CHURMAY, de VÊNUS – Parte II, Histórias de MALDEK , da Terra e do Sistema Solar.
Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, páginas 71 a 99, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO.
“Na vida futura, que a luz de nossa estrela (Sol) natal novamente desenhe nossas duas sombras. Até lá, rezo aos Elohim que lhes deem sabedoria enquanto andam em meio às serpentes.Ephphatha {antigo termo aramaico que se traduz “Que tu te abras” (para receber a LUZ do Criador)}. Alguém como você rezar por mim me enche de alegria. Ephphatha”. Eu Sou Mocalar de Vitron, da Casa de Comércio de Vonner.
Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, páginas 71 a 99, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Primeira parte: http://thoth3126.com.br/churmay-parte-i/
CHURMAY, de VÊNUS: Na Terra o nosso novo lar era no lugar que vocês atualmente chamam de Argentina. Esse local não era ocupado exclusivamente por nós de Wayda. Era habitado de forma intensa por muitos tipos de habitantes de fora do mundo que, em alguns casos, tinham costumes beligerantes e violentos. As mulheres de nosso mundo eram abordadas continuamente em busca de favores sexuais e nossos homens eram atacados fisicamente numa tentativa de intimidação.
Quando os alimentos se tornaram escassos, os que tinham suprimentos de comida sob seu controle aumentaram suas exigências sobre nós, bem como sobre outros tipos de imigrantes de fora do mundo da Terra. Vários tipos de imigrantes revidaram, mas os que nunca haviam experienciado os costumes dos que seguem o lado sombrio da vida não sabiam o que fazer quanto àquela situação. Infelizmente, alguns de nós acabaram por se submeter.
Muita gente de Wayda morreu de doenças sexualmente transmissíveis ou sucumbiu antes de dar à luz uma criança gerada por um ou outro tipo de alienígena. Muitos de nós morreram de fome. Vários meses após nossa chegada à Terra, vi pela primeira vez um maldequiano. De fato, vi cinco deles — três mulheres e dois homens que vieram à nossa aldeia feita de habitações provisórias. Com eles havia várias pessoas nativas da Terra. Residiam em bonitas tendas brancas erguidas para eles numa colina vizinha.
Correu a notícia pelas aldeias que os chamados Radiantes (os maldequianos, o “POVO ELEITO“) buscavam entre nós quem tivesse uma habilidade ou talento em particular. Frágeis e famintos, meu pai e minha mãe imploraram que eu e minha irmã Sacriba oferecêssemos nossos serviços a essa gente na esperança de que pudéssemos assegurar um meio de sobrevivência. Durante várias semanas sentei-me em meio a muitas outras pessoas no sopé da colina na qual ficavam as tendas maldequianas, aguardando que meu nome fosse chamado por um alto-falante. Num dia quente, meu nome foi chamado e me coloquei numa fila de diversos tipos de gente, a cerca de dez metros da tenda mais próxima.
Depois de várias horas, os que ainda estavam de pé foram inspecionados por uma mulher maldequiana que era transportada numa liteira dourada cravejada de pedras preciosas. Um homem terrestre pintou um símbolo branco em minha testa. Mais tarde, juntamente com outras pessoas com o mesmo símbolo, embarquei numa carroça grande puxada por dois elefantes. Naquela noite, deram-nos comida e caímos no sono de cansaço. No dia seguinte, aqueles de nós que conseguiam se comunicar entre si tentaram se conhecer. A maioria de nós se perguntava se veria outra vez a família e os amigos.
Oito dias depois, chegamos a uma propriedade imensa cercada por belos gramados e jardins. As árvores estavam cheias de pássaros de cores brilhantes. Fomos levados a um pequeno lago e nos mandaram tomar banho, homens e mulheres juntos. Foi constrangedor para algumas pessoas vindas de mundos cuja moral desaprovava tais atividades. As roupas que estivéramos usando ao chegar desapareceram. Depois nos dividimos em dois grupos, um de homens e outro de mulheres. Fomos levados a dormitórios separados e alimentados duas vezes por dia por mulheres terrestres que cobriam os rostos com véus quando estavam na presença de homens. Descobri que eu era agora propriedade de uma viúva maldequiana de grande beleza chamada Jorhisa, cujo irmão Her-rod era considerado um deus até por seus companheiros maldequianos.
Afinal fui levada por dois homens terrestres vestidos elegantemente a uma sala grande para encontrar a Senhora Jorhisa e várias outras pessoas da mesma raça planetária que ela. Além disso, estavam presentes muitas pessoas de aparência bastante estranha, provenientes de mundos localizados em sistemas solares distantes. Todos escutaram em silêncio enquanto eu era questionada em voz alta por um homem waydiano que traduzia minhas palavras faladas para o idioma musical dos maldequianos.
