Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

sábado, 11 de outubro de 2014

Área dos EUA emite três vezes mais metano do que se pensava


Região fica entre os estados do Arizona, Colorado, Novo México e Utah.
Gases vêm da exploração de petróleo e gás natural, além da mineração.

Da France Presse
Uma região do sudoeste dos Estados Unidos está emitindo para a atmosfera grandes quantidades de metano, um poderoso gás causador de efeito estufa, mais nocivo do que o dióxido de carbono (CO2), em uma velocidade muito maior do que se esperava, informou nesta semana a agência espacial americana, a Nasa.
Na imagem divulgada pela Nasa, é possível ver um ponto vermelho na região central dos Estados Unidos. Local é o que mais emite gases poluentes, de acordo com estudo (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Michigan)Na imagem divulgada pela Nasa, é possível ver um ponto vermelho na região central dos Estados Unidos. Local é o que mais emite gases poluentes, de acordo com estudo (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Michigan)
Dados de satélite indicam que uma quantidade mais de três vezes superior de metano à estimada anteriormente tem sido liberada perto da interseção das Quatro Esquinas ('Four Corners' em inglês), entre os estados de Arizona, Colorado, Novo México e Utah.
O estudo, parceria entre a Nasa e a Universidade de Michigan, se concentrou no período de 2003 a 2009, antes de a técnica da fratura hidráulica (ou "fracking") começar a ser usada na área para exploração de gás de xisto, de forma a descartar sua influência no fenômeno.
Em vez disso, a persistência das emissões "indica que a fonte provavelmente se origina de gás e carvão estabilizados, e do metano derivado da mineração e do processamento dos leitos de carvão", destacou o estudo, publicado na "Geophysical Research Letters", revista da União Geofísica Americana.
Arizona, Colorado, Novo México e Utah
A área cobre 6.500 quilômetros quadrados e emitiu, anualmente, cerca de 0,59 milhão de tonelada métrica de metano na atmosfera. "Isso é quase 3,5 vezes mais que a estimativa para a mesma área, feita pelo amplamente adotado Banco de Dados de Emissões para a Pesquisa Atmosférica Global, elaborado pela União Europeia", destacou o estudo.
Os cientistas usaram observações de um instrumento denominado Espectrômetro de Absorção de Imagens Digitalizadas para Cartografia Atmosférica (SCIAMACHY, na sigla em inglês), que orbita a Terra a bordo de um satélite da Agência Espacial Europeia.
Uma estação em terra, operada pelo Laboratório Nacional do Departamento de Energia de Los Álamos, deu uma validação independente sobre a medição. O metano prende o calor na atmosfera e contribui para o aquecimento global. O gás não tem cor, nem cheiro, o que dificulta sua detecção se, o uso de avançadas ferramentas científicas.
Cientistas que estudam os dados coletados pelo SCIAMACHY tinham notado o problema há alguns anos, explicou o cientista Christian Frankenberg, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da Nasa, em Pasadena, Califórnia. "Nós não nos concentramos nisso porque não estávamos certos se era um sinal real ou um erro de instrumentos", disse Frankenberg.
O principal autor do estudo, Eric Kort, da Universidade de Michigan em Ann Arbor, disse que é preciso fazer mais para conter as emissões de metano a partir de operações estabelecidas de petróleo e gás. "Os resultados são indicativos de que as emissões de técnicas de exploração de combustíveis fósseis são maiores do que o inventariado", disse Kort. "Tem sido dada muita atenção à fratura hidráulica, mas nós precisamos considerar a indústria como um todo", prosseguiu.

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