Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Cientistas afirmam que universo pode se "rasgar" até não sobrar nada

fim do mundo não passa de uma preocupação mundana quando nos deparamos com o fim do próprio universo. Afinal, a Terra pode até ser engolida pelo Sol, esquentar até virar Vênus ou ser atingida por um meteoro, mas há sempre a possibilidade de pegaruma carona com Yuri Milner para Proxima B. Por outro lado, se tudo que existe for para o espaço, não haverá nem mais espaço para tudo que existe ir.
Ainda bem que a data fatídica está distante. Vários físicos concordam que o universo “esfriará” até morrerdaqui 2,8 bilhões de anos, sem nenhuma atividade. Tire da cabeça uma espécie de Alasca infinito. O que acontece é que toda a energia que está disponível irá, em algum momento, se distribuir igualmente por toda a extensão de tudo que existe. Quando isso acontecer, todos os fenômenos físicos cessarão. Triste? Pacato? Que venha a teoria rock’n’roll.
Outra possibilidade para o fim tem a ver com uma célebre anônima, a energia escura. 70% da energia disponível no universo é escura, e essa força misteriosa está acelerando, de pouco a pouco, a expansão do universo. Ele, claro, é um chicletão, mas os cientistas acreditam que há um limite no quanto se pode esticá-lo sem que ele arrebente. Se, em vez de promover uma expansão pacífica, a energia escura der um tranco muito forte, o “tecido” rasga e o fim será digno de um filme de Michael Bay.
Essa possibilidade é conhecida como “Big Rip”, em português, o “Grande Rasgo”. Ela não é uma favorita do ponto de vista estatístico, mas não pode ser excluída, afinal, ninguém sabe o que realmente quer essa energia em clima de Darth Vader.
Um novo estudo, ainda em estágio de pré-publicação e disponível para leitura no arXiv.org, dá uma olhada de perto nos finais possíveis — e propõe outros rasgos além do grande: "o irmãozinho do grande rasgo" e "o pequeno rasgo".
Essa nomenclatura não é uma brincadeira da GALILEU: eles realmente ganharam esses apelidos dos cientistas por serem versões mais tranquilas do rasgo previsto originalmente, e parecem finais mais prováveis considerando a atual distribuição da energia no espaço. A diferença em relação à teoria original é que as versões menores aconteceriam de forma mais gradual. Mas o fim catastrófico seria o mesmo. 
Para entender a conclusão, é importante levar em consideração dois fatos. O primeiro é que, para acelerar o universo a ponto de rasgá-lo, a energia escura precisa se tornar mais densa conforme tudo se expande. E isso desafia a física, já que nada se torna mais denso quando o volume disponível aumenta. Como o comportamento da energia escura é uma incógnita, não dá para saber se ela possui ou não essa propriedade bizarra. 
O segundo, que é o que permitiu as osbervações, é que tanto a energia quanto a matéria escura não estão distribuídas igualmente no universo, mas parecem formar concentrações. Nas áreas próximas dessas concentrações, a gravidade é diferente e, portanto, a passagem do tempo também é distorcida. 
Para observar essas variações na concentração e tirarem suas conclusões, os pesquisadores usaram uma sonda da NASA chamada Wilkinson Microwave Anisotropy Probe e o satélite Planck de alta resolução.
A descoberta ainda não foi revisada formalmente por outros físicos, mas já há céticos debatendo o resultado, entre eles o próprio autor da teoria do "Big Rip" original, Rober Caldwell. "Neste momento ainda não dá para distinguir esses dois casos", afirmou à New Scientist. "Eu acho que qualquer conclusão que dê preferência a um modelo sobre o outro ainda não se justifica."
Grande ou pequeno, o rasgo demoraria 100 bilhões de anos para acontecer na estimativa mais otismista. Ou seja: não há motivo para preocupação. 

Revista Galileu

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