Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

segunda-feira, 2 de março de 2015

EUA x Israel: Netanyahu acusado de minar as relações entre os países


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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu foi convidado para ir ao Congresso norte-americano pelos Republicanos (oposição à Obama) e aceitou o convite sem antes falar com Obama.
Um convite dos republicanos (oposição ao presidente democrata Obama) ao primeiro-ministro israelense, para discursar no Congresso norte americano, sem a devida reparação articulada com a Casa Branca foi o suficiente para fazer perder o sangue frio a secretários de Estado e assessores do governo dos EUA, que não poupam críticas sobre este assunto.
Edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com
As relações entre Israel e os Estados Unidos estão mais tensas que nunca e são vários os episódios que o demonstram. Depois de ter criticado os Estados Unidos por não terem sido mais firmes numa posição contra o IRÃ, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi convidado para ir ao Congresso norte-americano pelos Republicanos e aceitou o convite sem antes falar com Obama.
Desde o anúncio de que Benjamin Netanyahu iria falar ao Congresso dos EUA, apenas duas semanas antes das eleições em Israel, a equipe do presidente norte-americano mostrou-se coesa e condenou o evento em bloco. Em primeiro lugar, porque o primeiro-ministro israelense foi convidado pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, e em segundo, porque o fato se imiscui na diplomacia da administração norte-americana, que prepara, com desvelo, o acordo com o IRÃ.
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Benjamin Netanyahu
Ao discursar no Congresso americano, sobre o IRÃ, Nethanyahu pisa uma linha vermelha que não devia ter pisado e coloca as relações bilaterais de Israel e Estados Unidos, à prova. A tensão é palpável e a Casa Branca já não trata o assunto “com luvas”, como foi o caso da declaração de Susan Rice, assessora do presidente norte-americano Barack Obama: “esta visita tem um efeito destrutivo”.
A controvérsia eclodiu no momento em que se desenham os contornos de um possível acordo sobre o programa nuclear iraniano, que envenena as relações internacionais há mais de uma década. Para Obama, este acordo com Teerã garante que a República Islâmica não vai tentar obter armas nucleares, e contribui para o balanço positivo da política externa do presidente dos Estados Unidos.
Pelo seu lado, Netanyahu, que está fazendo de tudo contra a conclusão do acordo, que classifica de perigoso, afirma que “respeita a Casa Branca e o presidente dos Estados Unidos mas, num assunto tão grave, é um dever fazer tudo pela“segurança” de Israel.” Um choque devastador contra a diplomacia norte americana, com o beneplácito da oposição dos republicanos.
O dossiê nuclear iraniano
O secretário de Estado norrte-americano, John Kerry, já explicou (na Comissão da Câmara dos Representantes) que o apoio ao Estado de Israel não invalida que Netanyahu tenha feito um erro de julgamento sobre o dossiê nuclear iraniano.
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Netanyahu na tribuna da Organização das Nações Unidas, em 2012. Na ocasião, o chefe do Governo israelita exibiu um cartaz, com uma bomba em vias de explodir, para ilustrar o que pretendia ser um aviso pelo alegado “estado avançado” do programa nuclear iraniano. Seria cômico se não fosse perigoso…
Na verdade, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu foi desmentido pelos próprios serviços de informações, já em 2012, quando declarou que o IRÃ estava a um ano de distância de desenvolvimento da bomba atômica, segundo documentos secretos divulgados agora.
As mensagens disponibilizadas por um diário britânico e por uma televisão do Qatar, provêm de trocas de informações entre os serviços de informação sul-africanos e os homólogos estrangeiros, como o Mossad israelita, a CIA norte-americana ou o MI6 britânico, entre 2006 e dezembro de 2014.
Uma destas trocas de correspondência põe em causa a intervenção de Netanyahu na tribuna da Organização das Nações Unidas, em 2012. Na ocasião, o chefe do Governo israelita exibiu um cartaz, com uma bomba em vias de explodir, para ilustrar o que pretendia ser o seu alarme pelo alegado estado avançado do programa nuclear iraniano.
Reivindicando basear-se em informações da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Netanyahu garantira que, a partir do verão de 2013, “o mais tardar”, o IRÃ só precisaria de alguns meses para obter suficiente urânio enriquecido para fabricar a sua primeira bomba”.