Suas perguntas visavam, basicamente, descobrir tudo que eu sabia sobre aFederação, a Casa de Comércio de Domphey e a natureza dos que chamavam a si de nodianos. Também me perguntou sobre as lentes do sistema de propulsão de espaçonaves que eu ajudara a construir em Wayda. Quando minhas respostas se tornaram muito técnicas, a Senhora Jorhisa ficou entediada e disse para pôr de lado o assunto.
Mais tarde, fui interrogada sobre esses mesmos assuntos por um maldequiano chamado Vormass, que se comunicava comigo por meio do pensamento. Ele começou dizendo em meu idioma falado que, se eu tentasse mentir para ele de qualquer forma, ele me mataria instantaneamente. Às vezes, ele se enfurecia quando eu não conseguia responder sinceramente uma de suas perguntas mentais ou quando percebia que ele já sabia as respostas e estava perguntando somente para confirmar algo que ficara sabendo de outra pessoa.
Jorhisa achava que estava abaixo dela falar diretamente com uma pessoa inferior e transmitia seus desejos e instruções para pessoas como eu por intermédio de alguns homens terrestres bem-nascidos que atuavam como seus encarregados. A Senhora Jorhisa tinha paixão por música e jogos de azar. Meu talento para o canto chegou a seu conhecimento e fui chamada em várias ocasiões para cantar para ela e seus convidados enquanto jogavam.
Nunca realmente contei quantas vezes fui perdida e recuperada pela Senhora Jorhisa devido a apostas. Jogo simples de azar como os jogados com cartas que vocês talvez conheçam não interessavam os que possuíam a capacidade mental de identificar cada carta e sua localização no baralho antes de serem distribuídas. O jogo mais apreciado por minha senhora maldequiana se chamava Sombras. Era um jogo que envolvia um altíssimo grau de concentração mental e capacidade telepática. O desenrolar e término do jogo eram exibidos numa parede branca na forma de imagens holográficas caleidoscópicas de cores com as sombras correspondentes das imagens. Devo confessar que ainda não sei o que realmente determinava quem vencia ou perdia nesse jogo.
Certo dia, fui informada por um encarregado que a Senhora Jorhisa queria que eu fosse treinada para cantar mentalmente, como era o costume de seu povo. Meu professor era um homem de olhos amarelos chamado Trowfor, de origem mista, terrestre e maldequiano. Na época, achei que certamente não existia uma pessoa mais desprezível em todo o universo. Seu método de ensino incluía longos períodos de privação de sono, comidas de gosto horrível e drogas para supostamente expandir a mente.
Quando me apresentei pela primeira vez utilizando minha nova capacidade de cantar mentalmente, cantei como se estivesse num estado de sonho. Os efeitos dessa música no sistema nervoso de quem era capaz de escutar mentalmente a música eram muito estimulantes sexualmente, chegando ao ponto de produzir orgasmos em homens e mulheres.
Como eu não conseguia cantar sem tomar drogas, e sempre existia a possibilidade de eu ser chamada para me apresentar para a Senhora Jorhisa e seus amigos a qualquer hora do dia ou da noite, eu ficava num estado contínuo de torpor induzido por drogas. Minha saúde começou a decair e eu estava literalmente definhando. Quanto mais minha força vital declinava, mais exigiam de mim. Minha morte não surpreenderia ninguém – e mais duas mulheres de Wayda estavam sendo treinadas por Trowfor para me substituir depois que eu morresse.
Certo fim de tarde, sentei-me num canto escuro da sala longe da vista da Senhora Jorhisa e de seus convidados (minha aparência física agora ofendia a senhora). Entre seus convidados havia três que eu nunca vira: um maldequiano de nome Sant, um homem terrestre bem-nascido chamado Tarm e um homem chamado Opatel Cre’ator, que percebi ser nodiano. Os três sempre venciam a Senhora Jorhisa em seus jogos de Sombras de altas apostas. Fui informada de que o terrestre Tarm me ganhara, sem me ver, bem como a vários tipos de animais de criação.
Quando os três homens vieram me pegar, ordenaram que eu fosse colocada numa liteira e levada a um carro aéreo. Durante um curto vôo, injetaram-me substâncias químicas neutralizantes que me iniciaram na recuperação de meu vício em drogas. Pouco antes de Sant e Opatel partirem da casa de Tarm, o nodiano bonito veio ao pé de meu leito e colocou um envelope selado sobre meu peito. Sorriu e saiu sem dizer uma palavra. Quando abri o envelope, encontrei um retrato recente de meu irmão Juliopo.
