Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

domingo, 29 de janeiro de 2017

Estrela anã pode conter elementos chave para vida

Físicos encontram evidência de que o Universo já foi um holograma

“Eu não diria que você vive em um holograma, mas pode ter saído de um”, afirmou o coautor do estudo
 (Foto: Reprodução/ Prometheus )


Já imaginou a possibilidade do nosso Universo não passar de uma ilusão? Um reflexo formado por um gigantesco holograma? Os cientistas já. E, pela primeira vez, eles conseguiram evidências quentes que comprovam a ideia. Parece absurdo, mas calma, faz sentido — acomode-se na cadeira e acompanhe…
Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, Universidade de Waterloo e Instituto Perimeter, no Canadá, Lecce e Universidade de Salento, na Itália, publicaram um estudo no periódico Physical Review Letters sobre o assunto.
Trata-se de uma das mais de dez mil pesquisas sérias relacionadas ao conceito do Universo Holográfico, criado pelo físico Leonard Susskind, nos anos 1990. Logo, não é loucura, nem argumento de um novo filme do Christopher Nolan. 
O que aconteceu foi que todos estes físicos teóricos e astrofísicos descobriram que uma das explicações para a formação do Universo cabe direitinho em um modelo de duas dimensões (2D) do Universo. O problema é que até onde se sabe o cosmos é formado por três dimensões (altura, profundidade e largura) mais o tempo. 
Então, como raios a humanidade, ou melhor, o Universo inteiro poderia funcionar com uma dimensão a menos (sendo que é só olhar para a frente para ver que tudo ao nosso redor é em 3D)?
“Imagine que tudo o que você vê, sente e ouve em três dimensões (mais a sua percepção de tempo), na verdade, emana de um campo plano de duas dimensões”, propõe um dos pesquisadores da equipe Kostas Skenderis, da Universidade de Southampton. “A ideia é similar a dos hologramas comuns, nos quais uma imagem em 3D está decodificada em uma superfície em 2D, como o holograma de um cartão de crédito. A diferença é que agora é o Universo inteiro que está decodificado.”
 (Foto: Reprodução)
Só para deixar claro: ninguém está dizendo que nós estamos vivendo agora em um holograma, ou em uma representação do mundo. Desculpe, Platão, a alegoria da caverna não se aplica aqui. O que os pesquisadores propõem é que isso pode ter acontecido no surgimento do Universo, lááá próximo do Big Bang, há quase 14 bilhões de anos. 
Como assim?
Se você acompanha a GALILEU sabe que os físicos simplesmente não conseguem conciliar o modelo da mecânica quântica (que regula o universo das coisas menores do que um átomo) com o modelo da relatividade geral (aquela mesma proposta por Einstein, que regula os corpos gigantescos como estrelas e planetas).
Esse problema fica especialmente mais grave quando os físicos tentam descrever o surgimento do Universo, quando, segundo a teoria do Big Bang, toda a massa e energia existentes estavam contidas em um único ponto menor do que uma ervilha.
Assim, existem duas físicas completamente diferentes que não conversam entre si, já que a mesma gravidade que explica tão bem o comportamento dos planetas, por exemplo, simplesmente não vale para explicar o comportamento de partículas subatômicas. Mas existe um sopro de esperança. Uma das teorias que tenta fazer as duas físicas conversarem é conhecida como gravidade quântica.
Para o físico italiano Carlo Rovelli, apesar de ainda ser só uma teoria sem comprovação em laboratório (como muita coisa na física teórica), essa ideia é a que melhor explica a realidade que nos cerca. Isso porque, resumindo muito, para a gravidade quântica não existe um espaço-tempo. É isso mesmo que você leu: não existe o espaço, e não existe o tempo. Nem é preciso dizer que a ideia é polêmica. Mas cada vez mais se sustenta.
Segundo esta concepção de mundo, tudo seria formado por campos quânticos — compostos pelas partículas que conhecemos, como a luz, por exemplo. “Os campos que vivem sobre si mesmos, sem necessidade de um espaço-tempo que lhes sirva de substrato, de suporte, capazes de gerar eles mesmos o espaço-tempo, são chamados de ‘campos quânticos covariantes’”, explica Rovelli no livro A realidade não é o que parece (Objetiva). Ou seja, os campos não precisariam de um espaço-tempo para se acomodar porque eles próprios são o espaço-tempo.
Essa ideia é capaz de fazer com que os físicos teóricos respirem mais aliviados, porque além de tempo e espaço, a teoria também elimina o universo infinitamente pequeno menores do as partículas subatômicas, onde a mecânica quântica atuaria. “A tensão entre a relatividade geral e a mecânica quântica, portanto, não é tão grande quanto parecia no início”, escreveu Rovelli.
“As relações espaciais que tecem o espaço curvo de Einstein são as mesmas interações que tecem as relações entre os sistemas elementares da mecânica quântica. Elas se tornam compatíveis e aliadas, duas faces da mesma moeda, assim que se percebe que espaço e tempo são aspectos de um campo quântico e que os campos quânticos podem viver mesmo sem ter os ‘pés fincados’ em um espaço externo.”
Parece estranho, mas lembra quando você assistiu a Interestelar e descobriu que o tempo não é o mesmo em todo o Universo? Que graças à relatividade de Einstein a filha de Matthew McCconaughey poderia envelhecer muito mais do que o próprio pai? Pois é, o cosmos é um lugar fascinante e nada óbvio…
 (Foto: Reprodução)

