O ”Fim do Mundo” É um Apocalipse “Made in EUA” – A Profecia Maya pós 2012:
Estamos no centro de um apocalipse que esta se desenrolando, mas é um apocalipse num cenário de uma natureza complexa.
Essa complexidade apresenta aspectos políticos assim como também sócio-econômicos. O nosso apocalipse não é o da profecia Maya, o nosso é um apocalípse “Made in USA”. A profecia Maya para além de 2012 foi distorcida e erroneamente interpretada. O fim do calendário Maya em 21 de dezembro de 2012 não tinha nada a ver com o “Fim do nosso Mundo”, propriamente dito …
Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Fonte: http://www.globalresearch.ca
As Guerras Globais e as Crises Econômicas São Feitas pelo PRÓPRIO Homem
By Prof Michel Chossudovsky – Global Research
{Michel Chossudovsky é um autor premiado, Professor de Economia (emérito) da Universidade de Ottawa-Canadá, Fundador e Diretor do Centro de Investigação sobre a Globalização (CRG), em Montreal e editor do site globalresearch.ca. Ele é o autor de A Globalização da Pobreza e Nova Ordem Mundial (2003) e “Guerra ao Terrorismo” da América (2005). Seu livro mais recente é intitulado Rumo a um cenário de III Guerra Mundial: os perigos da guerra nuclear (2011). Ele também é um contribuinte para a Encyclopaedia Britannica. Seus escritos foram publicados em mais de vinte línguas.}
Num vívido contraste com as profecias Mayas de “renovação” – o mundo real em que vivemos está caracterizado pela imensa crise econômica que está empobrecendo milhões de pessoas.
… Na verdade o calendário Maya não termina definitivamente em 21 de dezembro de 2012 (n.t. nessa data terminou apenas o ciclo do 13º Baktun iniciado em agosto de 3.113 a.C. e finalizado em 21 de dezembro de 2012).
Na realidade o tão falado Calendário Maya marcava não um término total, mas sim um começo. O começo de um novo “Longo Ciclo”, no modo de ver dos Mayas [1]. O conceito de “Fim do Mundo”, como apresentado atualmente, é uma interpretação errada do pensamento Maya. O conceito Maya referia-se somente a uma renovação cíclica, ao início de uma nova era.
Entretanto contos, histórias e comentários a respeito de um fim do mundo encheram as páginas dos jornais sensacionalistas. Apesar da mídia ocidental refutar a profecia Maya, a narrativa quando repetida ao infinito serve como uma distração que leva a atenção para longe dos verdadeiros tópicos a serem discutidos. Isso assegura também uma total distorção da realidade.
Uma sondagem de opinião da agência Reuters-Ispos que foi conduzida em maio mostrava que 10% da população mundial acreditava que “O calendário Maya, que alguns entendem como terminando em 2012, marcava o “Fim do Mundo”, como tal.
Ironicamente e em vivo contraste com as profecias Mayas de “renovação” o mundo real em que vivemos no começo desse século 21, está marcado por uma formidável crise social e econômica que empobrece milhões, literalmente destruindo as vidas das pessoas.
Num sentido figurativo então, estamos no centro do desenrolar de um “cenário apocalíptico” mas esse apocalipse é de uma natureza político-social-econômica: apocalipse esse que é obra humana, um apocalipse “Made in the USA”.
Quanto aos Estados Unidos, o que então influencia os acontecimentos no mundo inteiro, esse apocalipse é uma consequência da quebra do sistema judicial, da consecutiva criação de um grande aparato policial da Segurança Nacional, da fraudulenta desregulamentação dos mercados financeiros, e da péssima administração da economia real.
Essas mudanças fundamentais no carácter institucional e social dos Estados Unidosestão ligadas a uma agenda militar globalizada muito abrangente, assim também como a uma política externa extremamente egocêntrica. A política externa dos Estados Unidos, especialmente abaixo da “direção” de Hillary Clinton, aponta claramente para uma total derrocada dos canais da diplomacia americana vis-a-vis a comunidade internacional.
As crises econômicas e as guerras estão intimamente entrelaçadas. Enquanto a economia global está em estado caótico, marcada pelo colapso dos seus sistemas produtivos, os Estados Unidos e seus aliados – especialmente a OTAN e Israel – vivem uma aventura militar, a chamada “longa guerra”. Essa longa guerra esta situada sob a cobertura do disfarce da “Guerra ao Terrorismo”.
Na realidade o projeto global do Pentágono é de conquista mundial TOTAL.
A colocação em ação das forças militares EUA-OTAN ocorre simultaneamente em diversas regiões do mundo. Os exercícios de guerra do Pentágono, de forma rotineira tem o seu foco central na simulação de uma terceira guerra mundial. Muito é feito então num cenário de representação de uma terceira guerra mundial, na sigla inglesa WWIII. Essa agenda militar está -em verdade- ameaçando o próprio futuro da humanidade.