Fiquei aos cuidados carinhosos do tio de Tarm, Bey-Cannor, que era médico e cerca de 20 anos mais velho que eu. Depois de me recuperar, ajudei Bey-Cannor com seu trabalho, e posteriormente nos casamos. Devido aos danos produzidos em meu corpo pelas drogas da Senhora Jorhisa, fiquei estéril. Passamos a maior parte do restante de nossas vidas colhendo vários tipos de plantas e formulando medicamentos a partir de seus derivados benéficos correspondentes. Descobrimos que certos remédios que tinham sido úteis certa época não apresentavam desempenho tão bom, ou não tinham efeito algum, um ano depois. Outras fórmulas que se pensava serem inúteis às vezes de repente atuavam de maneiras milagrosas.
Fui à aldeia na qual vira pela última vez meu pai, minha mãe, minha irmã Sacriba e minha madrasta Alysybe, mas não os encontrei. De fato, encontrei apenas uns poucos sobreviventes waydianos. Fiquei sabendo que muitas pessoas de meu mundo foram viver entre a gente dos planetóides Sumer numa terra remota a leste. Bey-Cannor prometeu que assim que encontrássemos um meio de transporte para o local onde meu povo vivia agora, iríamos para lá. Foi uma promessa sincera, mas nunca houve meios de materializá-la.
Aproximadamente um ano antes do início das Grandes Catástrofes na Terra, meu irmão Juliopo chegou a nossa casa vestindo um uniforme da Federação. Depois da alegria de nosso reencontro se aquietar, ele me contou que nosso pai morrera, mas ele levara minha mãe e sua mãe Alysybe embora da Terra e as conduziu a um mundo chamado Drucall em outro sistema solar. Ele nos contou que o Planeta Wayda era tão quente agora que nenhuma vida conseguia sobreviver nele. Seus esforços para localizar nossa irmã Sacriba foram totalmente em vão. Ele se ofereceu para levar Bey-Cannor e eu embora da Terra, mas meu marido desejava permanecer em seu mundo natal e eu o amava demais para deixá-lo.
Certo dia, estávamos na selva procurando certas plantas quando o céu se encheu de nuvens escuras e uma chuva torrencial começou a cair, acompanhada de trovões e relâmpagos incessantes. Nosso pequeno grupo de doze catadores de plantas nunca saiu da selva. Morremos em conseqüência dos vapores produzidos pela chuva extremamente quente que caia sobre a vegetação há muito morta sob nossos pés. Os vapores encheram nossos pulmões e adormecemos, morrendo rapidamente. [O marido de Jorhisa estava em MALDEK quando este explodiu – W.B.]
VIDA, VIDA, VIDA SOB AS ESTRELAS ETERNAS
Eu, assim como os que falaram antes de mim e os que ainda estão por falar, experienciei muitas vidas no planeta Terra, tanto em ignorância como, em alguns casos, com certo grau de iluminação quanto ao propósito da vida humana no Plano mestre do Criador de Tudo Que É. Não escolhi falar de vidas que foram influenciadas por condições primitivas e pela ignorância supersticiosa, tampouco escolhi os breves períodos em que vivi nos quais as pessoas da Terra eram capazes de transmitir seus pensamentos umas às outras e às pessoas que viviam em outros mundos.
Minha seleção das cinco vidas que ainda tenho para contar foi feita com o intuito de fazer a relação entre algumas de minhas experiências de vidas passadas e certas pessoas daquela mesma época cuja fama sobreviveu até os dias de hoje.
IMHOTEP (o amado do deus Amon)
As “autoridades” em história (os “grandes eruditos”) da Terra situariam a época da qual falarei em algum ponto entre os anos de 2686 e 2613 a.C., embora o período tenha se iniciado cerca de 650 anos antes disso (+/- em 3.340 a.C., 3ª dinastia, do Faraó Zoser). Meu nome era Naya, a terceira das doze crianças nascidas para minha mãe Sybra e meu pai Harcar. Vivíamos no que era então (e ainda é) o delta fértil do rio Nilo.
Quando era criança, eu ficava pendurada, numa cesta feita de fibras de papiro. no teto de nossa casa de tijolos de barro. Depois de aprender a andar, ficava amarrada com uma corda de papiro num poste na frente de nossa casa enquanto minha mãe se ocupava de seus afazeres que incluíam cozinhar, assar pão, tecer e fazer cerveja.
