Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Quanto dos planetas é destruído por buracos negros?


Investigadores calcularam os danos provocados


O centro de todas as galáxias alberga pelo menos um buraco negro supermassivo, designados por quasars quando ativos. Mas, segundo a Scientific American, só agora se sabe mais sobre a forma como estes atuam.


Um novo estudo publicado nas notícias mensais da Real Sociedade de Astronomia da universidade de Oxford, analisou quando, onde e como são os planetas afetados pelos quasars.
Os investigadores Loeb e John Forbes calcularam que metade dos planetas do universo perderam o equivalente à atmosfera de Marte, 10% o equivalente à atmosfera da terra e 0,2% o equivalente a todos os oceanos da terra, ‘engolidos’ por buracos negros.
Felizmente, o buraco negro existente na Via Láctea, o Sagittarius A*, está muito longe do Sistema Solar, a 26 mil anos-luz do planeta Terra.
Site: Noticias ao minuto

sábado, 20 de maio de 2017

Colisões entre prótons no LHC geram abundância de partículas estranhas

Partículas formadas em colisão de núcleos de chumbo, registradas pelo detector ALICE, no LHC. A grande abundância de hádrons estranhos, decorrente do choque central de núcleos pesados, foi obtida também em colisões de prótons (imagem: ALICE) (Foto: ALICE)
Tudo aquilo que podemos tocar e sentir é feito de átomos. Mas o buraco do coelho que é a estrutura da matéria nos leva a níveis mais profundos. Bem mais profundos. No núcleo dos átomos, temos um amontoado de prótons e nêutrons que, por sua vez, nada mais são do que um amontoado de quarks e glúons.
Talvez estes, sim, estejam no fundo do buraco: fazem parte de um grupo de partículas que os físicos chamam de fundamentais, ou elementares. Atualmente a ciência as considera os menores componentes das coisas. Ou seja, até agora, ninguém conseguiu achar nada menor do que isso. 
Em condições normais, quando estão incrustadas em nosso corpo ou dentro de nossa xícara de café, por exemplo, essas partículas se comportam de um jeito bastante previsível. Mas experimente acelerá-las até velocidades próximas à da luz e faça com que colidam: você vai ver que coisas surpreendentes acontecem. É exatamente isso que fazem os grandes colisores de partículas como o LHC, na fronteira da França com a Suíça, e o RHIC, nos Estados Unidos.
Quando os envolvidos nessas colisões são estruturas complexas como os núcleos de elementos pesados a exemplo do chumbo e do ouro, cada um com cerca de 200 prótons e nêutrons (que os físicos chamam de hádrons), o resultado é a liberação de vastas quantias de energia. Tão grandes que, por uma fração de uma fração de um segundo, são recriadas as condições extremas de temperatura e pressão do Universo instantes após o Big Bang.
"Conseguimos quebrar o átomo em pedaços, arrancar os elétrons, separar os prótons e os nêutrons, fazemos isso no dia a dia", diz o professor Alexandre Suaide, do Instituto de Física da USP, que estuda justamente as colisões de altas energias entre núcleos pesados.
Mas com os hádrons, o negócio é diferente. "Até hoje não se consegue arrancar um quark do próton, é como se tivesse uma sacola de bolas de gude da qual é impossível tirar qualquer bolinha", explica o físico.
Só que as colisões de núcleos pesados são tão intensas que tiram as bolinhas de gude da sacola. Em termos um pouco mais técnicos, elas fazem com que a matéria nuclear sofra uma transição de estado físico e forme um plasma no qual quarks e glúons estão desconfinados — essa substância, recriada pela primeira vez no acelerador RHIC em 2004, permeava o Universo quando ele tinha poucos microssegundos de vida.
Desde os anos 1980, os físicos atribuem a presença em demasia de um certo tipo de quark, o estranho, nos hádrons formados após as colisões como uma espécie de assinatura de que o plasma de quarks e glúons (QGP, na sigla em inglês) tenha sido produzido.
O problema é que o estado não se mantém por mais do que efêmeros 10 elevado a menos 23 segundos, então estudá-lo é quase como um CSI da física de partículas. "É um estudo bem investigativo no sentido de que não temos como acessá-lo diretamente, mas as propriedades dele estão embutidas nas partículas que sobram no final", diz Suaide.
Mas vamos por partes: existem seis tipos de quark, sendo que os prótons e os nêutrons são compostos pelos dois com menor massa, chamados de up e down. O estranho (strange) é bem mais pesado e recebeu este nome quando foi descoberto na década de 1960 por demorar muito mais tempo até decair e se transformar em um de seus irmãos mais leves (sim, é isso que os quarks fazem).
Até agora, os físicos de partículas acreditavam que apenas núcleos pesados seriam capazes de produzir o plasma — e portanto, a abundância de quarks estranhos.
Mas resultados recentes obtidos pelo experimento ALICE, que atua no LHC, apontam para uma descoberta inusitada. "A novidade nesse resultado é que ele observou esse aumento relativo em partículas que contêm quark estranho em colisões próton-próton, sistemas muito menores que os núcleos de chumbo e ouro", explica Rafael Derradi de Souza, pós-doutor pelo Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), da Unicamp, e um dos 1500 membros da colaboração ALICE, que reúne pesquisadores do mundo todo.
Junto do físico David Chinellato, colega de instituto e coordenador da pesquisa, Souza participou ativamente da análise dos dados e da elaboração do artigo, publicado no mês passado na prestigiosa revista Nature Physics. Ele afirma que os resultados são desafiadores do ponto de vista teórico porque nenhum dos modelos atuais prevê que os prótons sejam capazes de produzir o plasma. "Talvez nem seja o QGP, pode ser algum outro mecanismo de produção de quarks estranhos que ainda não conhecemos", explica o pesquisador.
É por isso que os físicos ainda estão cautelosos e preferem não afirmar categoricamente que quando os pequenos prótons colidem, também criam uma gotinha do Universo primordial. "Ainda é muito cedo para falar, precisamos melhorar a qualidade e a quantidade das medidas experimentais", afirma Suaide, que também é membro da colaboração ALICE.
Mas Souza explica que se, de fato, as colisões entre prótons também produzirem QGP, os físicos de partículas terão em mãos uma ferramenta bastante promissora para investigar como a matéria se comporta em suas escalas mais microscópicas. "Essas colisões são mais simples que as de núcleo, nas quais há muito mais coisas acontecendo, então seria um experimento bem mais limpo de se trabalhar", diz.
Seria uma maneira de se viajar até o fundo da toca do coelho da estrutura da matéria e, lá embaixo, encontrar um lugar bem arrumadinho, onde ainda existem muitos segredos escondidos a respeito da realidade das coisas.
Desvendá-los pode ser bem mais fácil sem um monte de prótons e nêutrons voando caoticamente para todos os lados após uma violenta colisão entre átomos de chumbo ou de ouro. E quando se trata de desvendar segredos, bem, é isso que move pessoas como Souza. "Como cientista, pesquisador, a gente se atém ao que observa, mas como um amante da ciência, sei lá, é sempre legal achar coisa nova, como nesse resultado."