A DESINFORMAÇÃO
Enquanto a atenção pública mundial estava voltada para o “Apocalipse Maya” a real crise que está afetando a humanidade, não é debatida. A longa guerra do Pentágono em combinação com um cenário sombrio de empobrecimento global e de derrocada econômica, não faz manchete e nem vende jornal.
A mídia (n.t. controlada pelas mesmas forças – das trevas – que também controlam o governo dos EUA-OTAN-ISRAEL) desempenha uma função central para dar legitimidade a uma agenda militar destrutiva e de domínio global. A colocação dos arsenais bélicos e militares dos EUA-OTAN por todos os lados do mundo hoje é feita de maneira rotineira apresentada como se essas armas, dispositivos e depois mesmo até as guerras, fossem instrumentos para a paz.
Mesmo a nova geração de armas nucleares tácticas dos Estados Unidos são apresentadas como sem perigo, ou inócuas para a população civil circundante. Uma guerra nuclear iniciada em sentido preventivo, o que na realidade constituiria um cenário apocalíptico de fato, é apresentado como uma “ação humanitária”.
As campanhas midiáticas ocupam um papel central no entendimento da guerra como legítima e na sua aceitação. Aqui prevalece uma dualidade, entre o bem e o maligno-perverso. Os perpetradores das guerras são apresentados como vítimas. Por exemplo, de acordo com a mídia ocidental, a “Área Atlântica” EUA-OTAN teria sido atacada por uma “força estrangeira”, no caso o Afeganistão, em 11 de Setembro de 2001 – uma afirmação absurda.
A doutrina de segurança coletiva da OTAN baseada no conceito da auto- defesa foi invocada pelo Conselho Atlântico na manhã de 12 de setembro de 2001. Essa tendo sido então a justificativa para bombardear, e invadir o Afeganistão. Como já dito, uma afirmação absurda.
A mídia permaneceu muda, sem apresentar análises ou debates. Isso fez com que a opinião pública fosse induzida a tirar conclusões incorretas.
Ressalta-se que destruir a grande mentira que apresenta guerras como ação humanitária significa destruir o aparato propagandístico, aparato esse que sustenta o projeto criminal de destruição e dominação global da qual estamos sendo testemunhas, em maior ou (muito) menor grau, conscientes.
A propaganda a favor de guerras de uma ou de outra maneira, não só sustenta uma agenda militar que dá lucro, proveito, benefício ou ganho para uma minoria, como também cria na consciência de milhões de seres humanos uma aceitação da guerra como parte de um “projeto social”.
Essa propaganda a favor de guerras de maneira geral exclui da mente das pessoas valores humanos fundamentais. Valores esses como por exemplo de paz, compaixão, amizade e justiça social, transformando seres humanos em zumbis, ou seja, em mortos-vivos.
Grande parte da mídia empresarial está envolvida em atos de camuflagem, como por exemplo através de apresentar o impacto devastador de uma guerra nuclear como um fato trivial ou então através de se calar totalmente a respeito (n.t. quando não faz pior, manipulando claramente com fatos, como o FALSO ataque às duas torres gêmeas do World Trade Center, em um falso atentado perpetrado pelo governo Bush para justificar uma “Guerra ao Terrorismo” e invadir países ricos em petróleo, 0 Iraque e Afeganistão).
É imperativo comprender a gravidade da presente situação para dessa maneira poder agir determinadamente para reverter o curso dos “acontecimentos” que vai levando continuamente a novas guerras.
FORTE REMÉDIO ECONÔMICO
A criação da condição de se criar e conduzir guerras globalmente é acompanhado por um processo macroeconômico, ou seja um processo econômico nacional e/ou internacional, de reestruturação econômica abrangendo o mundo inteiro.
Nesse contexto tem-se que através de muitas diferentes circunstâncias um único remédio econômico é imposto ao mundo. As pessoas aqui são induzidas a acreditar que medidas sombrias de austeridade econômica seriam a única solução para a crise atual quando na realidade ela é a causa do aprofundamento do colapso econômico.
Durante os anos de 1980-1990 o programa do denominado “Ajustamento Estrutural”, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial foi imposto ao Terceiro Mundo, a Europa do Leste, aos países dos Balcãs, e aos países do ex-bloco soviético.
Em todos esses países os níveis de vida normais, regulares e padronizados, caíram de forma aguda, enquanto os programas sociais foram muito enfraquecidos, ou privatizados. Nos Estados Unidos e na União Europeia, a crise social tem sido marcada pelo enfraquecimento ou até mesmo pela desintegração do sistema de saúde, do sistema de segurança social, e do sistema da educação pública.