Ela era ajudada pelas viúvas dos dois irmãos mais velhos de meu pai, mortos em batalhas contra invasores que entraram em nossa terra vindos do oeste. As cunhadas de meu pai trouxeram cada uma dois filhos para nossa casa. Quando nasci, dois desses meninos já tinham idade para ajudar meu pai em seu trabalho de fabricar adagas, espadas e, de vez em quando, jóias de metal fino. Meu irmão mais velho, Yalput, também ajudava meu pai quando não estava pescando e caçando aves ao longo da margem do rio.
Minhas primeiras recordações daquela vida consistem em minha mãe sempre bradando aos deuses para transformar um de meus irmãos em tartaruga para que parassem de me provocar e puxar minha corda até eu cair. Amarrada num poste próximo havia um cão que ficava fora do meu alcance. Certo dia, o cão roeu sua corda até arrebentá-la e saiu correndo para o rio, retornando depois com meu irmão Yalput.
No dia seguinte, também cortei mastigando minha corda e cambaleei até o rio à procura de Yalput. Minha excursão acabou quando entrei na água e atolei na lama. Agarrei-me às hastes de papiro enquanto crocodilos chegavam tão perto que eu conseguia tocá-los. (Passei algum tempo acariciando o focinho de um crocodilo enorme.) Passaram-se várias horas até meu pai me encontrar.
Meu escamoso companheiro silvou para ele algumas vezes e foi embora nadando devagar. Foi então que me puseram o nome de Naya, amada de Sobek, o deus-crocodilo. Meu pai jurou que nunca mais comeria carne de crocodilo. Ele fez para mim um bracelete de cobre com a forma de Sobek. Quando cresci, o bracelete não passava mais na minha mão, então, passei a usá-lo pendurado num cordão.
A vida de uma garota pré-adolescente naquela época era passada em sua maior parte em brincadeiras, mas com o decorrer do tempo fui convocada para ajudar as mulheres da casa em suas tarefas e também para auxiliar meu pai ficando sentada diante de um bloco chato de pedra e golpeando pedaços de ouro de formatos estranhos para transformá-los em folhas de ouro. Meu pai comercializava essas folhas de ouro com os carpinteiros reais do Faraó Zoser, que as usavam para revestir os móveis de madeira que haviam fabricado.
Em troca, meu pai recebia pequenas quantidades de prata e cobre, dois metais que ele acreditava serem muito mais valiosos. Claro, os carpinteiros forneciam ouro não refinado a meu pai. Ele se recusava a refiná-lo na presença deles. Seu segredo era utilizar um fole para criar as grandes temperaturas necessárias para fundir o metal. Quando os carpinteiros estavam bem longe da área, ele montava seus foles de couro e tachas de cobre. Sua versão posterior do fole dispunha de uma saída que consistia na imagem em cobre de um crocodilo. Antes de começar a fundir o ouro, ele primeiro se voltava para o rio e gritava: “Sobek, é hora de trabalharmos!”
As meninas ganhavam bonecas feitas por suas mães e os meninos eram livres para perseguir uns aos outros com varinhas. Dessa maneira, logo aprendiam a desviar os golpes de qualquer atacante. Com 14 anos, meu irmão Yalput tinha mais cicatrizes no corpo do que qualquer veterano sobrevivente das recentes guerras ocidentais. O único brinquedo que Yalput teve (se podemos chamar de brinquedo) foi um barco feito de fibras de papiro de cerca de 90 cm de comprimento. Embora o tivesse construído quando tinha menos de dez anos de idade, ele posteriormente o puxava entre as hastes de papiro por uma linha amarrada na cintura. Ele usava esse vaso flutuante para carregar a pesca do dia.
O sexo em idade precoce era permitido, contanto que não fosse um ato incestuoso. Isso é o contrário do que se acredita agora fossem os hábitos sexuais do povo daquela época e local (antigo Egito). Muito mais tarde, essas práticas (o incesto) imorais tornaram-se flagrantes. Certa manhã, pouco antes da aurora, fomos despertados por vozes altas. Essas vozes pertenciam a uma tropa de soldados que estavam procurando recrutas para o exército do Surac (rei). Eles vieram no meio da noite para assegurar que os rapazes em idade de lutar ainda estariam dormindo e não se escondendo deles entre a vegetação do rio.
Apenas Yalput foi recrutado. Ele estava feliz com a coisa toda. Minha mãe chorou e pediu bradando aos deuses que protegessem seu filho do mal. Meu pai foi para sua oficina e voltou com uma espada de cobre muito afiada em forma de foice que fizera para Yalput, já prevendo esse acontecimento.
Continua …
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