terça-feira, 16 de maio de 2017

Hawking e mais 32 físicos assinam carta em defesa da inflação cósmica

Vida complexa no universo não é tão fácil de achar (Foto: Reprodução)
OfísícoStephen Hawking e outros 32 importantes cientistas publicaram uma carta rebatendo outros três pesquisadores. O documento, que também foi assinado por nomes importantes como Leonard Susskind e Lisa Randall, é uma resposta direta a um artigo publicado em fevereiro na revista norte-americana Scientific American.
O texto de Anna Ijjas, Paul J. Steinhardt (Princeton) e Abraham Loeb (Harvard) contesta a ideia de que após o Big Bang o Universo inflou como um balão: “A cosmologia inflacionária, como entendemos hoje, não pode ser avaliada usando métodos científicos”.
A teoria da inflação cósmica foi proposta pelo cosmologista Alan Guth, do MIT, em 1980. A ideia é que uma fração de segundo após o Big Bang o Universo expandiu rapidamente, formando as galáxias que conhecemos hoje. Desde então, o conceito vem sendo desenvolvido por Guth e Andrei Linde, de Stanford.
No texto da Scientific American, criticado pelos cientistas, os pesquisadores questionam a ausência de ondas gravitacionais primordiais: “Os dados sugerem que os cosmólogos devem rever esse paradigma tão favorecido e considerar novas ideias sobre o início do Universo”, afirmam.
O que fez com que os 33 físicos escrevessem uma carta resposta não foi o desacordo em si, mas a questão de terem afirmado que os fatos apresentados por eles não podem ser provados pela ciência. “Não fazemos ideia de quais cientistas eles estão falando. Discordamos com muitas declarações do artigo, mas nessa carta focaremos em categorizar nosso desacordo com esses argumentos sobre a testabilidade da teoria inflacionária”, afirmam na carta.
O três cientistas, por sua vez, apenas reafirmaram suas ideias com uma espécie de “FAQ” e concluíram: “O que começou em 1980 como uma teoria que parecia dar previsões definitivas acabou se tornando o contrário”.   (Revista Galileu)