A economia civil esta em crise. Os benefícios ou rendimentos dos impostos são relocados para construir uma enorme economia e máquina de guerra e isso a custo dos serviços sociais. Um colapso fiscal é a consequência inevitável disso tudo. Pelos Estados Unidos muitos milhões de pessoas já perderam suas casas, enquanto as pequenas e as médias empresas estão sendo levadas a falência, e o que resta dos serviços sociais e de saúde está sendo arrasado.
Os únicos setores da economia dos Estados Unidos que estão florescendo são os setores de artigos de luxo, criados para uma muito pequena porcentagem da população do país, e a indústria de armas bélicas, indústria essa principalmente composta dos conglomerados de defesa que incluem, em lugar de destaque, a Lockheed Martin, a Raytheon, a Northrop Grumman, a British Aerospace, a Boeing e depois também, outras companhias.
O DINHEIRO DOS IMPOSTOS:- USADOS PARA GUERRA E MORTE
A economia de guerra floresce. Aviões caças à jato para ataque, ou caças de guerra, tipo F35 estão a venda por meio-bilhão de dólares cada um. Nisso não estará ainda incluído outros $300 milhões para manutenção desses jatos de guerra.
O Canadá e a Noruega estão adquirindo um grande número desses aviões a custo dos seus programas sociais. Esses jatos são construídos com o máximo da sofistificação tecnológica atual e isso como dito, ao custo individual mencionado acima. O preço total do programa sendo estimado para os militares americanos ao incrível preço, pasmem, de US$ 1.510 trilhões, sendo isso então para o chamado ciclo de vida do programa. Nominalmente cerca de US$ 618 milhões por avião. [2]
GUERRAS E GLOBALIZAÇÃO
Guerra e globalização -incluindo a imposição de uma austeridade muitas vezes letal- estão intimamente relacionadas. Guerra é negócio. Ela traz bilhões de dólares para dentro do que Dwight Eisenhower denominou de o “Complexo Industrial-Militar”
As manchetes cheias de fantasia a respeito de um Apocalípse Maya a se aproximar encobrem a cruel realidade das guerras reais sendo conduzidas pela dupla EUA-OTAN. -Vários novos sistemas de armas foram introduzidos depois da era da guerra fria. A ênfase então sendo colocada nos sistemas não convencionais de guerra, ou seja:
- -Guerra automatizada, mata-se por controle remoto (os drones aéreos) atras da tela de um computador à distância;
- -Técnicas de modificação do ambiente, incluindo a modificação climática como uma arma de guerra.
A nova geração de armas nucleares americanas, para já nem se mencionar o uso de munições de urânio empobrecido, munição essa que causa câncer. Ao cenário de fundo tem-se então uma cultura hollywoodiana de violência, onde guerras, brutalidade policial, tortura, e assassinatos são vistos como o normal.
No contexto apresentado o desastre nuclear de Fukushima é para ser visto como uma guerra nuclear, sem guerra, cujas conequências conduziram a uma radiação e a uma contaminação massiva, das quais as consequências finais ainda não foram avaliadas.
QUAIS OS MAIORES ATORES POR DETRÁS DAS GUERRAS AMERICANAS?
Observe-se que o complexo industrial-militar inclui também os mercenários e os provedores de segurança particulares contratados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Mas, para responder a pergunta apresentada acima especifica-se que:
- A classe dirigente, ou seja o estabelecimento desde Wall Street incluindo os especuladores institucionais e os denominados, em inglês, “hedge funds”.
- Os conglomerados biotécnicos, o agribusiness e a grande indústria Farmacêutica, que produzem sementes geneticamente modificadas, e armamentos químicos e biológicos, respectivamente. Esse setor coincide, ou sobrepõe-se, ao complexo industrial-militar.
- Os conglomerados de petróleo anglo-americanos, e as companhias de energia.
- Os gigantes de comunicação, coincidindo, ou sobrepondo-se, com os aparatos militares-e-de-inteligência.
- Os conglomerados midiáticos que constituem a base da propaganda imperial dos Estados Unidos.
GUERRAS NA MESA DE PROJETOS DO PENTÁGONO
Preparações ativas de guerra contra a Síria, contra o Líbano e contra o Irã foram uma constante nos últimos oito anos. Desde 2005 os Estados Unidos e seus aliados, inclusive os parceiros dos americanos na OTAN, assim também como ISRAEL, estiveram todos muito envolvidos numa vasta atividade de colocar sistemas bélicos e de armazenamento de sistemas de armamentos tecnologicamente muito avançados, através do mundo.
