nunca a golpes de martelo ou anelamento. O estanho, para o processamento, precisava ser extraído do minério bruto (cassiterita), através de um processo de fusão e recuperação.
Esse minério geralmente é encontrado em depósitos de aluvião, que resultaram do seu desprendimento do veio natural, ou da mina, por forças da natureza: chuvas fortes, enchentes, avalanches. O estanho é retirado da cassiterita geralmente por fusão, através do aquecimento do minério, numa primeira fase com coque. Mes­mo essa descrição rudimentar dos processos metalúrgicos envol­vidos torna claro que o bronze era um metal que requeria avan­çadas técnicas a cada estágio do seu processamento.
Para adicionar outro detalhe intrigante, era também um metal difícil de ser encontrado. Fontes disponíveis — e não é certo que te­nham mesmo existido — próximas à Suméria, foram rapidamente esgotadas. Alguns textos sumérios mencionam duas “montanhas de estanho” numa terra distante, cuja identidade não fica clara. Pesquisadores como B. Landsberger (Journal of Near Eastern Studies –“Jornal de Estudos sobre o Oriente Médio”, vol. 21) não rejeitam lugares longínquos como o cinturão de estanho do Ex­tremo Oriente (Burma, Tailândia, Malásia), atualmente países produtores de estanho. Também se aventou a hipótese de que, em sua busca por esse metal tão importante, os sumérios, via Ásia Menor, tenham chegado às minas ao longo do Danúbio, especialmente as da Boémia e Saxônia (onde os minérios estão esgotados há muito tempo). Forbes, no entanto, observou: “as descobertas no Cemitério Real de Ur (2500 a.C.) demonstram que os artesãos de Ur [...] dominavam a metalurgia do bronze e do cobre perfeitamente; de onde vinha o minério de estanho que eles usavam, ainda é um mistério”. O mistério, na verdade, per­siste até hoje.
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zigurate de UR { próximo à localidade moderna de Nasiriyah, na província de Dhi Qar, no Iraque.} foi construído com tijolos por Ur-Nammu para ajudar a reconstruir a economia local, por volta do século XXI a.C. (cronologia curta), durante a Terceira Dinastia de Ur.2 A gigantesca pirâmide em degraus media 64 metros de comprimento, 46 de largura e mais de 30 de altura; estes números, no entanto, são especulações, já que apenas os alicerces do zigurate sumério sobreviveram até os dias de hoje.
Não só Gudea e outros reis sumérios, em cujas inscrições é mencionado o estanho, precisavam despender grandes esforços para obtê-lo. Mesmo uma deusa, a famosa Ishtar-Inanna, foi obrigada a atravessar montanhas para encontrar tal lugar. Num texto conhecido como Inanna e Ebih (sendo Inanna o nome sumério de Ishtar, e Ebih o de uma cadeia de montanhas distantes, não identificada), Inanna pede permissão aos deuses superiores, dizendo: 
“Permitam que eu parta pela estrada dos minérios de estanho, permitam que eu aprenda sobre as minas”. 
Por todos esses motivos e talvez porque os deuses — os anunnakis/nefilim — precisassem ensinar ao homem antigo como separar o estanho do seu minério, através da fusão, o metal era considerado “sa­grado” pelos sumérios. Sua palavra para designá-lo era AN.NA, literalmente “Pedra Celestial”. O bronze, liga de cobre e estanho, era chamado ZA.BAR, “Metal Duplo Brilhante”.
O termo para estanho, Anna, era copiado dos hititas sem mui­tas mudanças. Porém, na linguagem acadiana, usada pelos babilônios, assírios e outros povos de língua semita, o termo passou por uma pequena mudança, para Anaku. E utilizado para signi­ficar “estanho puro” (Anak-ku). Acreditamos que a alteração reflita uma relação mais íntima do metal com os deuses nefilim, pois também foi encontrada a grafiaAnnakum, significando minério pertencente (ou vindo) aos anunnaki.
A palavra aparece na Bíblia várias vezes. Terminando com um kh suave significava um fio-de-prumo de estanho, como apa­rece na profecia de Amós ao divisar o Senhor segurando um Anakh para ilustrar sua promessa de não desviar mais de seu povo de Israel. Como Anak, o termo significa “colar”, refletindo o alto valor atingido por esse metal brilhante, uma raridade tão preciosa quanto a prata. Também significava “gigante” — um versão hebraica dos “anunnaki” da Mesopotâmia (conforme su­gerimos em nosso volume anterior). Trata-se de uma versão que suscita associações intrigantes com as lendas tanto do Velho Mun­do quanto do Novo Mundo, atribuindo isso ou aquilo aos “gi­gantes”.
Todas as associações do estanho com os nefilim podem ter se derivado do seu papel original de ensinar a humanidade a usar esse metal. Na verdade, a modificação pequena, porém sig­nificativa, do termo sumério AN.NA para o acadiano Anaku su­gere a passagem de um determinado período de tempo. Está documentado, em descobertas arqueológicas assim como em tex­tos, que o grande avanço na Idade do Bronze diminuiu por volta de 2500 a.C. O fundador da dinastia acadiana, Sargão (Sargon) de Akad, valorizava tanto esse metal que o escolheu, ao invés do ouro e da prata, para homenagear a si mesmo, com uma escultura sua por volta de 2300 a.C. 