Voltando ao que importa...
O interessante da gravidade quântica é que ela prevê que se você eliminar uma dimensão, você também pode eliminar a gravidade, tornando os cálculos muito mais fáceis. Com esta ideia em mente, os pesquisadores desenvolveram um modelo com duas dimensões (mais o tempo) para explicar como o princípio do holograma poderia explicar os acontecimentos do Big Bang e suas consequências.
Os cientistas inseriram informações do nosso Universo, incluindo observações da radiação cósmica de fundo em micro-ondas — um tipo de radiação emitida alguns milhares de anos após o Big Bang. E para a surpresa de todos, com alguns ajustes, o modelo e os dados deram um match.

“Os pesquisadores dizem ques estão bem longe de provar que o nosso Universo era um holograma no começo, mas o fato de as evidências observacionais do mundo real explicarem partes faltantes das leis da física em duas dimensões significa que não devemos descartar a ideia”, afirma o Science Alert.

De qualquer forma, pode ficar tranquilo: você não é um desenho animado vivendo em um mundo sem profundidade. O principal autor do estudo Niayesh Afshordi, da Universidade de Waterloo, é categórico: “Eu não diria que você vive em um holograma, mas pode ter saído de um”, afirmou ao site Gizmodo. Segundo ele, hoje, o Universo definitivamente tem três dimensões.




 (Foto: NASA/ NOAA)
Osatélite meteorológico GOES-16, também conhecido como GOES-R, mostrou que não brinca em serviço. Em sua primeira imagem enviada, o aparelho administrado pela NASA e a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) revelou pontos de vista maravilhosos da Terra — e bem importantes também.
Como o nome sugere, o satélite, que foi lançado dia 19 de novembro de 2016, é o 16º da série GOES (Satélite Ambiental Operacional Geoestacionário, na sigla em inglês). Desde 1975, satélites do tipo são usados para previsão do tempo e outras atividades relacionadas. 
Diferente, de seus antecessores o GOES-16 consegue observar a formação de tempestades em questão de minutos. "As imagens incrivelmente nítidas são tudo o que esperávamos com base em nossos testes antes do lançamento", afirmou o administrador assistente do NOAA Stephen Volz.
O aparelho está posicionado a 35 mil km da Terra e está em órbita geoestacionária, ou seja, sua órbita é circular e está exatamente sobre o equador da Terra.
Mais três ferramentas do tipo ainda devem ser lançadas. A próxima será GOES-S, ou GOES 17, que deve alcançar os céus no outono de 2018. Se trouxerem imagens tão deslumbrantes quanto estas, os cientistas (e nós) agradecemos. 
 (Foto: NASA/ NOAA)
 (Foto: NASA/ NOAA)
 (Foto: NASA/ NOAA)
 (Foto: NASA/ NOAA)
 (Foto: NASA/ NOAA)
 (Foto: NASA/ NOAA)

Onde nasce a consciência?