Algumas semanas mais tarde, o Mossad (serviço secreto) israelense concluiu, em relatório recebido pelos serviços sul-africanos, em 22 de outubro de 2012, que o IRà“não tinha a atividade e capacidade necessária” para produzir um artefato nuclear.
O IRà“parece não estar pronto para enriquecer urânio a um nível suficiente para produzir bombas nucleares”, especificou o documento do Mossad (serviço secreto) israelense.
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A publicação destas mensagens secretas ocorre antes do discurso de Netanyahu, essencialmente sobre o IRÃ, amanhã, dia 3 de março, no Congresso dos EUA, uma intervenção israelense que incendeia mais a polêmica nos EUA assim como em Israel.
Netanyahu falará ao Congresso contra o acordo em discussão em Genebra, entre o IRàe o chamado grupo 5 + 1 (os EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha). O primeiro-ministro, em campanha para as eleições legislativas de Israel em 17 de março, receia que os EUA assinem um acordo demasiado favorável ao IRÃ.
No domingo passado, deplorou que o “terrorismo nuclear” de Teerã “não tenha impedido a comunidade internacional de continuar a negociar um acordo nuclear com o IRÃ, que lhe vai permitir construir a capacidade industrial de que precisa para desenvolver armas nucleares”.
O Guardian revela também que o MI6 e outros “serviços aliados” pressionaram para bloquear a venda de equipamento, entre fim de 2007 e início de 2009, de uma empresa sul-africana a uma iraniana, suspeita de envolvimento no programa de mísseis balísticos iranianos.
A empresa sul-africana, Electric Resistance Furnaces (ERFCO), fechou as portas depois de o contrato, de valor calculado entre 500 mil (441 mil euros) e um milhão de dólares (882 mil euros), ter sido anulado. Os serviços de informações britânicos consideram que a venda teria permitido aumentar de modo significativo a capacidade do IRàde produzir mísseis balísticos, “alguns dos quais poderiam transportar ogivas nucleares”.
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As Eleições em Israel
A visita de Benjamin Netanyahu aos Estados Unidos, com ênfase para o tema do poder nuclear iraniano também visa seduzir o eleitorado israelita, que vota em eleições legislativas antecipadas no dia 17 de março. Netanyahu demitiu os ministros das Finanças e da Justiça, acusando-os de boicotar o seu governo, o que levou à marcão das eleições antecipadas.
O episódio pôs fim à coligação que governa Israel desde o início de 2013, já que, com a saída dos dois ministros, o governo perdeu a maioria de 68 deputados que detinha no parlamento.
Para formar uma nova maioria, Benjamin Netanyahu já deu indicações de que pretende renovar a aliança com os partidos ultraortodoxos, atualmente na oposição, mas considerados “aliados naturais” do Likud, partido de direita até agora no poder. A oposição declarou que poderá formar um bloco contra uma nova coligação liderada por Netanyahu.
De momento, o que preocupa Israel é a tensão que o primeiro ministro Netanyahu está provocando nos Estados Unidos. Barack Obama já deixara claro que não iria receber Netanyahu quando da sua visita aos EUA, para não interferir no ato eleitoral em Israel. Daí ao mal-estar generalizado entre os democratas perante a possibilidade de Netanyahu se dirigir ao Congresso sem que o Presidente Barack Obama e a Administração federal dos EUA tenham sido ouvidos foi um instante.
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Netanyahu impôs a sua presença na manifestação de Paris depois do episódio dos assassinatos na revistaCharlie Hebdomesmo depois que o convite lhe ter sido retirado pelo Presidente Hollande, da França.
E a questão acabaria inevitavelmente por ser aproveitada pelos adversários internos de Netanyahu – que acabara de sofrer um revés na imagem externa quando teve de impor a sua presença na manifestação de Paris depois do episódio dos assassinatos na revista Charlie Hebdo, depois de o convite lhe ter sido retirado pelo Presidente Hollande, da França. Os líderes oposicionistas do Zionist Camp tomaram a iniciativa. (Copyright © 2015 euronews)

Major General Shlomo Gazit, um dos melhores e dos mais brilhantes homens da Administração da inteligência militar de Israel, ao ser questionado em 1980 de que a existência de Israel nunca esteve em perigo por qualquer combinação de força militar árabe, respondeu através de um sorriso triste:
O problema conosco, israelenses é que nós nos tornamos vítimas de nossa própria propaganda.

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