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Historiadores da metalurgia referem-se à escassez do supri­mento de estanho em determinada época, comprovada pelo fato de que a percentagem de estanho no processamento do bronze continuou baixando. Outra prova disso foi a descoberta de textos narrando que a maior parte dos objetos de bronze eram feitos de bronze velho, derretendo objetos antigos e adicionando cobre à liga, às vezes, reduzindo o conteúdo de estanho em até 2%.
Depois, por motivos sem explicação, a situação muda abruptamente. Forbes afirma: “Só da Idade Média do Bronze em diante, vamos dizer por volta de 2200 a.C, é que aparece com mais regularidade o verdadeiro bronze, contendo altas porcentagens de estanho, e não apenas aquelas formas intrincadas usadas anteriormente”.
Tendo ensinado à humanidade o processamento do bronze para impulsionar as grandes civilizações do quarto milênio a.C., os nefilim -anunnakis novamente vêm em seu auxílio no milênio seguinte. Mas, se inicialmente o estanho foi conseguido de fontes no Velho Mundo, na segunda fase, as fontes permanecem um mistério. Eis a nossa idéia e ousada proposição de onde seria a origem do estanho:
A nova fonte desse metal estava no Novo Mundo (na Cordilheira dos Andes, na América do Sul).
Se, como acreditamos, o estanho do Novo Mundo alcançou os centros de civilização do Velho Mundo, esse metal só pode ter vindo de um lugar: do Lago Titicaca.
Nossa suposição não decorre só do seu nome — que significa “lago das pedras de estanho” — mas também porque essa região entre a Bolívia e o Peru, até hoje, milênios depois, é ainda uma grande fonte do estanho mundial. Embora o estanho não seja raro, é considerado um mineral escasso, encontrado em quantidades comerciais, ape­nas em poucos lugares. Atualmente, 90% da produção mundial vem da Malásia, Tailândia, Indonésia, Bolívia, Congo-Brazzaville, Nigéria e China (em ordem decrescente de produção). Algumas fontes mais antigas, no Oriente Médio e na Europa, estão exau­ridas.
Em todos os locais, a fonte de estanho é a cassiterita de aluvião, o minério de estanho oxidado, que se desprende de seus depósitos naturais. Em apenas dois lugares o estanho foi encon­trado no seu filão original: Cornwall (Inglaterra) e Bolívia. O primeiro está exaurido. O segundo continua a suprir o mundo com suas mon­tanhas, que parecem verdadeiras “montanhas de estanho”, con­forme descrito no texto sumério de Inanna.
Estas fontes abundantes de minério encontram-se a altitudes superiores a 4.000 metros, concentrando-se, principalmente, a sudoeste de La Paz (capital da Bolívia) e a leste do Lago Poopó. A cassiterita de aluvião, mais fácil de obter nos leitos dos rios, vem da área costeira do lago Titicaca. Lá, o homem antigo coletava o minério pelo seu alto conteúdo de estanho, coleta que continua até hoje .
Algumas das pesquisas mais confiáveis em relação à minera­ção antiga no Lago Titicaca boliviano, foram efetuadas por David Forbes (Researches on the Mineralogy of South America – “Pesquisas sobre Mineralogia na América do Sul”) há mais de um século. Ele conseguiu reconstituir o cenário do tempo da Conquista, antes que as operações mecanizadas em larga escala do século 20 alterassem permanentemente a paisagem e escondessem as evidências arqueológicas. O estanho puro é extremamente raro na natureza. Por isso, Forbes surpreendeu-se quando examinou uma amostra de estanho puro no local.
Uma pesquisa acurada mostrou que essa amostra não saíra do interior da mina de Oruro, mas provinha dos ricos depósitos aluviais de cassiterita. Ele rejeitou totalmente as explicações simplistas oferecidas de que o metal seria o resultado de incêndios florestais, onde o fogo teria “derretido” o minério de cassiterita. O processo para a re­tirada do estanho da cassiterita exige muito mais do que o mero aquecimento do minério. Primeiro, é necessária uma combinação com carbono (para converter o minério, SnOi + C = CO2 + Sn) e, freqüentemente, purificá-lo, através do seu aquecimento com cal.
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Forbes encontrou amostras de estanho na forma de metal na cabeceira do rio Tipuani, um afluente do rio Beni que flui para o leste da cordilheira próxima ao lago. Para seu assombro — em suas próprias palavras — descobriu que o local tinha pepitas de ouro e cassiterita, além de pepitas de estanho metálico. Para Forbes ficou claro: quem quer que tenha trabalhado naquela área, também sabia processar o estanho a partir de seu minério. Explorando a área a leste do lago Titicaca ficou mais impressionado pela grande proporção no local de estanho metálico, portanto, processado e fundido.
A ocorrência de estanho metálico naquela área, segundo o pesquisador, “não pode ser explicada por causas puramente naturais”. Para completar, encontrou perto de Sorata um bastão de bronze. Ao mandar analisar sua composição ficou sabendo que continha 88% de cobre e 11% de estanho: “bastante parecido a outros bronzes antigos da Europa e do Oriente Médio”. Os locais lhe pareceram, portanto, “de períodos extremamente antigos”.