 (Foto: André Ducci)
A
s funções do cérebro humano reservam mistérios ainda indecifrados pelos cientistas. Mas pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, deram um passo importante para desvendar a localização física da consciência — peça fundamental para solucionar o quebra-cabeça da atividade cerebral. Divulgado no ano passado, o estudo da instituição norte-americana apresenta uma conexão entre a região do tronco encefálico envolvida na excitação e regiões cerebrais ligadas à percepção.
De acordo com os cientistas, a correlação entre essas duas áreas explica o desenvolvimento da consciência. Região do cérebro que se conecta à medula espinhal, o tronco encefálico já era conhecido pelos neurologistas por suas funções associadas à excitação — a área regula os comandos de dormir e acordar, além de ajustar o batimento cardíaco e a respiração. Os pesquisadores, no entanto, patinavam na busca pela localização do supervisor da percepção, embora imaginassem que ficasse na região do córtex, camada externa do cérebro que é rica em neurônios.
E essa descoberta traz uma boa notícia: os cientistas afirmam que será possível aprofundar as pesquisas para recuperar pacientes que apresentam quadro de coma profundo. “Nossos resultados dão uma visão das regiões cerebrais e dos circuitos envolvidos em distúrbios da consciência”, diz o médico Michael Fox, que liderou as pesquisas. “Isso proporciona um alvo potencial para terapias, tais como a da estimulação cerebral.”
Revista Galileu.

Fonte eterna de energia

Representação do stellarator em ação (Foto: Science Magazine)


Máquina de fusão nuclear alemã inspirada no funcionamento do sol passou por testes que confirmam seu funcionamento e pode resolver o problema de abastecimento energético na Terra

o final da década de 30, Hans Bethe, físico alemão residente nos Estados Unidos, recebeu uma tarefa um tanto complexa: calcular a idade exata do Sol. Naquela época, acreditava-se que a estrela central do nosso sistema acumulava pouco mais de algumas dezenas de milhões de anos.
Isso colocava em xeque um dos principais conceitos evolucionistas elaborados: o da seleção natural – afinal, o desenvolvimento das espécies teria se desenrolado por muito mais do que algumas dezenas de milhões de anos.
Para a sorte de Charles Darwin, Bethe entrou no jogo, colocou seus cálculos em ação e descobriu coisas além das 4,5 bilhões de primaveras que o Sol já havia comemorado. O físico derrubou a antiga teoria de que  o astro possuía um montante finito de energia. Não se tratava de um processo químico, mas sim nuclear, e praticamente ilimitado.
Hans Bethe observou que, nas condições solares, o hidrogênio, rico naquele ambiente, se comportava de maneira interessante: em vez de seus núcleos se distanciarem, como de costume, eles se aproximavam até se fundirem, criando hélio. Com o peso do hélio sendo inferior ao do hidrogênio, a diferença só poderia ter se convertido em energia.
Desde então, muitos cientistas trabalham arduamente para criar um sol na Terra.
Sucesso do donut alemão
As últimas notícias sobre o assunto são bastante animadoras. No final de 2016, a renomada revista Nature apresentou resultados positivos dos testes realizados no Wendelstein 7-X, um reator de fusão nuclear do tipo “stellerator” (inspirado na produção energética das estrelas) localizado na Alemanha.
A boa nova é que a máquina, com formato similar ao de uma rosquinha com mais de 15 metros de diâmetro e ao custo de um bilhão de libras, conseguiu isolar o plasma, substância resultante da fusão nuclear dos átomos de hidrogênio.
Isso só foi possível graças a geração de um campo magnético robusto e constante, capaz de impedir que esse material super quente entrasse em contato com as estruturas da máquina. Caso contrário, a temperatura altíssima do plasma derreteria o reator. Para se ter uma ideia, os átomos são aquecidos a cerca de tranquilíssimos 100 milhões de graus celsius.
Fusão e fissão: Ruth e Raquel da energia nuclear
Apesar de ser extremamente difícil de ser gerada, a fusão nuclear pode significar uma verdadeira revolução no setor energético mundial. Isso porque, além de gerar um volume enorme de energia, trata-se de um processo em que a água salgada é utilizada como “combustível” e o único resíduo criado é o hélio, um gás inerte.
Já a fissão nuclear é aquela presente nas famosas – e temidas – usinas nucleares. Nesse processo, o núcleo de um elemento radioativo é bombardeado, gerando não só energia, mas também os conhecidos “lixos radioativos”, extremamente perigosos e com um tempo lentíssimo de decomposição.
Entretanto, por mais que o Wendelstein 7-X tenha se comportado bem até o momento, os cientistas afirmam: ainda vamos levar um bom tempo para termos o nosso próprio sol, raiando energia por toda a Terra. Por ora, a ideia do W-7X, como é carinhosamente chamado o reator alemão, é “apenas” conseguir controlar o plasma e simular reações energéticas.
Trata-se de um importante legado construído para nossos filhos e netos, que provavelmente serão os responsáveis pela produção em escala e implantação de uma rede de distribuição desse tipo de energia para a população do futuro.