No contexto tem-se aqui que a opinião pública influenciada pelas campanhas midiáticas torna-se implicitamente partidária, indiferente, ou ignorante dos impactos e consequências das diversas ações tomadas ou a serem tomadas, a curto e a longo-prazo. Essas ações sendo, via de regra – não bem pensadas e avaliadas. Como exemplo tem-se as operações punitivas dirigidas contra as instalações nucleares do Irã, punições e ações essas que, por si só já substituem uma guerra total.
Uma guerra contra o Irã é apresentada ao público como mais uma guerra entre outras. Ela não é vista como uma guerra ameaçando a humanidade, uma guerra apocalíptica, como deveria ser. Muito pelo contrário. Ela é vista como uma atividade humanitária, que contribui para a segurança global. Outra vez, uma ideia completamente fora de propósito (mas aceita pela massa ignorante, afinal de contas os árabes e muçulmanos são os “homens maus”).
O que estamos testemunhando é um processo contínuo que está sendo feito pelo próprio homem. Estamos testemunhando nesse século 21 uma completa destruição de inteiros países, mas o o efeito acumulado desses acontecimentos não se ressalta. No entanto uma consequência lógica dos mesmos seria o que muito provavelmente nos poderia levar a uma grande catástrofe.
DESTRUINDO AS CONQUISTAS DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO DO APÓS GUERRA. DESMONTANDO OS ESTADOS CONSTRUÍDOS A BASE DO BEM-ESTAR SOCIAL.
A União Europeia, que já tinha alcançado um alto nível de desenvolvimento econômico-social, está agora sitiada pela desemprego e pelo desmantelamento dos estados sociais criados na Europa depois da segunda guerra mundial. Os governos de países soberanos europeus, assim como outros, estão agora sendo controlados por um establishment financeiro agindo como um governo-sombra dando diretivas e ditando normas a sociedades inteiras.
- Quase ¼ dos jovens europeus estão sem trabalho, com os mais altos níveis de desemprego, de 54.1%, registrados na Grécia e na Espanha.
- Na Grécia e na Espanha o nível geral de desemprego é de 21.9% e 24.6%, respectivamente.
- Nesses dois países o desemprego aumentou muito no último ano. Em maio de 2011 o desemprego estava a 20.9% na Espanha e 15.7 % na Grécia. [3]
Constata-se que no auge da grande depressão do século 21, o caos econômico prevalece, enquanto a possibilidade de uma grande quebra financeira, não pode ser descartada.
CRIMINALIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL
Os mega-bancos que supervisionam o restruturamento das economias europeias e norteamericanas estão envolvidos de forma rotineira em lavagem de dinheiro, ou seja, falsa contabilidade quanto ao lucro dos negócios envolvendo drogas ou narcóticos. Ligações com o crime organizado seguem pistas e caminhos que deixam rastros difíceis de serem descobertos e seguidos, mas que estão agora estabelecidos, fora de dúvidas. Sabe-se agora que os bancos trabalham intimamente com o chamados carteis, ou consórcios de drogas.
Bancos foram processados por colaborar com o tráfico de drogas e narcóticos no México e nos EUA. Não se trata de nenhum fato isolado. Todas as grandes instituições envolvem-se em falsa contabilidade quanto a lavagem, ou legitimização, dos dividendos desse tráfico. A economia das drogas sempre fez parte da longa história do comércio internacional. A Corporação Bancária de Hong Kong e Shangai – Banco HSBC -, fundada em 1865, na colônia inglesa de Hong Kong era um ramo da Companhia Britânica da Índia, BEIC na sigla inglesa
Começando no século 18, e protegida pelo império britânico, a BEIC esteve envolvida em um lucrativo comércio de ópio. Produzido em Bengala e depois transportado, via marítima, para a China o lucro do ópio era então usado para a expansão imperial britânica.
Quando o governo imperial da China deu ordens para que o ópio fosse destruído, em 1839, a Inglaterra declarou guerra contra a China, começando o que ficou conhecido como a “primeira guerra do ópio. O “casus belli”, ou seja o motivo da guerra, sendo que a China tinha –através da destruição do ópio- violado as regras do comércio livre em curso, no século 19.
Bancos não são exceção. Hoje o capital das corporações continua protegendo o comércio das drogas e as instituições bancárias mais respeitadas lavam, ou legalizam, bilhões de narco-dólares. Pondo um ponto de início em 2001 a economia do Afeganistão, devastada pela guerra, vem fornecendo cerca de 90% do consumo internacional da heroina. O altamente lucrativo comércio de drogas do Afeganistão, vem sendo protegido pelas forças de ocupação EUA-OTAN.
Esse comércio é feito em benefício de poderosos interesses financeiros. É uma bonanza para os bancos e os sindicatos envolvidos no comércio das drogas. O resultante fluxo de narco-dólares é em grande parte legalizado, ou lavado, nos sistemas bancários ocidentais.