Forbes também ficou surpreso ao compreender que os índios dos arredores do lago Titicaca, descendentes da tribo Aimará, pareciam saber como encontrar esses lugares intrigantes. Na ver­dade, o cronista espanhol Barba (1640) chegou a afirmar que seus contemporâneos haviam encontrado   minas de estanho e de cobre exploradas pelos índios; as minas de estanho ficavam “perto do lago Titicaca”. Posnansky encontrou tais minas pré-incaicas a quase 10 quilômetros de Tiahuanaco.
Ele e outros pes­quisadores confirmaram a presença de artefatos de bronze em Tiahuanaco e nos arredores. Na opinião de Posnansky, a Porta do Sol tinha nichos com painéis de ouro, que podiam girar nas dobradiças, ou “pontas de virar”, feitas de um material que só poderia ser o bronze para suportar o peso. Ele encontrou em Tiahuanaco blocos de pedra com nichos que serviam para en­caixar grampos de bronze, como em Puma Punku. Lá ele vira um pedaço de metal, sem dúvida bronze, que “com suas pontas dentiformes parecia um dispositivo para levantar pesos”. Essa peça foi vista e representada por ele num esboço feito em 1905. Seu arrebatamento foi maior na visita seguinte.
Diante do saque sistemático a Tiahuanaco, tanto no tempo dos incas quanto na era moderna, pouco sobrou, mas as ferramentas de bronze encontradas nas ilhas sagradas do lago Titicaca e Coati podem dar uma ideia do que deve ter existido em Tiahuanaco. Tais achados incluem barras de bronze, alavancas, cinzéis, facas e machados —   ferramentas que serviriam para o trabalho de construção, mas também para o de mineração.
Na verdade, Posnansky iniciou seu tratado de quatro volumes com uma apresentação tratando da mineração em tempos pré-históricos nos altiplanos da Bolívia e, no lago Titicaca, em par­ticular. “Esses túneis nas montanhas, dizia ele, precisam ser dis­tinguidos daqueles abertos pelos espanhóis em busca de metais preciosos, pois são anteriores aos dos conquistadores… são de períodos mais remotos, de uma raça inteligente e empreendedora… que retirou metais das profundezas da montanha, talvez preciosos.”
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Lago Titicaca e ao fundo a Cordilheira dos Andes, fonte de vários metais, inclusive estanho.
“Que tipo de metais o homem dos Andes estaria procurando nas profundezas da montanha num período tão remoto?” inda­gou o pesquisador. “Com certeza, não seria ouro, nem prata! Só um metal muito mais útil faria com que subissem aos picos mais altos da cordilheira andina: o estanho.” O estanho, explica ele, era necessário para fazer uma liga com o cobre, a fim de criar “o nobre bronze”. Esse era o propósito da presença do homem em Tiahuanaco, concluiu, fato confirmado pela descoberta, no interior de um raio de trinta léguas de Tiahuanaco, de muitas minas de estanho.
Mas será que o homem andino precisava desse estanho para criar suas próprias ferramentas de bronze? Aparentemente, não. Um grande estudo realizado pelo especialista em metalurgia, Erland Nordenskiõld (The Copper and Bronze Ages in South América “A Idade do Cobre e do Bronze na América do Sul”), concluiu que nem a Idade do Cobre, nem a do Bronze ocorreram ali: “não havia na América do Sul traços da idade do Bronze ou do Cobre”. As ferramentas de bronze encontradas apresentavam a forma e a tecnologia empregadas no Velho Mundo.
“Examinando todo o nosso material, armas e ferramentas de bronze e cobre, encon­tradas na América do Sul, precisamos confessar que não há muita coisa original. Em sua maioria estão relacionadas ao que foi en­contrado no Velho Mundo”, disse ele. Apesar de relutante, ele é obrigado a admitir “que existe uma semelhança considerável entre as técnicas utilizadas nos objetos de metal encontrados no Novo Mundo e as do Velho Mundo, durante a Idade do Bronze”. Significativamente, algumas ferramentas incluídas nesses exem­plos possuem cabos esculpidos com a cabeça da deusa suméria Ninti (a deusa) Senhora das Minas da Península do Sinai), cujo símbolo são cortadores umbilicais.
A história do bronze no Novo Mundo (América do Sul) está ligada ao Velho Mundo e a história do estanho nos Andes, onde o bronze do Novo Mundo se originou, está inexoravelmente ligada ao lago Titicaca. Nesses acontecimentos Tiahuanaco representava um papel central, devido à presença dos minerais circundantes. De ou­tra forma, para que teria sido construída?
Os três centros de civilizações do Velho Mundo iniciaram-se em vales férteis de rios: na planície entre o Tigre e o Eufrates, os sumérios; ao longo do Nilo, os egípcios-africanos; ao longo do rio Indus, os hindus. Sua base era a agricultura, mas o comércio se tornou possível graças aos rios, por onde chegavam  as matérias-primas e eram exportados os cereais e outros produtos de barcos. As cidades começaram a se desenvolver ao longo dos rios e o comércio passou a exigir registros escritos. Foi quando as trocas floresceram, as sociedades se organizaram e as relações inter­nacionais começaram.
