Papa Francisco ordena 1ª prisão dentro do Vaticano de clérigo acusado de pedofilia
É a primeira vez que um prelado do alto escalão da Igreja Católica é preso dentro do Vaticano.
O clérigo polonês Jozef Wesolowski, de 66 anos, foi representante diplomático da Igreja Católica (núncio) na República Dominicana de 2008 a 2013.
Em junho deste ano, Wesolowski foi destituído do cargo de arcebispo por um tribunal do Vaticano pelas acusações de pedofilia.
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Vaticano: Inédito e histórico, o Papa Francisco ordena a primeira prisão dentro da igreja, um prelado do alto escalão da Igreja Católica acusado por PEDOFILIA:
Dia 23 setembro 2014 – BBC
Fonte: http://www.bbc.co.uk/
O papa Francisco ordenou pessoalmente nesta terça-feira a detenção de um ex-arcebispo e ex-embaixador da Santa Sé acusado de pedofilia, no primeiro caso de prisão no Vaticano de alguém suspeito de cometer esse crime.
O polonês Jozef Wesolowski, de 66 anos, foi representante diplomático da Igreja Católica (núncio) na República Dominicana de 2008 a 2013. Ele havia sido chamado de volta ao Vaticano no ano passado, após terem surgido acusações na mídia do país caribenho de que ele teria cometido abuso sexual de crianças.
Em junho deste ano, Wesolowski foi destituído do cargo de arcebispo por um tribunal do Vaticano. Desde então, ele vivia dentro de um convento na cidade-estado. Segundo um porta-voz da Santa Sé, Wesolowski está sendo mantido em prisão domiciliar no mesmo local devido à fragilidade de sua saúde.
Um Fato inédito na história da igreja de Roma
É a primeira vez que um prelado do alto escalão da Igreja Católica é preso dentro do Vaticano. Em Roma, ele aguardava o julgamento de sua solicitação de imunidade diplomática por parte da Justiça dominicana e da Polônia, onde nasceu.
O arcebispo deve ir a julgamento no fim deste ano também em um tribunal do próprio Vaticano.
De acordo com o porta-voz papal, o padre italiano Federico Lombardi, o papa Francisco ordenou pessoalmente a prisão do prelado para que as acusações graves possam ser examinadas sem atraso.
Desde que foi escolhido para chefiar a Santa Sé, no ano passado, o pontífice argentino vem tentando estabelecer como uma das marcas de sua administração o combate às denúncias de pedofilia dentro da Igreja Católica.
Papa ”acredita que um em cada 50 clérigos católicos é pedófilo”, diz jornal
Um jornal italiano disse em 13 de julho que, em uma entrevista, o papa Francisco admitiu que cerca de 2% dos clérigos católicos, ou um em cada 50, seriam pedófilos.
Segundo o jornal La Reppublica, o pontífice disse que o abuso sexual de crianças era como uma “lepra” que infecta toda a igreja romana e pediu que o problema “seja confrontado com toda a severidade que demanda”.
“Há padres, bispos e cardeais entre esses 2% de pedófilos. Outros, em um número ainda maior, sabem (dos abusos), mas ficam em silêncio. Eles punem (os pedófilos), mas não explicam a razão”, teria dito o papa. “Para mim, essa situação é intolerável“.
Entrevista polêmica sobre pedofilia no Vaticano
No entanto, após a publicação do texto, o porta-voz do papa, Federico Lombardi, disse que a entrevista publicada pelo jornal não correspondia às palavras exatas do papa e que aquilo não era uma entrevista propriamente dita.
O porta-voz afirmou ainda que o jornalista não usou um gravador e que as frases do papa foram baseadas apenas na memória dele, e não na transcrição de uma gravação. O analista da BBC para assuntos do Vaticano em Roma David Willey disse que é recorrente haver uma ambiguidade planejada nas declarações feitas pelo papa em ocasiões em que não há um discurso pronto.
Willey também questionou o argumento do porta-voz do papa de que não foi uma entrevista: “Desde quando uma entrevista papal não é uma entrevista?”
Até o momento, o Vaticano vem se recusando a quantificar a extensão dos escândalos de abuso sexual na Igreja Católica. Há estatísticas disponíveis apenas para países desenvolvidos. Em nações em desenvolvimento, há apenas números soltos.
N.T. Em breve o papa Francisco será “removido” do seu posto por querer limpar a igreja de Roma, saiba mais aqui.
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