Como a NASA pretende chegar a Marte na década de 2030

 OUÇA A REPORTAGEM


NASA detectou metal na atmosfera de Marte (Foto: NASA)
ANASA divulgou seu plano de levar humanos para o planeta vermelho no evento Humans to Mars 2017, realizado em Washington, nos Estado Unidos. Segundo eles, a previsão é chegar à superfície de Marte na década de 2030.
No momento, estamos na fase zero de um projeto que possui quatro etapas no total. Agora, o foco é testar as tecnologias disponíveis na Estação Espacial Internacional, que orbita a 400 quilômetros do planeta Terra. A ideia é que isso dure até o ano de 2022, quando se dará início propriamente ao plano.
Na fase 1, quatro voos do megafoguete SLS levarão cápsulas Orion contendo quatro astronautas cada para as imediações da Lua. Lá, será construída uma nova estação, chamada pelos pesquisadores de Deep Space Gateway, que terá a função de um porto espacial. A NASA prevê que a instalação esteja pronta no ano de 2026, quando começará a fase 2.
A partir daí, o Gateway terá como principal função servir de base para Deep Space Transport, o veículo que terá como objetivo levar seres humanos para o planeta vermelho. Uma missão tripulada de um ano será inciada na órbita lunar em 2028, quando todos os sistemas da nave serão testados. Além disso, o porto espacial ajudará na exploração da Lua, controlando robôs ou inciando missões humanas no solo lunar.
Se tudo der certo, no ano de estreia do Transport, a fase 3 se inciará com a primeira viagem a Marte. Marcada para começar em 2033, o bate e volta até o planeta durará cerca de mil dias, aproximadamente três anos. 
Após o sucesso da terceira etapa, finalmente estaremos prontos para pousar na superfície marciana. Esta é a parte menos desenvolvida pela NASA até o momento. Sabe-se apenas que envolverá o Transport e um módulo de pouso e ascenção no planeta. Para isso, porém, a agência espacial espera conseguir parceiros e patrocinadores.

Revista galileu

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Astrônomos descobrem super-Terra e mais 59 exoplanetas próximos


  (Foto: Wikipédia/ESO/M. Kornmesser/Nick Risinger)
Um grupo de pesquisadores de vários países descobriu 60 novos planetas que orbitam estrelas próximas do Sol. Eles também descobriram evidências de mais 54 exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar), totalizando 114 corpos.
Entre eles, um planeta específico chama a atenção: Gliese 411b, uma super-Terra quente, maior do que o nosso planeta, mas menor do que Netuno. Ele está localizada no quarto sistema solar mais próximo de nós. A descoberta revela que, possivelmente, todas as estrelas próximas do Sol podem trazer planetas rochosos como a Terra em sua órbita.  
“É fascinante pensar que quando olhamos para as estrelas mais próximas, todas podem ter planetas em sua órbita. Há cinco anos, isso era algo do qual os astrônomos não estavam muito convencidos. Estes novos planetas também nos ajudam a entender o processo de formação dos sistemas solares”, disse o Dr. Mikko Tuomi, do Centro de Astrofísica da Universidade de Hertfordshire, na Inglaterra.
A descoberta foi feita com base em 20 anos de observação, com ajuda do telescópio Keck-I, do Havaí, como parte do Lick-Carnegie Exoplanet Survey, um grupo de pesquisa que busca por novos mundos desde 1996. Para encontrar os planetas, os cientistas mediram as pequenas variações de cor das estrelas, que indiretamente revelam a presença de corpos na órbita das estrelas — a mesma técnica que identificou o Proxima b, que orbita nossa estrela mais próxima Proxima Centauri.

