Cometa Siding Spring-C2013-A1 se aproxima de Marte
A NASA liberou nessa quinta-feira (27/03) uma imagem do cometa Siding Spring-C2013 A1, que, em 19 de outubro, vai passar cerca de 84.000 milhas próximo da superfície de Marte – menos da metade da distância entre a Terra e a nossa lua.
Descoberto em janeiro de 2013 por Robert H. McNaught no Observatório Siding Spring, o cometa está caindo em direção ao sol ao longo de uma órbita de aproximadamente mil anos e esta agora dentro do raio da órbita de Júpiter.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Cometa Siding Spring-C2013-A1 se aproxima de Marte
A imagem à esquerda, capturada em 11 de março pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, mostra o cometa Siding Spring-C/2013 A1, a uma distância de 353 milhões de quilômetros da Terra. O Hubble não pode ver o núcleo gelado do Siding Spring por causa de seu tamanho diminuto. O núcleo esta rodeado por uma nuvem de poeira brilhante, ou o coma, com medida de cerca de 12.000 quilômetros de diâmetro.
A imagem da direita mostra o cometa após a aplicação de técnicas de processamento de imagem para remover o brilho nebuloso do coma revelando o que parecem ser dois jatos de poeira saindo do local do núcleo em direções opostas. Esta observação deve permitir que os astrônomos possam medir a direção do pólo do núcleo, e o seu eixo de rotação.
Hubble observou também o cometa Siding Spring em 21 de janeiro, quando a Terra estava atravessando seu plano orbital, que é o caminho do cometa em sua orbita ao redor do sol. Este posicionamento do cometa e da Terra permitiu que os astrônomos pudessem determinar a velocidade do rastro de poeira saindo do núcleo do cometa.
“Esta é uma informação crítica de que precisamos para determinar se, e em que grau, grãos de poeira do coma do cometa terão impacto em Marte e nos veículos espaciais (da NASA) na vizinhança de Marte”, disse Jian-Yang Li, do Instituto de Ciência Planetária em Tucson, Arizona, EUA.
Na verdade, fragmentos maiores como meteoros ejetados do cometa poderiam bater nas várias sondas marcianas da NASA e danificá-las, mesmo enquanto as sondas tentam estudar o cometa. O nível de risco não será conhecido durante os próximos meses, mas a NASA já está avaliando possíveis medidas cautelares. Os dados do Hubble e outros observatórios nos próximos meses irão esclarecer os perigos. Fique atento para uma cobertura completa daqui até outubro.
Descoberto em janeiro de 2013 por Robert H. McNaught no Observatório Siding Spring, o cometa está caindo em direção ao sol ao longo de uma órbita de aproximadamente mil anos e esta agora dentro do raio da órbita de Júpiter. O cometa fará sua maior aproximação ao nosso sol em 25 de outubro, a uma distância de 130 milhões de quilômetros – bem fora da órbita da Terra. Não se espera que o cometa vá se tornar brilhante o suficiente para ser visto a olho nu (n.t. A não ser que em sua máxima aproximação de Marte, em 19 de outubro, ele seja DESVIADO de sua rota original, o que mudaria a sua trajetória completamente).
O Telescópio Espacial Hubble é um projeto de cooperação internacional entre a NASA e a Agência Espacial Europeia. Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Md., administra o telescópio. O Instituto de Ciência do Telescópio Espacial (STScI), em Baltimore conduz as operações científicas do Hubble. STScI é operado para a NASA pela Associação de Universidades para Pesquisa em Astronomia, Inc., em Washington.
Para imagens e mais informações sobre o Hubble, visite: http://www.nasa.gov/hubble
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