DESTRUINDO CIVILIZAÇÕES: MESOPOTÂMIA E O VALE do RIO INDUS
As guerras dos Estados Unidos no Oriente Médio e na Ásia Central levaram a uma grande destabilização e ao declínio de inteiras regiões consideradas pela história como o berço da civilização. A guerra do Iraque foi instrumental, e agora a da Síria está completando a destruição da Mesopotânia. Mais do que 5.000 anos de história foram apagados no Iraque já quando do começo da ocupação, em abril de 2003, e a herança cultural-arqueológica da Mesopotâmia, o atual Iraque foi, se não destruído então saqueada pelos invasores.
Os ataques dos Estados Unidos no Paquistão, ataques esses feitos através dos drones e abaixo do mandato da “Guerra global ao Terrorismo”, são feitos em grande parte, na parte superior do Vale do Rio Indus, berço de outra civilização primordial, que vem da Idade do Bronze, três mil anos Antes de Cristo. Essa antiquíssima civilização está hoje também sendo destruída pela máquina de guerra dos Estados Unidos.
Ressalta-se então que a denominação de “vítimas-colaterais”, resultando dos ataques feitos pelos drones americanos , é então muito especialmente no Paquistão, um eufemismo para assassinatos em massa de mulheres e crianças – feitos, financiados, ou apoiados por um estado, no caso os Estados Unidos
Quanto aos destinatários dos lucros ganhos nessas guerras criadas em busca de benefícios e proveitos esses beneficiários são as gigantes das petroleiras anglo-americanas e os grandes conglomerados industriais fornecedores de material bélico como Lockheed Martin, Raytheon, Northrop Grumman, British Aerospace, e outros, que produzem “mísseis humanitários” e caças à jato de ataque para a máquina de guerra EUA-OTAN, máquina de guerra essa que inclui também uma nova geração de armas nucleares chamadas táticas.
A tecnologia e a sofistificação de materiais informáticos militares como computadores, radares, comunicações, satélites, impressoras, modems e muitos e muitos outros instrumentos de alta tecnologia estão no auge da era eletrônica, a expandir-se para além dos limites imagináveis e conhecidos.
O PAPEL DA “AL-QAEDA”.
As guerras dos Estados Unidos estão se dirigindo para cada vez mais incitar conflitos étnicos e entre diversas facções e isso através de ações encobertas e dissimuladas que apoiam a formação de organizações paramilitares “terroristas”, as quais com ou sem a devida razão, denominam como Islamistas. Essas ações são depois intencionalmente dirigidas para destruir a estrutura político-social de nações inteiras (como no caso da SÍRIA), onde pretendem instalar regimes marionetes.
Durante os últimos 30 anos os serviços de inteligência dos Estados Unidos, especialmente a C.I.A. em associação com o MI-6 da Grã-Bretanha, e o MOSSAD de Israel, estiveram apoiando a criação e o fortalecimento da Al-Qaeda, assim como também de um bom número de organizações afiliadas a ela. Essas entidades terroristas são verdadeiros trunfos para os serviços de inteligência acima mencionados proporcionando grandes vantagens para os serviços de inteligência ocidentais, em primeira mão então, para os Estados Unidos, a Inglaterra e Israel.
Hoje em dia os jihadistas – guerreiros da denominada Guerra Santa Islâmica- estão sendo recrutados pela OTAN. Na Líbia assim como na Síria entidades afiliadas a Al-Qaeda, apoiadas e integradas pelas forças especiais da França e da Grã-Bretanha agiram e continuam a agir em benefício da aliança militar ocidental. Eles atuam então como os soldados rasos da OTAN, dentro de um país alvo DE DESESTABILIZAÇÃO.
O DESTINO DAS SEMENTES GENÉTICAMENTE PREPARADAS- GMO
Na Índia, onde o sagrado Rio Ganges rega as planícies e os campos férteis de Uttar Pradesh, Bihar e a parte ocidental de Bengala, milhares de lavradores empobrecidos e falidos, proprietários ou trabalhadores de maiores ou menores sítios ou fazendas estão, em grande número, cometendo suicídio.
Há confirmação de 250.000 suicídios entre os lavradores. Por que? Isso é porque as sementes orgânicas usadas pelos lavradores estão sendo substituídas por uma variedade de tipos de sementes geneticamente modificadas (Monsanto). O processo leva não só a destruição da diversidade biológica, como também ao fim de inteiras comunidades de lavradores.
A Monsanto ofereceu a compra das suas sementes geneticamente modificadas aos lavradores da Índia. Lavradores simples e sem muita instrução pensaram que essa fosse a oportunidade de suas vidas. Eles não faziam ideia do que estava para vir.