Novo planeta pode ser a maior esperança de vida fora da Terra

uitos planetas são encontrados fora do Sistema Solar, mas nem todos são como o LHS 1140b, a mais recente descoberta do grupo de pesquisadores liderado por Jason Dittmann, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian. O exoplaneta é um pouco maior que a Terra e está situado a cerca de 40 anos-luz daqui.
O que mais empolgou os cientistas foi o fato de que o LHS 1140b orbita uma zona habitável em relação a sua estrela, a LHS 1140, uma anã vermelha situada na constelação Cetus.
O planeta está 10 vezes mais próximo da LHS 1140 que a Terra está do Sol, mas como a anã vermelha é bem mais fria e escura, o LHS 1140b não esquenta muito — na verdade, ele só recebe metade da luz que recebemos do Sol.
“As condições da anã vermelha são particularmente favoráveis”, afirma o astrônomo Nicola Astudillo-Defru, do Observatório de Genova, na Suíça. O membro da equipe de pesquisa falou também que a estrela gira mais devagar e emite menos radiação que outros astros do tipo. Isso significa que a pressão e a temperatura provenientes da LHS 1140 não impedem a existência de água líquida — que é essencial para a vida como conhecemos.
Os astrofísicos têm esperança de que o planeta tenha retido ou recuperado uma atmosfera, aprisionando o vapor gerado pelos mares de magma que talvez tenham uma vez existido no LHS 1140b. Para verificar essa hipótese os pesquisadores contarão com a ajuda do telescópio Hubble e de um novo instrumento que está sendo desenvolvido pelo ESO.
“Não podíamos esperar por um alvo melhor para responder uma das maiores questões da ciência: a busca de vida fora da Terra”, afirmou Jason Dittmann.
Os pesquisadores detectaram o exoplaneta graças aos instrumentos do Observatório Europeu do Sul (ESO), na Observatório de La Silla, no Chile.
(Com informações de Science Alert.)
*Com supervisão de Nathan Fernandes. Revista Galileu

Tardígaros voltando a vida

Ofilo dos tardígrados, microscópicas criaturas aquáticas, já é considerado um dos mais resistentes da Terra. Esses bichinhos são capazes de sobreviver por dez dias de exposição a radiação cósmica enquanto flutuam pelo espaço. Também conseguem permanecer vivos dentro de uma grande variação de temperaturas que vai de 100 a - 272°C.
Mas essas aptidões ficam no chinelo quando comparadas a sua extrema capacidade de, quando sem água, encolherem e permancerem vivos por quase uma década. No momento em que eles se veêm às voltas de um ambiente extremamente seco, os tardígrados recolhem suas oito pernas e cabeça para dentro de seu corpinho. A partir deste momento, seu metabolismo diminui para quase zero, garantindo ao organismo sua sobrevivência.
Ao menor sinal de água, porém, o tardígrado literalmente cresce e volta a sua vida normal. O fênomeno chamou a atenção de alguns cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que resolveram investigar o que era responsável por tal característica.
Em pesquisa publicada no periódico Molecular Cell, o grupo explica como a desidratação ativa vários genes do tardígrado. Estes são responsáveis por produzir uma série de proteínas, chamadas de tardigrados, que encapsulam moléculas biológicas dentro das células do animal, como se fossem pequenas estruturas de vidro.
Isso é o que permite o estado de encolhimento em que o tardígrado entra quando se depara com seca — chamado de anidrose. Essas proteínas, porém, derretem quando entram em contato com líquidos.






Resultado de imagem para tardígradoO grupo de cientistas conseguiu fazer a descoberta após colocar os minúsculos organismos em um ambiente úmido que foi sendo constantemente desidratado. Antes acreditava-se que os animais conseguiam realizar a proeza da sobrevivência sem água por causa de um açúcar chamado de trealose. O problema é que a substância não foi encontrada no corpo dos tardígaros.
Após identificarem os genes, os pesquisadores os implantaram em leveduras e bactérias. Estes desenvolveram habilidades similares a dos tardígaros para sobreviver na seca. O fato animou os biólogos, que acreditam ser possível fazer o mesmo procedimento em vacinas e remédios baseados em  proteínas, o que ajudaria a estabilizá-los, permitindo seu transporte em temperaturas ambiente e não em compartimentos refrigerados.
"Isso pode ajudar a quebrar a dependência que temos de aparelhos de resfriamento, o que é um grande impedimento logístico e econômico quando se precisa levar medicamentos para pessoas em partes remotas ou em desenvolvimento do mundo", explica o líder da pesquisa, Thomas Boothby. "Agora estamos buscando esse tipo de aplicação."
Num futuro próximo, quem sabe, isso poderá ser aplicado até mesmo em humanos, nos permitindo sobreviver em meios extremamente secos como, por exemplo, a superfície de Marte.
Revista Galileu.