Tiahuanaco não se encaixa nesse padrão. Dá a impressão de estar, como afirma o ditado popular, “toda vestida, mas sem ter para onde ir”. Uma grande metrópole, cuja cultura e arte in­fluenciaria toda a região dos Andes, foi construída no meio do nada, às margens de um lago pouco hospitaleiro, no topo do mundo. Mesmo levando em conta o seu minério, por que ali? A geografia pode responder a essa pergunta.
É habitual iniciar-se qualquer descrição do lago Titicaca afir­mando que ele é o mais alto corpo de água navegável no pla­neta, com uma altitude de 4.224 metros. Trata-se de um lago bem grande, com uma superfície de 8.238 quilômetros qua­drados. Sua profundidade varia entre 30 e 300 metros. De for­mato alongado, possui uma extensão máxima de 193 quilô­metros e uma largura máxima de 70 quilômetros. Seu litoral recortado, fruto das montanhas que o cercam, forma numero­sas penínsulas, cabos, istmos e estreitos. O lago tem mais de duas ilhas de tamanho apreciável.
Seu desenho, a noroeste-sudeste, segue o das cadeias montanhosas que o cercam (fig. 109). A leste estende-se a Cordilheira dos Andes Bolivianos, onde se situa o monte Illampu, com dois picos, na serra Sorata, e o imponente Illimani a sudoeste de La Paz. Exceto alguns rios pequenos que fluem dessa serra para o lago, a maior parte dos cursos d’água corre para o leste, descendo em direção à planície brasileira e ao oceano Atlântico, a mais de 3.000 qui­lômetros de distância. Foi ali, na margem leste do lago, onde os rios e nascentes correm para os dois lados, que os grandes depósitos de cassiterita foram encontrados.
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Montanhas igualmente imponentes limitam o lago ao norte. As águas das chuvas correm dali para o norte, onde vão alimentar rios como o Vilcanota — alguns o consideram como o verdadeiro formador do Amazonas — que, reunindo tributários, vai mer­gulhar no Urubamba. Todos eles se dirigem para o norte e para nordeste, em direção à bacia amazônica. No entanto, foi ali, entre as montanhas que cercam o lago, e em Cuzco, que a maior parte do ouro dos incas foi encontrado.
A margem oeste do lago Titicaca, embora erma e desolada, é a mais povoada. Entre montanhas e baías e nas costas das penínsulas surgiram aldeias e cidades modernas, que dividem a área com locais antigos, como Puno, considerada a maior cidade e porto lacustre do mundo, onde repousam as enigmáticas ruínas de Sillustani. Nessa localidade, os engenheiros modernos des­cobriram que qualquer estrada, rodovia, ou estrada de ferro, pre­cisa se dirigir necessariamente para o norte, ou em direção a um dos poucos desfiladeiros dos Andes abertos para a planície cos­teira do Pacífico, a quase 160 quilômetros dali.
A topografia e a geografia sofrem profundas alterações quando se viaja em direção à parte sul do lago (que, como a maior parte da margem oriental, pertence à Bolívia e não ao Peru). Lá, duas das maiores penínsulas — Copacabana no oeste e Hachacache a leste — quase se encontram. Sobra apenas um estreito entre a porção maior do lago, ao norte, e sua parte sul, que assume feições de uma laguna (termo usado pêlos próprios es­panhóis), um corpo de águas tranquilas, se comparado às águas agitadas, varridas pelo vento, ao norte. As duas ilhas principais das lendas nativas, a Ilha do Sol (atualmente ilha Titicaca) e a Ilha da Lua (atualmente Coati) se situam ao largo do litoral norte de Copacabana. 
Foi nessas ilhas que o Criador escondeu seus filhos, o Sol e a Lua, durante o Dilúvio. Foi de Titi-kala, uma rocha sagrada na ilha de Titicaca, que o Sol subiu para o céu depois do Dilúvio, de acordo com uma das versões nativas. Outra narra que os primeiros raios de Sol incidiram sobre essa rocha quando o Di­lúvio acabou. E de uma caverna sob a rocha sagrada teria saído o primeiro casal, enviado para repovoar a terra. Foi então que Manco Capac recebeu o cetro de ouro para encontrar Cuzco e iniciar a civilização andina.
O rio principal que sai do lago, o Desaguadero, inicia seu curso a sudoeste. Leva as águas do Titicaca para um lago satélite, o lago Poopó, situado a 260 quilômetros mais para o sul, na província boliviana de Oruro. Lá existe cobre e prata até a costa do Pacífico, na fronteira da Bolívia com o Chile.
É no litoral norte do lago que a cavidade cheia de água entre essas montanhas continua até encontrar terra seca, criando o vale, ou platô, onde está localizada Tiahuanaco. Em nenhum outro local do lago existe tal platô elevado. Em nenhum outro lugar existe uma laguna que se comunica com o resto do lago, tornando viável o transporte fluvial Em nenhum outro local existe uma passagem entre as montanhas como ali, com um desfiladeiro que se abre em três lados, oferecendo uma vista do lago ao norte.