As sementes da Monsanto na Índia não produziram o que a companhia tinha prometido, e o que os lavradores esperavam. As sementes caras trouxeram altos níveis de débitos, e isso além de destruir campos de lavoura tradicional. Em muitos casos as sementes simplesmente não cresceram. Os lavradores não estavam conscientes de que essas sementes requereriam mais água do que as sementes tradicionais. Além disso a falta d’agua generalizada em muitas partes da Índia só fez por aumentar o problema.
Sem colheitas os lavradores não conseguiram pagar seus débitos. Abaixo do peso das consequências das dívidas e da humilhação social, os lavradores começaram a se suicidar, o que então acabou por ser uma consequência social em forma de suicídio em massa, onde muitos lavradores se mataram através do que tinham em mãos. Foram muitas mortes por envenenamento por pesticidas.
A somar-se a miséria dos suicídios de seus companheiros de vida, as mulheres tiveram que herdar as dívidas dos mesmos, juntamente com o medo de ainda vir a perder suas casas e campos. As famílias dos lavradores com a falta de dinheiro tiveram que tirar suas crianças da escola. O suicídio em massa dos lavradores da Índia é conhecido como o “Genocídio GM” [4]
Uma situação similar está a se desenrolar na região do Sub-Sahara da África. Tem-se então que nas terras altas da Etiópia, diversas espécies de um sistema agricultural milenar estão agora sendo substituídas pelas sementes e investimentos da Monsanto, Cargill e outros gigantes da biotecnologia.
A agenda da qual não se fala, é a de no final trocar as variedades e espécies orgânicas tradicionais, que se reproduzem nas incubadoras ao nível regional, pelas do sistema comercial das espécies geneticamente modificadas. Isso é então a ser feito sempre quando o enfraquecimento do sistema tradicional finalmente for obtido. [5]
EMPOBRECIMENTO E FOME NA ÁFRICA SUB-SAHARA
Esse modelo é destrutivo para a agricultura e tem sempre resultado em fome generalizada. Ele está agora sendo replicado em toda a África do Sub-Sahara. Desde a crise do começo dos anos oitenta o Fundo Monetário Internacional, o FMI, e o Banco Mundial, BM, estiveram preparando o terreno para por um ponto final na economia agricultural tradicional da região.
Esse processo consciente e planejado de empobrecimento do continente africano, abaixo da direção do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial está sendo acompanhado por um processo de militarização dirigida. A liderança sendo sempre dos Estados Unidos, esses então agora sempre agindo abaixo do pretexto “Guerra ao Terrorismo”.
No decorrer dos últimos trinta anos muitas guerras civís foram postas no gatilho através das operações dissimuladas e encobertas dos serviços de inteligência ocidentais. Por intermédio dessas muitas guerras – desnecessárias e cruéis – foram deslanchadas através de todo mundo.
Poderosos interesses de organizações empresariais estão por detrás dessas guerras. O que se almeja é o controle sobre os recursos naturais, sobre o petróleo e o gás natural, assim como de metais preciosos e estratégicos. Todo esse contexto faz parte de uma agenda, já agora não mais tão secreta.
O Petróleo foi descoberto no sul do Sudão em 1978. Cinco anos mais tarde uma “guerra civil” apoiada pela CIA foi deslanchada. Essa guerra foi então liderada por John Garang, homem que foi treinado pelos militares americanos em Fort Benning, Geórgia.
- A guerra do Sudão resultou em dois milhões de mortos e em quatro milhões de pessoas desalojadas. Estima-se que quatro milhões de mortos possa ser um resultado mais realista.
- A guerra civil da Ruanda, e o genocídio de 1994 resultaram num milhão de mortos. Isso numa população de sete milhões de habitantes.
- A guerra por recursos econômicos no Congo resultou em cerca de cinco milhões de mortes.
Essas guerras no Sub-Sahara Africano nunca foram devidamente apresentadas e analisadas pela principal corrente da mídia -mainstream- nos Estados Unidos e muita gente lá, nem sabe que elas aconteceram. De uma maneira geral as profecias Maya, ressaltadas entre os acontecimentos mundiais, teve a função prática de distrair as atenções das devastadoras crises atuais, caracterizadas por guerras sem fim, degradação ambiental, e miséria.
REVERTENDO O FLUXO DE GUERRAS. RESTRUTURANDO O DESENVOLVIMENTO. REINSTALANDO AS LIBERDADES CIVÍS.
Apesar de não estarmos enfrentando um cenário de imediato e absoluto “Fim do Mundo” encontramo-nos numa junção muito séria devido a crise econômica-social. Estamos num ponto sem precedentes na história moderna. Uma grande guerra contra a Síria, assim também como contra o Irã, poderá finalmente levar a humanidade para um cenário de Terceira Guerra Mundial. Os Estados Unidos possuem um impressionante arsenal bélico e o está a usar para ameaçar o mundo de diversas maneiras.