7 sinais de que você é inteligente e não sabe

uitos estudos e pesquisas científicas mostram que existem vários hábitos comuns entre pessoas inteligentes ou que gostam de exercitar a mente. Veja se você está entre elas:
1. Você estuda ou estudou música
Várias pesquisas sugerem que a música pode colaborar com o desenvolvimento da mente de uma criança: após apenas um mês de aulas de música, crianças entre quatro e seis anos demonstraram melhor desempenho em testes de inteligência verbal organizados por um estudo em 2011.
Outro estudo, feito em 2004 por Glenn Schellenberg, mostrou que crianças de seis anos que tiveram aulas de teclado conseguiram aumento significativo do QI em comparação com outras que fizeram aulas de teatro ou que não fizeram nenhum curso extracurricular. 
2. Você é o irmão mais velho
Irmãos mais velhos podem ser mais inteligentes: epidemiologistas noruegueses usaram arquivos militares para examinar a ordem de nascimento, nível de QI e registro de saúde de quase 250 mil homens entre 18 e 19 anos, nascidos entre 1967 e 1976. Os resultados mostraram que a média de primogênitos tinha QI de 103, enquanto os irmãos tinham 100 e, no caso de três filhos, a terceira criança apresentava QI de 99. 
3. Você tem um gato
Entre os 600 estudantes de ensino médio que participaram de um teste de personalidade em 2014, aqueles que afirmaram gostar mais de cachorros como animais de estimação foram identificados como as pessoas mais extrovertidas, em comparação com os que escolhiam “gatos” como resposta. Mas no teste que mediu habilidades cognitivas, por outro lado, os fãs de gatos foram os que tiveram os melhores resultados. 
4. Você bebe regularmente
Em um estudo, o psicólogo Satoshi Kanazawa descobriu que crianças e adolescentes com os melhores resultados em testes de QI passaram a consumir mais bebida alcoólica na vida adulta do que as crianças com resultados menores.
5. Você aprendeu a ler cedo
Em 2012, cientistas estudaram cerca de duas mil duplas de gêmeos idênticos no Reino Unido e perceberam que o irmão que aprendeu a ler mais cedo conseguia melhor desempenho nos testes de habilidade cognitiva. Os pesquisadores afirmam que aprender a ler cedo ajuda a aumentar a habilidade verbal e não-verbal. 
6. Às vezes você é bagunceiro
Em um estudo publicado na Psychological Science, 48 pessoas passaram por uma série de testes. Metade delas participou do teste em um local organizado, a outra metade em salas cheias de bagunça: os participantes das salas organizadas, notaram os cientistas, muitas vezes respondiam somente o que era esperado deles, mas as salas bagunçadas parecem ter estimulado respostas bem mais criativas. 
7. Você tem hábitos noturnos
Em termos de intelecto, pessoas “noturnas” costumam superar aqueles que preferem acordar cedo, segundo um estudo publicado em 2009. Evidências indicam que hábitos noturnos não eram comuns entre nossos ancestrais e os cientistas acreditam que indivíduos capazes de defender novos valores evolutivos tendem a ser mais inteligentes.
Via IFL Science! Revista Galileu