E em nenhum outro lugar se encontram tantos metais valiosos como ouro, prata, cobre, estanho. Tiahuanaco foi construída ali porque era o melhor local para cumprir sua função: de capital metalúrgica anunnaki do Novo Mundo.
Todas as formas de grafar o nome — Tiahuanaco, Tiahuanacu, Tiwanaku, Tianaku — são apenas esforços para absorver a ver­dadeira pronúncia do nome como foi transmitido pela população local. O nome original, acreditamos, era TI.ANAKU: o lugar de Titi e de Anaku — A CIDADE DO ESTANHO.  Nossa sugestão de que Anaku deriva do termo mesopotâmico que significa estanho, como o metal conseguido pelos nefilim,traça uma linha direta entre Tiahuanaco, o lago Titicaca, e o Oriente Médio.Existem evidências para apoiar essa ideia.
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Ruínas de Tiahuanaco
O bronze acompanhou o despertar da civilização no Oriente Médio, tendo entrado em uso, após seu processamento metalúr­gico, por volta de 3500 a.C. Mas em 2600 a.C. as primeiras e antigas reservas de estanho escassearam e quase terminaram. Repentinamente, em 2200 a.C., novos suprimentos apareceram. Os anunnaki-nefilim, de alguma forma, haviam encontrado os meios para resolver a crise do es­tanho e salvar a própria civilização que tinham oferecido ao ho­mem. Como isso foi conseguido? Vamos examinar alguns fatos:
Cerca de 2200 a.C., quando o suprimento de estanho melhorou abruptamente, um povo enigmático entrou em cena no Oriente Médio. Os vizinhos os chamavam“cassitas” (cosseanos para os gregos, mais tarde). Não existe explicação dos estudiosos para o nome. No entanto, nos lembra a palavra cassiterita, termo que existe desde a Antiguidade para designar o minério de estanho; isso implica no reconhecimento de que os cassitas eram o povo que podia prover o minério, ou vinha de onde ele era encontrado. Plínio, o filósofo romano do primeiro século, escreveu que o estanho, chamado pelos gregos de “cassiteros”, era mais valioso do que o chumbo.
Afirmou que era apreciado pelos gregos desde a guerra de Tróia (de fato, Homero se refere a ele como cassiteros). guerra de Tróia ocorreu em torno de 1300 a.C. no extremo oeste da Ásia Menor, onde os gregos do Mediterrâneo entraram em contato com os hititas (ou talvez fossem parentes indo-europeus). Plínio escreve em suaHistoria Naturalis: “as lendas dizem que os homens procuravam cassiteros nas ilhas do Atlântico, que é transportado em barcos feitos de vime, coberto com couros cos­turados juntos”.
As ilhas que os gregos chamam de Cassiteritas, “em consequência da abundância de estanho”, segundo ele, “estão no Atlântico, em frente ao cabo chamado de Fim da Terra; são as seis ilhas dos deuses, que alguns povos designaram como Ilhas de Bliss”. Trata-se de uma afirmação intrigante, pois os gregos aprenderam dos hititas tudo o que se referia a deuses como sendo os anunnakis-nefilim e ali temos um termo com todas as co­notações de Anaku.
A referência, entretanto, é geralmente considerada como sendo a Scilly Islands ao largo de Cornwall, uma vez que os fenícios atingiram essa parte das ilhas Britânicas e ali encontraram esta­nho, no primeiro milênio a.C. O profeta Ezequiel, contemporâneo de Plínio, menciona especificamente o estanho como um dos metais que os fenícios de Tiro tarnsporavam em seus navios. As referências de Plínio e Ezequiel são as mais conhecidas, embora não sejam as únicas sobre as quais um bom número de autores modernos baseou suas teorias sobre o desembarque de fenícios no continente americano nessa época.
A linha de racio­cínio é a seguinte: depois dos assírios terminarem com a inde­pendência das cidades-estado fenícias no Mediterrâneo Oriental, no século 9 a.C., os fenícios fundaram um novo centro, Cartago (Keret-Hadasha, “Cidade Nova”), no Mediterrâneo ocidental, ao norte da África, hoje a Líbia. Dessa nova base eles continuaram seu comércio com metais e passaram a atacar as tribos nativas para conseguir escravos. Em 600 a.C. eles circunavegaram a África à procura de ouro para o rei Necho, do Egito (imitando assim uma façanha realizada pelo Rei Salomão, quatro séculos antes).
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No ano 425 a.C., sob a liderança de Hanno, velejaram ao redor da África Oci­dental, fundando postos avançados para a obtenção de ouro e captura de escravos. A expedição de Hanno retornou incólume a Cartago, pois ele viveu para relatar sua viagem. Mas outros, antes ou depois dele, segundo algumas teorias, teriam sido des­viados de seu curso de navegação por correntes marítimas no Atlântico, tendo ido parar na costa sulamericana (Brasil).
Deixando de lado as descobertas mais especulativas de artefatos que apontam a presença de povos do Mediterrâneo na Amé­rica do Norte, as evidências dessa presença na América Central e do Sul são mais reveladoras. Um dos poucos pesquisadores que arriscaram o pescoço nessa direção é o professor Cyrus H. Gordon (Before Columbus -“Antes de Colombo” e Riddles in History “Enigmas da História”). Ele faz menção ao nome Brasil, asso­ciando-o com o termo semita Barzel,que significava ferro, dando, assim, crédito à chamada Inscrição da Paraíba, que apareceu ao norte do Brasil, em 1872.