Astrônomos podem ter encontrado a quinta força fundamental da natureza

 (Foto: Hubble/ NASA)
Até onde se sabe, o universo é composto por quatro forças fundamentais: o eletromagnetismo, a força nuclear fraca, a força nuclear forte e a gravidade, que se tornou a atual queridinha dos físicos depois da comprovação da existência das ondas gravitacionais — responsável por mudar toda a física como a conhecemos hoje.



Agora, um grupo de cientistas autônomos analisou novamente os resultados dos húngaros e publicou um estudo no periódico Physical Review Letters, confirmando que, de fato, as evidências da existência da quinta força da natureza fazem sentido.

É verdade que um estudo mais detalhado pode derrubar a teoria, mas os pesquisadores estão bastante animados. “Se confirmarmos a existência desta quinta força, isso muda todo o nosso entendimento do universo, já que unificará as forças existentes e a matéria escura”, afirma o coordenador da pesquisa Jonathan Feng, da Universidade da Califórnia, na divulgação da pesquisa.
Mas o que os húngaros viram naquele primeiro experimento? Ao disparar fótons em lítio-7, os cientistas descobriram, nas cinzas nucleares, um novo tipo de bóson, que era apenas 30 vezes mais pesado do que um elétron, e que não estava previsto no Modelo Padrão da física de partículas — o melhor conjunto de equações que temos para entender o universo.
De acordo com este modelo, cada uma das forças fundamentais tem um bóson correspondente, com excessão da gravidade, que tem um bóson chamado “gráviton” previsto pelo Modelo Padrão, mas que nunca foi verificado.
O estranho deste novo bóson é que ele interage apenas com elétrons e neutrons, e mesmo assim de forma muito limitada, o que faz com que ele seja bem difícil de detectar. “Não existe nenhum outro bóson com estas caracteristicas”, afirmou um dos pesquisadores Timothy Tait. “Por isso, às vezes, o chamamos de ‘bóson X’, sendo que o ‘X’ significa desconhecido.”
É por isso que os cientistas suspeitam que ele seja o responsável por carregar a tal quinta força fundamental. O problema é que precisamos de mais alguns testes para ter mais certeza. Segundo os pesquisadores, a comprovação pode vir em até um ano.
E o que aconteceria caso a descoberta se comprovasse? A quinta força poderia se juntar ao eletromagnetismo e as forças nucleares fraca e forte, formando uma espécie de “Liga da Justiça” da física — podendo interagir de tal forma que nos traria explicações sobre a natureza da matéria escura.
Tudo ainda é muito prematuro, mas a comunidade científica está animada com as possibilidades que isso pode trazer.
Revista Galileu

Cientistas criam metal de hidrogênio pela primeira vez na história

 (Foto: Harvard)
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ientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criaram uma amostra de metal de hidrogênio. É a primeira vez que o material, previsto em teoria pela primeira vez há cerca de 80 anos, foi desenvolvido em laboratório.
A primeira menção a ele foi feita em 1935 pelos cientistas Eugene Wigner e Hillard Bell Huntington, que sugeriram que, em uma pressão de 25 gigapascais, o hidrogênio sólido se transformaria em metal. 
Na época ainda não havia conhecimento suficiente do mundo quântico para criar essas condições...até agora. Em estudo publicado no periódico Science, os pesquisadores Thomas D. Cabot, Isaac Silvera e Ranga Dias explicam que usaram dois tipos de diamantes sintéticos para encontrar o hidrogênios sólido. Eles poliram as superfícies dos diamantes até que elas não tivessem mais defeitos, os esquentaram para retirar resíduos internos e os cobriram com uma camada de óxido de alumínio, um composto que o hidrogênio não consegue filtrar. 
Em seguida, o trio de Harvard foi comprimindo o hidrogênio sólido. No início do experimento, quando a pressão estava mais baixa, o elemento ficou transparente, conforme a pressão foi aumentando, ele ficou opaco e preto. Quando uma pressão de 495 gigapascais foi atingida, o hidrogênio ficou brilhante, completando sua transformação em metal — ainda não se sabe se foi em um estado sólido ou líquido. 
Ainda há muito o que ser pesquisado, mas se o metal de hidrogênio tiver pelo menos metade das aplicações previstas em teoria, ele poderia revolucionar a tecnologia como a conhecemos hoje. Segundo os cientistas, por ser um supercondutor, o material poderia trazer inovações para praticamente tudo que envolve eletricidade, como a possibilidade de trens de alta velocidade funcionarem por levitação magnética e a melhoria da performance desde dispositivos até outros tipos de veículos.
O material poderia ser utilizado como propulsor, o que mudaria (para melhor!) as viagens espaciais. "É necessário uma quantidade tremenda de energia para criar o metal de hidrogênio", explicou Isaac Silvera no anúncio do estudo. "E se você o converter de volta para o hidrogênio molecular, toda a energia é liberada, o que poderia se transformar no tipo de propulsor mais potente já conhecido pelo homem."
Em termos de comparação, os propulsores utilizados hoje levam 450 segundos para serem acionados em um foguete — o propulsor de hidrogênio levaria 1,7 segundos para fazer a mesma coisa. Com isso, seria possível colocar foguetes em órbita em apenas um passo em vez de dois. "Ele teria ainda cargas úteis maiores, o que seria muito importante", ressaltou Silvera. 
(Com informações de Live Science e The Independent)
Revista Galileu.