Neil deGrasse Tyson fala da coisa mais difícil de entender no universo

ós não temos um senso intuitivo do quão longe o tempo chega.” É assim que Neil deGrasse Tysonabre um pequeno vídeo do site americano Business Insidersobre como os números imensos com que a ciência lida diariamente dificultam a compreensão de coisas muito grandes ou muito, muito pequenas. A GALILEU traz suas reflexões aqui.
1. É difícil entender que tudo muda muito devagar em comparação com a duração de nossas vidas
É bem comum ouvir falar que algo no universoaconteceu há muito tempo, ou mesmo que algo está acontecendo no universo neste exato momento — “momento” esse que começou há um milhão de anos, na melhor das hipóteses. É bem difícil, na prática, atribuir dimensões palpáveis ou sequer imagináveis aos valores numéricos citados em notícias científicas.
No vídeo, Neil deGrasse Tyson explica que não há nada de errado com isso, e que na lista de necessidades de sobrevivência que guiou a evolução biológica muito, muito recente do cérebro humano, dar significado real a um valor tão grande quanto um bilhão não era prioridade. Por outro lado, ajudava um bocado na hora de conseguir o pão de cada dia entender as fases da Lua, que deram origem à divisão do ano em meses, e as estações, que estão nas bases de práticas tão essenciais à civilização quanto a agricultura.
2. Também é quase impossível entender o verdadeiro tamanho de coisas muito grandes e muito pequenas
Se o Sol fosse uma grande caixa redonda, poderíamos depositar um milhão de planetas Terra lá dentro — e sobraria espaço. “Já é difícil simplesmente entender quanto é um milhão, e aí eu venho e falo que dentro do Sol cabem um milhão dessas!”, brinca Neil no vídeo.
E ele parte, então para um exemplo mais extremo. No interior de um único copo d’água há tantas moléculas de H20 que seria possível colocar uma em cada copo de água que todas as outras 8 bilhões de pessoas da Terra vão consumir hoje. Multiplique isso pela rotatividade do líquido e você descobrirá que algumas das partículas da água que você bebe hoje já passaram pelos rins de Gengis Khan ou de Jesus. 
Para um incrível e didática série de ensaios sobre números ridículos de tão grandes, a GALILEU sugere a leitura da obra Bilhões e bilhões, de Carl Sagan (Cia. das Letras).  Revista Galileu

Cientistas afirmam que universo pode se "rasgar" até não sobrar nada

fim do mundo não passa de uma preocupação mundana quando nos deparamos com o fim do próprio universo. Afinal, a Terra pode até ser engolida pelo Sol, esquentar até virar Vênus ou ser atingida por um meteoro, mas há sempre a possibilidade de pegaruma carona com Yuri Milner para Proxima B. Por outro lado, se tudo que existe for para o espaço, não haverá nem mais espaço para tudo que existe ir.
Ainda bem que a data fatídica está distante. Vários físicos concordam que o universo “esfriará” até morrerdaqui 2,8 bilhões de anos, sem nenhuma atividade. Tire da cabeça uma espécie de Alasca infinito. O que acontece é que toda a energia que está disponível irá, em algum momento, se distribuir igualmente por toda a extensão de tudo que existe. Quando isso acontecer, todos os fenômenos físicos cessarão. Triste? Pacato? Que venha a teoria rock’n’roll.
Outra possibilidade para o fim tem a ver com uma célebre anônima, a energia escura. 70% da energia disponível no universo é escura, e essa força misteriosa está acelerando, de pouco a pouco, a expansão do universo. Ele, claro, é um chicletão, mas os cientistas acreditam que há um limite no quanto se pode esticá-lo sem que ele arrebente. Se, em vez de promover uma expansão pacífica, a energia escura der um tranco muito forte, o “tecido” rasga e o fim será digno de um filme de Michael Bay.
Essa possibilidade é conhecida como “Big Rip”, em português, o “Grande Rasgo”. Ela não é uma favorita do ponto de vista estatístico, mas não pode ser excluída, afinal, ninguém sabe o que realmente quer essa energia em clima de Darth Vader.
Um novo estudo, ainda em estágio de pré-publicação e disponível para leitura no arXiv.org, dá uma olhada de perto nos finais possíveis — e propõe outros rasgos além do grande: "o irmãozinho do grande rasgo" e "o pequeno rasgo".
Essa nomenclatura não é uma brincadeira da GALILEU: eles realmente ganharam esses apelidos dos cientistas por serem versões mais tranquilas do rasgo previsto originalmente, e parecem finais mais prováveis considerando a atual distribuição da energia no espaço. A diferença em relação à teoria original é que as versões menores aconteceriam de forma mais gradual. Mas o fim catastrófico seria o mesmo. 
Para entender a conclusão, é importante levar em consideração dois fatos. O primeiro é que, para acelerar o universo a ponto de rasgá-lo, a energia escura precisa se tornar mais densa conforme tudo se expande. E isso desafia a física, já que nada se torna mais denso quando o volume disponível aumenta. Como o comportamento da energia escura é uma incógnita, não dá para saber se ela possui ou não essa propriedade bizarra. 
O segundo, que é o que permitiu as osbervações, é que tanto a energia quanto a matéria escura não estão distribuídas igualmente no universo, mas parecem formar concentrações. Nas áreas próximas dessas concentrações, a gravidade é diferente e, portanto, a passagem do tempo também é distorcida. 
Para observar essas variações na concentração e tirarem suas conclusões, os pesquisadores usaram uma sonda da NASA chamada Wilkinson Microwave Anisotropy Probe e o satélite Planck de alta resolução.
A descoberta ainda não foi revisada formalmente por outros físicos, mas já há céticos debatendo o resultado, entre eles o próprio autor da teoria do "Big Rip" original, Rober Caldwell. "Neste momento ainda não dá para distinguir esses dois casos", afirmou à New Scientist. "Eu acho que qualquer conclusão que dê preferência a um modelo sobre o outro ainda não se justifica."
Grande ou pequeno, o rasgo demoraria 100 bilhões de anos para acontecer na estimativa mais otismista. Ou seja: não há motivo para preocupação. 