Seu desaparecimento logo depois, e as circunstâncias vagas da sua descoberta, induziram a maior parte dos acadêmicos a considerar o achado uma farsa, especialmente para não ter de aceitar uma ligação evidente entre o Velho Mundo e o Novo Mundo (e dai ter que reescrever a história). Mas Gordon, demonstrando coragem, discutiu a favor da autenticidade da inscrição, acreditando tratar-se de uma mensagem deixada pelo capitão de um navio fenício, que se viu se­parado do resto do comboio por uma tempestade, que velejou para o Oriente Médio por volta de 534 a.C.
O dado comum a todos esses estudos é que, em primeiro lugar, a chegada na América foi acidental, resultado de um nau­frágio ou de um desvio de curso provocado pelas correntes ma­rítimas. Em segundo lugar, que isso teria ocorrido no primeiro milênio a.C., mais provavelmente na metade do segundo milênio (1500 a.C.). Porém, estamos falando de uma época mais antiga, quase 2000 anos antes. Acreditamos, também, que a troca de mercadorias e pessoas entre o Velho e o Novo Mundo não foi acidental, e sim o resultado da intervenção deliberada dos “deuses” — os anunnaki-nefilim.
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Acima um grande navio de longo curso, um Trirreme fenício tipo Carpássio, para viagens oceânicas de longo curso, um modelo dos tantos barcos fenícios existentes já no século X a.C., época próxima à que reinou Salomão em Israel.
E certo que os cassitas não eram britânicos disfarçados. Re­gistros do Oriente Médio localizam esse povo a leste da Suméria, onde atualmente fica o IRÃ. Eram relacionados aos hititas da Ásia Menor, assim como aos hurrianos (os horitas da Bíblia/ “O Povo dos Poços”), que teriam servido de elo geográfico e cultural entre a Suméria, ao sul da Mesopotâmia, e os povos indo-europeus, ao norte. Eles e seus predecessores, inclusive os sumérios, podem ter atingido a América do Sul ao navegar para oeste, ao redor da África, e através do Atlântico ter chegado ao Brasil, ou, então, navegando para leste, ao redor da Indochina, e do arquipélago de ilhas, pelo Pacífico, ter chegado ao Equador e Peru. Cada caminho exigiria um mapa de navegação e de rotas marítimas.
Tais mapas, concluímos, existiram de fato.
A suspeita de que mapas mais antigos estivessem nas mãos de navegadores europeus, começa com o próprio Colombo. Acre­dita-se, atualmente, que ele sabia para onde ia, pois obteve de Paolo dei Pozzo Toscanelli, um astrônomo, matemático e geógrafo de Florença (na Itália) cópias das cartas e mapas que ele enviara em 1474 para a Igreja e a Corte de Lisboa. Toscanelli aconselhara os portugueses a tentar uma passagem para a índia pelo oeste, ao invés de circundar a África. Abandonando séculos de dogmas geográficos petrificados, baseados no trabalho de Ptolomeu de Alexandria (século 2 d.C), Toscanelli utilizou as ideias de estu­diosos gregos pré-cristãos, como Hiparco e Eudoxo, de que a Terra era uma esfera, adotando as medidas e tamanhos deter­minados pelos filósofos gregos, muitos séculos antes.
Descobriu a confirmação para essas ideias na própria Bíblia. No livro pro­fético Esdras II, que fazia parte da Bíblia em sua primeira tra­dução latina, se falava claramente de um “mundo redondo”. Tos­canelli aceitou tudo, porém calculou mal a largura do Atlântico. Ele também pensou que a terra a 6.200 quilômetros a oeste das ilhas Canárias era a ponta da Ásia. Foi onde Colombo encontrou terra, as ilhas que acreditou serem as “índias Ocidentais” — um nome equivocado que permanece até hoje. Pesquisadores modernos estão convencidos de que o rei de Portugal possuía mapas que delineavam a costa atlântica da América do Sul por mais de 1600 quilômetros para o leste, muito além das ilhas descobertas por Colombo.
Essa suposição pode ser confirmada no compromisso assinado pelo Papa em maio de 1493. Ele traçava uma linha de demarcação entre as recém-descobertas ilhas espanholas, concedendo quaisquer terras a oes­te para os espanhóis, e a leste, se houvesse, para os portugueses. Essa linha norte-sul seguia a 370 milhas (595 quilômetros) a oeste das ilhas de Cabo Verde, exigida pelos portugueses, o que en­tregava a eles o Brasil e grande parte do continente da América do Sul. Se ela, eventualmente, causou surpresa aos espanhóis, não provocou o mesmo nos portugueses, que se acredita já estarem conscientes da existência desse continente.