Saiba por que Júpiter não gira em torno do Sol

 (Foto: Tumblr)

Calma, não precisa esquecer de tudo que você aprendeu nas aulas de ciências do sexto ano: Júpiter não traiu o Sol para dar uma volta por aí com outra estrela— pelo contrário, é o Sol que é acusado de ter roubado planetas da órbita de estrelas vizinhas em um passado distante.
Ainda é pouco perto da massa do Sol, que pesa 1048 "júpiters". Mas é mais do que o suficiente para que o planeta peso-pesado comece a disputar uma espécie de "cabo de guerra" bastante injusto com sua estrela.
Ou seja: Júpiter não gira em uma trajetória cujo centro é o próprio núcleo do Sol. Ele também puxa a estrela um pouquinho, e ambos entram em equilíbrio girando em torno de um ponto gravitacional comum.



Planetas como a Terra também exercem sua cota de força gravitacional, mas somos tão insignificantes que não fazemos nem cócegas em um corpo tão grande quanto uma estrela. Isso significa que, na prática, o efeito não é perceptível, e nós efetivamente giramos em torno do Sol.
Ficou difícil? O gif abaixo vai te explicar em um piscar de olhos. Ele é apenas ilustrativo, a proporção entre os planetas e suas órbitas não estão de acordo com a realidade. 
 (Foto: gfycat)

Esta é uma das imagens mais incríveis de Júpiter até agora


 (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstaedt/John Rogers)
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Juno enviou para a Terra umas das imagens mais impressionantes de Júpiter até agora. Feita com a JunoCam, câmera da sonda que capta luz visível, a foto mostra detalhes das violentas tempestades de gás do planeta. Isso porque diferente de qualquer outra missão a sonda conseguiu chegar onde nenhum objeto humano jamais conseguiu.
“A proximidade de Juno com Júpiter é muito incomum”, afirmou o gerente de projetos Rick Nybakken so site Universe Today. “A sonda tem uma órbita elíptica que fica a apenas cinco mil quilômetros das nuvens de gás. Nenhuma outra missão chegou tão perto.”
Na imagem, é possível ver com detalhes a Pequena Mancha Vermelha, uma tempestade de gás que também é conhecida como NN-LRS-1. Até 2006, o fenômeno era mais forte e com cores mais intensas. Com o passar do tempo, foi ficando mais fraco, o que misturou sua coloração com os gases ao redor, dificultando sua visualização.   
A Pequena Mancha Vermelha, localizada na parte inferior à esquerda (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstaedt/John Rogers)O mais interessante é que qualquer pessoa pode baixar e analisar as imagens da câmera, que foi incluída na sonda justamente para interagir com o público. Neste caso, quem processou e identificou os pontos da imagem foram os astrônomos amadores Gerald Eichstaedt e John Rogers.
“Estamos fazendo com a JunoCam tudo o que é possível fazer com um instrumento que pertence ao público. Solicitamos a ajuda de todo mundo para escolher imagens e divulgar informações em sua forma mais bruta”, afirmou o cientista Steve Levin.
Além de animar os entusiastas não profissionais, as imagens também ajudam a fornecer o contexto necessário para que os cientistas possam trabalhar com os outros instrumentos da sonda. Para ajudar os cientistas, você pode ver as informações (em inglês) aqui; e também é possível baixar a foto em alta resolução