Um assustador estado-policial repressivo está se consolidando internamente, com uma estrutura de espionagem e vigilância intensiva de civis, não só nos Estados Unidos – como também num âmbito global. No auge da era eletrônica, com sofisticados bancos de dados, e técnicas de vigilância de alta tecnologia, essa operação se processa agora pelo mundo inteiro. A Europa não sendo exceção, muito pelo contrário.
O sistema de Habeas corpus – o direito de ter seu caso provado em corte de lei já foi, em grande parte, anulado nos Estados Unidos. Assassinatos políticos estão tornando-se a ordem do dia, enquanto a comunidade internacional tem aprovado a ideia de guerra nuclear preemptiva, em nome da paz. [!]
Fazer o mundo mais seguro é a justificação usada para uma operação militar que pode resultar num holocausto nuclear. Mesmo que se possa conceitualizar morte e a destruição resultando das guerras do Iraque e Afeganistão, é impossível de se compreender, em toda sua extensão, a devastação que resultaria através de uma terceira guerra mundial. Nessa guerra se usariam as novas tecnologias e os armamentos tecnológicos muito avançados (alguns ainda desconhecidos), incluindo as armas nucleares. Não se compreende bem, mas isso é só até que tudo (a guerra total) se torne realidade.
O que estamos testemunhando nesse começo do século 21 não é uma quebra ou uma queda inesperada e abrupta, mas sim um processo gradual de decomposição e declínio social (planetário). O que está em jogo é a destruição da nossa civilização como a conhecemos. O progresso, tanto social como cultural e civilizatório, poderá ser interrompido, e a reprodução da vida humana prejudicada.
Esse processo está sendo marcado pela implementação de uma agenda militar global, agenda essa entrelaçada com uma grande e global depressão econômica.
ESTAMOS VIVENDO NUM PERÍODO DESTRUTIVO E IMPORTANTE DA HISTÓRIA MUNDIAL
Os conceitos ideológicos de uma “Nova Ordem Mundial” são inquisitoriais e devastadores. O consenso geral é de esse projeto criminosos e global deveria ser apoiado por todos . Essa Nova Ordem Mundial está a exigir guerras ilegais, um estado-policial-repressivo permanente, a anulação dos direitos e liberdades civis, e a fraude financeira. Tudo então sendo feito [ad nauseum] em nome de uma inexistente democracia .
Não se permite divergência ou debate. Essa é a Inquisição Americana. Os que se opõe a essa perversa forma de democracia são caracterizados como “terroristas”. Ser contra a criminalidade tornou-se numa ofensa criminal. Para que essa Nova Ordem Mundial possa ser mantida, a realidade tem que ser posta de ponta-cabeça. Tudo tem que ser virado de cima para baixo.
O aparato propagandístico se encarrega, consciente-ou inconscientemente, da missão de instalar em nossas mentes percepções e conceitos totalmente falsos e contrários a realidade.
Temos que aceitar premissas para uma Ordem Mundial onde:-
- guerra é anunciada como paz
- o estado policial-militar é anunciado como democracia
- a austeridade é anunciada como prosperidade
- e riqueza e luxo, para pouquíssimos, são apresentados como desenvolvimento
- os assassinatos e a tortura generalizada de supostos terroristas são apresentados como parte e parcela da segurança nacional
- tem que ser acreditado que as vítimas das guerras sempre iriam constituir uma ameaça a civilização ocidental.
A realidade é completamente distorcida – ad absurdum. A crise real afetando o povo desse planeta é obscurecida por falsas crises e catástrofes, já para não se mencionar avisos de iminentes ataques terroristas por inimigos não encontrados ou identificáveis. O objetivo final da propaganda a que somos submetidos é o de criar confusão e obediência a um pré-estipulado consenso a ser obtido.
Nesse contexto a opinião pública tem que ser distraída e dirigida para longe da compreensäo da crise afetando a humanidade. depressão econômica real, e mesmo uma potencial terceira guerra mundial, não fazem aqui manchete de jornal. Entretanto, o perigo de uma guerra mundial não é só potencial, como também muito provável, se as regras do jogo não forem transformadas, desde logo.
Reverter o fluxo dos acontecimentos significa uma revolução em si mesma. O sistema econômico atual está caracterizado pela criminalidade do sistema financeiro internacional assim como do aparato político. Banqueiros estão envolvidos em falsa-contabilidade para legitimar lucros criminosos. Lockheed Martin, Raytheon e outras fornecedoras de material bélico lutam por mais guerras, enquanto as companhias petrolíferas exigem a conquista do Oriente Medio onde mais de 60% do petróleo mundial está localizado, em países Islâmicos.