Revista Galileu

Pesquisadores registram primeira imagem de rede de matéria escura

uando olhamos para o céu é difícil imaginar o que mantém todas as estrelas, planetas e galáxias ligados. Estudos recentes sugerem que o que une tudo isso é, na realidade, uma porção de filamentos de matéria escura.
Agora, astrônomos da Universidade de Waterloo, no Canadá, conseguiram desenvolver uma técnica capaz de ver o invisível. Usando as dobras espaciais promovidas pelo misterioso material, os cienstitas fizeram a primeira imagem de uma rede de matéria escura que compõe o Universo. 
Mas o que é a matéria escura? Na verdade, ninguém sabe direito. Os cientistas supõem que ela corresponda a 27% do nosso Universo. Pode-se inferir que ela existe por observação indireta: pelos efeitos que causa (principalmente a gravidade), assim como a energia escura — outro mistério.
A energia escura, por sua vez, compõe 68% do Universo e é a responsável por impulsioná-lo cada vez mais rápido. Os 5% restantes são o que conhecemos e o que conseguimos ver — é isso mesmo, tudo o que a humanidade sabe sobre o cosmos está espremido em uma porcentagem bem pequena. 
Além disso, acredita-se que a matéria normal e a escura fiquem juntas: é como se a segunda rodeasse a primeira. Entretanto, é importante lembrar que a matéria escura não fica assentada em pontos, mas em cordas, formando uma espécie de teia, segundo os cientistas. As galáxias tendem a se estabelecer nesses fios formando aglomerados interconectados de espaço e tempo.
“Por décadas pesquisadores têm previsto a existência desses filamentos entre as galáxias”, afirma o pesquisador Mike Hudson. “Essa imagem nos leva além das previsões para algo que podemos ver e medir”, completa.
Conforme a luz das estrelas passa por uma massa, como uma galáxia, a luz flutua com as curvas e ondulações causadas pelos efeitos de deformação da gravidade. Combinando imagens de 23 mil pares de galáxias a cerca de 4,5 bilhões de anos-luz de distância, os astrônomos foram capazes de usar pequenas variações para construir um mapa relativamente detalhado das pontes de matéria escura invisível que as ligava.
“Usando esta técnica, nós não apenas somos capazes de ver que estes filamentos de matéria escura existem, mas também podemos notar até que ponto esses fios conectam galáxias”, afirmou o co-autor do estudo Seth Epps.
Utilizar essas informações para estudar imagens já existentes pode nos revelar mais informações sobre a matéria escura e nos falar mais sobre o Universo.
(Com informações do Phys)
*Supervisão de Nathan Fernandes. Revista Galileu

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Violentas enchentessepararam Reino Unido do continente europeu


Veja.