De fato, já foram encontrados muitos mapas existentes antes da primeira viagem de Colombo. Alguns (como o mapa Mediceano, de 1351, ou o mapa Pizingi, de 1367), mostram o Japão como uma grande ilha no Atlântico Ocidental e, significativa­mente,uma ilha chamada “Brasil”, a meio caminho do Japão. Outros, ainda, continham contornos da América e da Antártica — um continente cujo relevo fora obscurecido pelo gelo, suge­rindo, por mais incrível que possa parecer, terem sido desenhados com base em dados disponíveis quando não havia a calota de gelo. Esta conformação existiu logo depois do Dilúvio, por volta de 11000 a.C., tendo durado um curto período de tempo, sub­sequente.
O mais conhecido, no entanto, é o mapa do almirante turco Piri Reis, que apresenta uma data muçulmana equivalente ao ano de 1513. As anotações do almirante diziam que este mapa se baseava nos de Colombo, Por muito tempo acreditou-se que os mapas europeus da Idade Média, assim como os mapas árabes, tinham por base a geografia de Ptolomeu. Estudos feitos na vi­rada do século, porém, indicaram que os mapas europeus mais precisos, do século 14, se baseavam na cartografia fenícia, espe­cialmente nos da Marinha de Tiro (século 2 a.C.).
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O famoso mapa de Piri Reis, que mostra toda a costa da América (BRASIL) do Sul e a Antártica SEM a sua atual cobertura de gelo.
Mas DE ONDE, COMO os fenícios conseguiram seus dados? C. H. Hapgood, num de seus melhores estudos sobre o mapa de Piri Reis e de seus antecessores (Maps of the Ancient Sea Kings – “Mapas dos Antigos Reis do Mar”), concluiu que “as evidências apresentadas pelos mapas antigos parecem sugerir a existência, em tempos remotos [...] de uma verdadeira civilização evoluída”. Mais adian­tada, inclusive, que as da Grécia ou Roma e, nas ciências náuticas, à frente das da Europa do século 18. Ele reconheceu, porém, que antes delas todas existiu a civilização mesopotâmica, retroagindo a pelo menos 6000 anos no passado. Mas certas representações nos mapas, tais como a Antártica, o intrigaram. Quem teria pre­cedido os mesopotâmios?
Os estudos de Hapgood indicaram que, enquanto a maior par­te dos mapas antigos mostram terras banhadas pelo Atlântico, o de Piri Reis mostra, corretamente, a costa sul-americana do Pacífico, incluindo a cordilheira dos Andes e rios, como o Ama­zonas, desde 4 graus ao sul até cerca de 40, por exemplo, do Equador ao Peru até a metade do Chile. Surpreendentemente, ele descobriu que “o contorno das montanhas indica que elas foram observadas do mar, de um navio postado ao largo da costa, e não inventadas”. O litoral sul-americano do Pacífico apre­sentava tal detalhamento que a península Paracas podia ser dis­tinguida.
Stuart Piggott (Aux portes de l’histoire – “Nos Umbrais da His­tória”) foi um dos primeiros a notar que o trecho da costa sul-americana do Pacífico também aparecia nas cópias europeias do Mapa-Múndi de Ptolomeu. Entretanto, não aparecia como um continente depois de um vasto oceano, mas sim como Tierra Mí­tica (uma terra mítica), estendendo-se desde a ponta sul da China, além de uma península chamadaQuersoneso de Oro (Península do Ouro), até o sul, no continente que hoje chamamos de An­tártica.
Essa observação instigou o famoso arqueólogo sul-americano D. E. Ibarra Grasso a fazer um estudo detalhado dos mapas an­tigos. Suas conclusões foram publicadas na obra La Representacion de America em Mapas Romanos de Tiempos de Cristo (“A Representação da América em Mapas Romanos dos Tempos de Cristo”). Como outros pesquisadores, ele concluiu que os mapas europeus da época dos Descobrimentos se baseavam no de Ptolomeu, por sua vez baseado na cartografia e geografia da Marinha de Tiro (Fenícia) e em informações anteriores. Os estudos de Ibarra Grasso mostram que os contornos claros da costa ocidental desse “apêndice” chamado “Tierra Mítica” concordavam com o relevo da costa sul-americana do Pacífico. Era ali que as lendas situavam as aterrissagens pré-históricas o tempo todo!
As cópias europeias do mapa de Ptolomeu incluíam o nome Cattigara, identificando um lugar situado no meio da “Tierra Mí­tica”. Esta localização, escreve Ibarra Grasso, “corresponde à de Lambayeque, o principal centro de processamento do ouro de todo o continente sul americano”. Não é de surpreender que seja exatamente o local onde está Chavin de Huantar, o centro pré-histórico de ouro, onde os olmecas africanos, os semitas barbados e os indo-europeus se encontraram.
Será que os cassitas também desembarcaram ali, ou na baía de Paracas, mais perto de Tiahuanaco?
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Ruínas de Chavin de Huantar
Os cassitas deixaram um rico legado de conhecimentos sobre metalurgia, durante o terceiro e o segundo milênios a.C. Seus artefatos incluíam numerosos objetos de ouro, prata e mesmo de ferro. Porém, o metal de sua preferência era o bronze, tornando os “Bronzes de Luristan” um termo renomado entre os historia­dores da arte e arqueólogos. Os cassitas decoravam seus artefatos, frequentemente, com imagens de seus deuses e heróis legendários, entre os quais o favorito era Gilgamesh lutando con­tra os leões. 