A crise atual está puxando toda a estrutura social para um nível profundo. Esse processo é gradual, mas cumulativo. Isso significa então que esse processo pode ser revertido.
A condição para que esse processo seja revertido exige o desmantelamento de estruturas e instituições fundamentais do sistema atual, o repúdio do estado-policial-altamente repressivo, o encerramento do complexo industrial-militar- como existente, a restruturação do sistema financeiro e monetário internacional, o desmontar das medidas de austeridade e a restauração dos níveis de vida, assim como o de por um ponto final aos assassinatos políticos, e aos assassinatos denominados “humanitários”. Um repúdio decisivo ao racismo e a xenofobia constituem uma parte inerente de um processo de reversão do fluxo dos acontecimentos.
O que é essencial é uma mudança de regime nos Estados Unidos. Uma total reavaliação do sistema político assim como da estrutura do sistema financeiro é imprescindível. Essa transformação implicaria, antes de mais nada, no desmantelamento do aparato de propaganda. O ponto focal tendo que ser as fontes de desinformação.
Desmontar o fluxo de desinformação da mídia institucional é um pré-requisito para implementar mudanças mais fundamentais no funcionamento, tanto do sistema econômico quanto do sistema social. Isso implica então mudanças fundamentais nas relações de poder.
O instrumento mais importante a nossa disposição é a verdade (CONSCIÊNCIA). A verdade sempre vencerá sobre a mentira. A verdade é também o alicerce básico para o desenvolvimento de um movimento social, tanto nacional quanto internacional.
Quando a mentira se transforma na verdade, num estado-policial-de-alta –repressão, já não há retorno possível, e a humanidade precipita-se numa espiral autodestrutiva. É crucial que se entenda a natureza criminosa da nova ordem mundial, suas bases políticas e jurídicas, assim também como a natureza da estrutura de poder da elite que a sustém.
Para reverter o fluxo, os criminosos de guerra em altos escalões oficiais devme ser não só expostos, como também julgados, e isso como um passo inicial. O complexo-industrial-militar se não eliminado, deverá pelo menos ser controlado politicamente. Os fraudulentos mecanismos do sistema financeiro – incluindo o comércio com os chamados derivativos e os instrumentos especulativos, as instituições assim como o aparato jurídico-legal, não deverão mais poder agir em impunidade total.
Nesse estudo apresentaram-se algumas idéias para iniciar um debate maior. As complexidades na base da agenda militar e o sistema econômico global precisam de ser encarados para que se possa reverter o fluxo dos acontecimentos levando a uma muito provável catástrofe.
O que se necessita é um movimento de massas que conteste e desafie a legitimidade das guerras, ilegais e de conquista, assim como que diga não as políticas de austeridade econômica, que só beneficiam uns pouquíssimos no alto da pirâmide social.
A guerra tem que ser criminalizada.
Assim já o primeiro passo terá sido dado.
Martin Luther King uma vez disse em outras palavras: Que as crianças ao redor do mundo em diferentes ocasiões irão perguntar:
- O QUE É A FOME?
- O QUE É SEGREGAÇÃO RACIAL
- O QUE É A BOMBA ATÔMICA?
- O QUE É A GUERRA?
Então se terá que dizer que essas palavras já não se usam mais. São palavras como carruagens, galeras, escravidão. São palavras que já não fazem sentido, e que portanto foram retiradas dos dicionários.
Prof. Michel Chossudovsky – Texto original em:
Mayan Prophesy: Prepare Yourself for the “End of the World” at Global Research, 20 de Dezembro de 2012 – Tradução: Anna Malm
Referências e Notas:
[1] Veja Washington´s Blog, End of the World: Hear the 2012 Prophecy… Direct from the Mouths of the Mayan Priests, Global Research, December 13, 2012.
[2] Shalal-Esa, Andrea. Government sees lifetime cost of F-35 fighter at $ 1.51 trillion, Chicago Tribune, April 2, 2012
[3] Veja Christoph Dreier, Record Unemployment in Euro Zone, Global Research, July 03, 2012 World Socialist Web Site 3 July 2012, http://www.globalresearch.ca/record-unemployment-in-euro-zone/31740.
[4] Iqbal Ahmed, KILLER SEEDS: The Devastating Impacts of Monsanto´s Genetically Modified Seeds in Índia, January 12, 2012
[5] Michel Chossudovsky, Sowing the Seeds of Famine in Ethiopia Global Research, September 10, 2001 The Ecologist, 1 September 2000, also published as a chapter in The Globalization of Poverty and the New World Order, Global Research, Montreal 2003
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