Enormes cachoeiras e uma enchente violenta foram as responsáveis pela separação da Grã-Bretanha do restante do continente europeu, indica um estudo publicado nesta terça-feira na revista Nature. As ilhas britânicas foram formadas há 120 mil anos, quando ocorreu a cisão que afastou o território da fronteira com a França, dando origem ao Canal da Mancha, que distancia a Grã-Bretanha da Europa.
Há 100 anos, cientistas teorizam que a separação pode ser o resultado do derramamento de um lago proglacial – tipo de lago formado debaixo de uma camada de gelo – no Mar do Norte, embora isso nunca tivesse sido comprovado até então. Agora, os pesquisadores da Imperial College London, na Inglaterra, não só fornecem evidências para sustentar essa teoria como também mostram que a abertura do Canal da Mancha ocorreu em dois episódios, nos quais um derramamento inicial de lago foi seguido por enchentes catastróficas.

Cachoeiras e enchentes

Dez anos atrás, a equipe de pesquisadores já havia encontrado evidências geofísicas de vales gigantes no solo marítimo da parte central do Canal. Eles acreditavam que essas redes de vales indicavam a existência de uma grande inundação no passado, a qual eles especularam que poderia ter sido provocada por uma ruptura catastrófica no cume de uma rocha que unia a Grã-Bretanha à França. No novo estudo, os cientistas reúnem dados de pesquisas anteriores e combinam com novas imagens do solo marítimo da região para compreender como exatamente esse rompimento ocorreu.
Segundo os pesquisadores, para entender o início desse processo, é preciso voltar 450.000 anos no tempo, quando a região que delimitava o território entre a França e a Grã-Bretanha era tão fria e congelada que se parecia mais com a tundra da Sibéria do que com o ambiente cheio de vegetação de hoje. Segundo a análise dos pesquisadores, o cume que separava os dois países agiu como uma enorme barragem, por trás da qual se encontrava o lago proglacial. Quando o lago transbordou, enormes cachoeiras se formaram, fazendo com que a água despencasse de uma altura de 100 metros, atingindo com força as rochas que estavam embaixo.
A erosão provocada por esse processo deu origem aos gigantescos buracos encontrados no fundo do mar pela equipe de cientistas, que possuem quilômetros de diâmetro e mais de 100 metros de profundidade. Ao menos sete desses buracos foram encontrados, indicando que a cachoeira teria sido formada em uma única rocha com 32 quilômetros de extensão.
“Nós ainda não sabemos com certeza por que o lago proglacial transbordou. Talvez parte da camada de gelo tenha quebrado, entrando em colapso no lago, causando uma onda que esculpiu um caminho para a água cair na forma de uma cascata para fora do cume”, afirma em comunicado Jenny Collier, co-autora do estudo e pesquisadora na Imperial College London. Ela diz que terremotos, comuns na região até hoje, podem ter ajudado a enfraquecer ainda mais a barreira. “Isto pode ter causado o colapso do cume, liberando a grande enchente da qual temos encontrado evidência em nossos estudos.”
Os cientistas também sugerem que um segundo evento, milhares de anos depois, abriu completamente o Estreito de Dover que compõe o Canal da Mancha. Segundo eles, um novo sistema de vales, chamado de canal de Lobourg, foi formado pelas grandes enchentes. Esse sistema estava conectado à grande rede de vales no centro do Canal da Mancha. Com a inundação de vários outros lagos menores, uma nova enchente erosiva surgiu, ilhando de vez a Grã-Bretanha.
“A ruptura desta ponte terrestre entre Dover e Calais (cidade francesa) foi inegavelmente um dos eventos mais importantes da história britânica, ajudando a moldar a identidade da nossa nação insular até hoje”, afirma o pesquisador britânico Sanjeev Gupta, também da Imperial College London. “Quando a idade do gelo terminou e os níveis do mar se levantaram, inundando o assoalho do vale, a Grã-Bretanha perdeu sua conexão física com o continente. Sem essa dramática ruptura, a Grã-Bretanha ainda seria parte da Europa. É como se fosse o Brexit 1.0 – para o qual ninguém votou.”
Ilustração de como seria a conexão entre a Grã-Bretanha (vista ao fundo da imagem) e a Europa antes da formação do Estreito de Dover. As grandes cachoeiras representam o começo da separação física entre a Inglaterra e o continente (Imperial College London/Chase Stone/Reprodução)


Ilustração de como seria a conexão entre a Grã-Bretanha (vista ao fundo da imagem) e a Europa antes da formação do Estreito de Dover. As grandes cachoeiras representam o começo da separação física entre a Inglaterra e o continente.