No futuro, 2017 deve ser lembrado como o ano em que a exploração espacial ganhou novos contornos. Será a primeira vez em que as viagens de astronautas ao espaço serão entregues a empresas privadas, até então responsabilidade de agências espaciais governamentais, como a Nasa. Durante o ano, devem acontecer os voos tripulados inaugurais da SpaceX, empresa do sul-africano Elon Musk; da Blue Origin, de Jeff Bezos, o bilionário fundador e CEO da Amazon; e da Boeing, que ganhou os primeiros contratos da Nasa para fazer o transporte de astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS). Se tudo correr bem, uma nova era espacial, mais democrática, terá começado, em que o setor privado fará as missões mais curtas e menos ousadas – ao menos do ponto de vista científico – enquanto as agências dedicam-se a viagens de longo prazo e mais arriscadas, como o voo a Marte.
“O ano de 2017 trará uma roupagem definitiva de como iremos encarar a exploração espacial daqui em diante. Além dos serviços prestados por futuras cápsulas privadas aos governos, podemos imaginar o crescimento massivo do turismo espacial com preços cada vez mais acessíveis – a virada de década que está por vir pode representar uma grande revolução para a história da humanidade”, explica o engenheiro espacial Lucas Fonseca, da missão Garatéa, a primeira viagem espacial brasileira à Lua. “Há também iniciativas na China, Índia, Japão e União Europeia, expandindo o conhecido eixo Estados Unidos-Rússia. Estamos, de fato, democratizando o acesso ao espaço.”
Veja.com
Por Rita Loiola
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