Inacreditavelmente, encontramos nos Andes temas e formas artísticas idênticas. Num estudo intitulado La Religión en el Antiguo Peru (“A Religião no Peru Antigo”), Rebecca Carnon-Cachet de Girard menciona os deuses venerados pelos peruanos, repre­sentados em vasos de cerâmica encontrados no litoral norte e central. A semelhança com os bronzes dos cassitas é impressionante. Em Chavin de Huantar, onde foram encontradas estátuas com tipos hititas, também existem representações da cena de Gilgamesh e os leões. Quem quer que tenha vindo do Velho Mundo para contar e representar esta cena, fez o mesmo em Tiahuanaco. Entre os objetos de bronze achados no local, há uma placa de bronze, como a dos cassitas de Luristan, claramente representando o herói do Oriente Médio na mesma cena. 
Representações de “anjos”, os seres alados “mensageiros dos deu­ses” (o termo bíblico MaYachim, literalmente, quer dizer “emissários”) aparecem nos objetos artísticos de todos os povos antigos. A arte dos hititas é permeada de mensageiros alados. Incrivel­mente, na Porta do Sol, eles ladeiam a divindade principal. É significativo o fato de que, ao reconstruir os eventos ocor­ridos nas Américas, na Antiguidade, em Chavin de Huantar — onde acreditamos terem se reunido os reinos dos deuses de Teotihuacán e Tiahuanaco — vamos encontrar as feições olmecas no lugar das mesopotâmicas no painel dos deuses alados. 
Em Chavin de Huantar a divindade indo-européia era o Deus Touro, um animal mítico para outros povos. Porém, embora o touro não existisse então na América do Sul— até ser trazido pelos espanhóis — alguns pesquisadores encontraram, em co­munidades nativas perto de Puno, no lago Titicaca, e em Pucara (uma parada legendária na rota entre Viracocha e Cuzco), a ado­ração pelo touro em cerimônias religiosas anteriores aos tempos da Conquista (f. C. Spahni, “Lieux de cuite precolombiens” em Zeitschrift für Ethnologie, 1971).
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Em Tiahuanaco, e ao sul dos Andes, esse deus era representado segurando um raio em uma das mãos e um cetro de metal na outra. Esta imagem aparece também em pedra, em cerâmicas e em tecidos. É uma combinação conhecida de símbolos do Oriente Médio, onde o deus chamado Ramman (“O Trovejador”), entre os babilônios e assírios, Hadad (“Retumbante”), entre os semitas ocidentais, Teshub (“Soprador de Vento”) entre os hititas e cassitas, era representado em pé sobre um touro — o animal consagrado a ele — segurando uma ferramenta de metal numa mão e um raio forcado na outra.
Os sumérios, de onde se originou o panteão do Velho Mundo, chamam esse deus de Adad ou ISH.KUR Aquele das Montanhas Distantes”) e o representavam com uma ferramenta de metal e um raio forcado. Um dos epítetos para ele era ZABAR DIB.BA — “Aquele que consegue o bronze e divide” — uma pista elucidativa.  Ele era o deus Rimac na costa sudoeste do Peru; Viracocha nos altiplanos andinos. Sua imagem com a ferramenta de metal em uma das mãos e o raio forcado na outra aparece por todos os lugares e o símbolo de um raio se encontra em muitos mo­numentos.
Pode até mesmo aparecer na forma de um touro, como foi encontrado a sudoeste do lago Titicaca por Ribero e von Tschudi. Os peritos que estudaram o nome deViracocha em diversas variantes, concordam que seu componente significa “Senhor/Supremo” quem da “Chuva, Raio, Tempestade é o “Fa­zedor/Criador”. Um hino inca o descreve como o deus “que veio no trovão e nas nuvens de tempestade”. Essas são quase as mes­mas palavras pelas quais essa divindade, o Deus da Tempestade, era reverenciado na Mesopotâmia, O disco dourado de Cuzco representa uma divindade com o revelador símbolo do raio forcado.
Em alguma época naqueles tempos remotos, o deus Ishkur-Teshub-Viracocha colocou seu símbolo do raio forcado na encosta de uma montanha, na baía de Paracas, para que todos o vissem do ar e do oceano. Exatamente naquela baía, identificada pelo grupo de Hapgood no mapa de Piri Reis como a baía que servira de porto aos navios que levavam o estanho e o bronze de Tiahuanaco para o Velho Mundo. O símbolo pro­clamava: 
ESTE É O REINO DO DEUS DA TEMPESTADE! 
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Em alguma época naqueles tempos remotos, o deus Ishkur/Teshub/Viracocha colocou seu símbolo do raio forcado na encosta de uma montanha, na baía de Paracas, para que todos o vissem do ar e do oceano.
Como afirma o livro de Jó, existe realmente “uma terra de onde vêem os lingotes, cujo subsolo está revolto em fogo… Um lugar tão alto entre as montanhas, que mesmo um abutre não conhece o seu caminho, e os olhos de um falcão não o distin­guem”. Era a terra onde os deuses anunnakis-nefilim, que providenciaram os metais vitais ao homem, “colocaram sua mão no granito… reviraram as montanhas até as raízes… e cortaram galerias através das pedras”.

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