“Ser a primeira negra no espaço foi um grito de que temos muito a oferecer”

 OUÇA A REPORTAGEM

 (Foto: André Ducci)
Quando a médica Mae Jemison se tornou a primeira negra no espaço, em 1992, as mulheres já realizavam trabalhos de destaque na NASA. A luta para que isso fosse possível, como recorda o filme Estrelas Além do Tempo, não foi fácil. Em entrevista, Jemison fala sobre inclusão e diversidade na exploração espacial.
Você detém o título de primeira mulher negra a ir ao espaço. O que isso representa para você?
Com frequência somos deixadas de fora do avanço da humanidade. Quando voei ao espaço, fiquei surpresa ao saber que só caucasianas dos EUA e da Rússia haviam estado lá antes de mim. Sempre imaginei que todo tipo de pessoa teria ido. Ser a primeira foi um grito de que temos muito a oferecer, uma honra e responsabilidade. Eu me comprometi a incluir toda a perspectiva e o talento humanos na construção do mundo.
O que pensa das mulheres negras dos primórdios da NASA, como as três protagonistas deEstrelas Além do Tempo?
Não surpreende serem parte crítica do programa espacial. Irrita não estarem entre os rostos conhecidos da matemática, apesar de levarem humanos à Lua. Mais conhecimento sobre a história de Katherine Johnson, Dorothy Vaughan a Mary Jackson teria mudado muitas pedras no caminho das mulheres. Conhecimento vital para que homens brancos mais velhos conheçam as extraordinárias contribuições femininas na ciência, engenharia, computação. Eles, que tantas vezes guardam o portão do sucesso nessas áreas.
As três encaravam racismo e sexismo todo dia no trabalho.você teve o mesmo problema?
É claro! Raça e gênero ainda afetam as presunções sobre você. O tempo foi passando e muitos não verbalizavam mais os preconceitos. Minha perspectiva é reconhecer que eles estão presentes, mas sem sair por aí para convencer as pessoas. Faço o trabalho e o deixo falar por si. Não tenho medo de me levantar e defender minhas ideias.
Qual a importância de uma maior representatividade negra e feminina na exploração espacial?
Encorajá-la beneficiará o mundo com novas perspectivas e capacidades de solucionar problemas. Contar com o potencial de todos é crítico para encarar os desafios atuais. É muito importante envolver mulheres de todos os continentes e etnias, assim como é crucial ter boa representatividade de homens. Não se trata só de números de pessoas: é sobre conhecimento e talento.
Revista Galileu

domingo, 22 de janeiro de 2017

Cientistas desenvolvem alternativa sustentável para a bateria de lítio

 (Foto: Flickr/Uwe Hermann)
Para descobrir opções mais sustentáveis do que a bateria de lítio, amplamente utilizada em eletrônicos como celulares, notebooks e câmeras digitais, cientistas do Instituto Nacional Ulsan de Ciência e Tecnologia, na Coreia do Sul, buscaram alternativas onde menos se esperava: na água do mar.
Em um estudo publicado pelo periódico ACS Applied Materials & Interfaces, os nove pesquisadores explicaram a ideia por trás da “bateria de água do mar”: a água salgada funciona como um católito, que atua ao mesmo tempo como o coletor de elétrons e o eletrólito para transportar os íons da bateria.
Para funcionar, a invenção depende apenas de água salgada rica em íons de sódio, enquanto a bateria de lítio precisa ser extraída da Terra, o que pode provocar diversas complicações ambientais. O material da nova pesquisa, por outro lado, é algo que obviamente temos em excesso nos oceanos.
Estudos com a bateria de lítio começaram em 1912, mas as primeiras versões não recarregáveis surgiram apenas nos anos 1970. Com o desenvolvimento desta opção, o lítio se tornou cada vez mais popular por ser o mais leve de todos os metais, ter maior potencial eletroquímico e fornecer a maior densidade de energia para seu peso.
Revista Galileu.

9 coisas que você precisa saber sobre Nikola Tesla

Tesla aos 34 anos (Foto: Wikimedia/Napoleon Sarony)
Nascido em 1856 na região da atual Croácia, Nikola Tesla foi um inventor, físico e engenheiro elétrico sérvio-americano. Tesla é famoso pelas contribuições para o projeto do sistema de eletricidade de corrente alternada e por invenções que até hoje chamam a atenção da cultura popular.
inventor nutria o interesse por sistemas de iluminação sem fio e seus experimentos exploravam a distribuição de energia de alta tensão e frequência. Também foi uma das primeiras pessoas a manifestar a possibilidade de comunicação sem fio intercontinental e tentou colocar essa ideia em prática na época, sem sucesso. A tentativa ficou conhecida como o projeto da Torre Wardenclyffe.
Em 1960, a Conferência Geral sobre Pesos e Medidas introduziu o termo "tesla" ao Sistema Internacional de Unidades para a medida de intensidade do campo magnético. Vários fatos e curiosidades como essa rondam o nome e a reputação do inventor. Confira:
1 - Tesla nasceu durante uma tempestade de raios
Nikola Tesla nasceu em 10 de julho de 1856, durante uma tempestade de raios bem forte. Ironicamente, a parteira afirmou que o garoto seria uma “criança da escuridão”, por considerar a tempestade um sinal ruim. A mãe retrucou dizendo “não, da luz”.
2 - Ele foi um ambientalista
Além de se preocupar com o consumo desenfreado de recursos do planeta, o inventor defendia o desenvolvimento de combustíveis renováveis e pesquisou métodos de gerar energia pelo solo e pelo ar, alternativas que poderiam substituir o consumo e impacto do combustível fóssil. Tesla também apoiava melhorias na qualidade de vida humana sem o objetivo de criar fortuna: talvez por isso, apesar de suas contribuições à sociedade, morreu pobre.
3 - Imaginou a internet sem fio (em 1901)
Enquanto desenvolvia um rádio transatlântico, Tesla imaginou um sistema que coletasse informações e pudesse transmiti-las para aparelhos portáteis. Muitas de suas ideias nunca iam além da sua imaginação, já que algumas não tinham como ser aplicadas, mas o conceito elaborado por ele era basicamente o que conhecemos como internet móvel hoje em dia.
4 - Tinha hábitos obsessivo-compulsivos e sofria de misofobia
Ao longo da vida, Tesla demonstrou ser um profissional bastante disciplinado e mantinha uma rotina bem delimitada. Alguns acreditam que ele só dormia duas horas por noite, talvez porque não conseguia dormir mais ou porque se forçava a isso. Também era obcecado pelo número 3 e usava 18 guardanapos, um número divisível por 3, para limpar sua sala de jantar antes das refeições — possível sintoma de misofobia, a aversão a germes e sujeira.
5 - Tinha ótima memória
memória de Tesla era eidética, ou seja, fotográfica, e ele conseguia lembrar o conteúdo de livros inteiros e imagens em grandes detalhes.
6 - O governo americano ainda guarda documentos secretos que pertenciam a ele
Quando Tesla morreu, em 1943, um dos escritórios do governo americano recolheu todos os pertences do inventor. A maioria das coisas foi devolvida à sua família e outros itens foram doados para o Museu Tesla em Belgrado, capital da Sérvia. Curiosamente, vários documentos pessoais dele continuam nas mãos dos Estados Unidos e nunca foram divulgados.
7 - Ele acreditava que quase tinha provocado um terremoto em Manhattan
Em seu desafio de criar eletricidade mais eficiente, Tesla chegou a pensar que havia inventado uma máquina de terremotos, que sacudiram seu prédio e vizinhos em Manhattan ao conduzir experimentos. Mais tarde, ele percebeu que os tremores eram efeito de seu oscilador de alta frequência, um gerador elétrico movido a vapor.
Tesla em seu laboratório em 1900 (Foto: Wikimedia Commons)
8 - Apagou uma estação de energia em Colorado
Quando transferiu suas operações para a cidade de Colorado Springs, em 1899, Tesla produziu experimentos em um laboratório com uma torre e um mastro de metal com 43 metros, formando raios artificiais que supostamente teriam criado trovões e faíscas a até 15 quilômetros de distância. O teste teria assustado moradores e causado o apagão em uma companhia de energia da região.
9 - Thomas Edison e Tesla não foram arqui-inimigos
Os dois aclamados inventores nunca foram adversários de verdade e até trabalharam juntos no desenvolvimento de geradores de corrente contínua. A relação entre os dois poderia ser descrita, no máximo, como “rivalidade de negócios”.

Revista Galileu.