Com um total de 12 cidades tomadas pelos separatistas, a “operação antiterror” de Kiev parece ter fracassado.
Em Slaviansk, militantes cedem nas exigências para a libertação dos funcionários da OSCE. Apesar da “operação antiterrorismo” do governo ucraniano no leste e sudeste do país, os separatistas pró-russos seguem ampliando seu domínio na região. Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Fonte: http://dw.de/p/1BriQ
Edição Rafael Plaisant - Data 30.04.2014
Com a tomada da cidade de Horlivka de 300 mil habitantes, no sudeste, nesta quarta-feira (30/04), sobe para 12 o total de localidades já ocupadas pelos ativistas nas últimas semanas. “Hoje, o governo da Ucrânia não controla mais a situação em partes da província de Donetsk”, admitiu o presidente interino Olexander Turtchinov.
Na véspera, após a ocupação de Lugansk, ele repreendera a polícia e serviço secreto locais por não cumprirem sua função, chegando a falar em “traidores”. Por outro lado, porém, afirmou que as Forças Armadas da Ucrânia estão “em plena prontidão para o combate”.
Na prática, acumulam-se as notícias de deserções de agentes do governo de Kiev para o lado dos separatistas. Além disso, a Rússia ameaça com uma intervenção militar, caso a Ucrânia volte a empregar tanques e artilharia contra os insurgentes. Na capital regional Slaviansk, desponta esperança para os inspetores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em poder dos separatistas desde a última sexta-feira: ao que tudo indica, eles não mais insistem na troca dos reféns por companheiros seus, presos por Kiev.
“Nós estamos em bom diálogo, mas não acho que uma libertação já possa ocorrer hoje ou amanhã”, declarou Vyacheslav Ponomaryov, autoproclamado “prefeito do povo” de Slaviansk, segundo o jornal alemão Bild. O presidente russo, Vladimir Putin, também afirmou que se empenharia para que os inspetores possam deixar a região ilesos.
No entanto, Ponomaryov nega qualquer influência do chefe de Estado ou mesmo contato com o Kremlin. Entre os funcionários da OSCE sequestrados, quatro são alemães: um é tradutor-intérprete, outros três trabalham para as Forças Armadas nacionais. AV/dpa/rtr/afp
Rebeldes ocuparam prédios administrativos e da polícia em Horlivka, a 40 quilômetros de Donetsk. Presidente da Ucrânia diz que Forças Armadas estão em alerta total.
Cerca de 20 ativistas pró-russos fortemente armados e vestindo uniformes militares sem identificação tomaram nesta quarta-feira (30/04) o controle de prédios da administração local e da polícia na cidade de Horlivka, no sudeste da Ucrânia, elevando o controle dos separatistas sobre a região industrial de Donbas, no leste do país.
Grupos separatistas já haviam bloqueado a sede da polícia no início de abril, mas nesta quarta-feira tomaram efetivamente o controle da divisão policial e dos prédios administrativos, declarou um oficial à agência de notícias Reuters. Horlivka, com cerca de 300 mil habitantes, encontra-se 40 quilômetros ao norte de Donetsk, cidade onde separatistas falantes do russo declararam uma “República Popular” e planejam um referendo sobre a secessão em 11 de maio.
Cidades da região de Donbas – uma área rica em carvão e ferro na fronteira com a Rússia, onde as fundições de aço são responsáveis por cerca de um terço da produção industrial da Ucrânia – têm sido ocupadas por rebeldes pró-Rússia desde 6 de abril. Nesta terça-feira, a cidade de Lugansk também caiu nas mãos dos separatistas.
Diante dos novos acontecimentos, o presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turtchinov, afirmou que as Forças Armadas do país estão em “alerta total” para uma possível invasão das tropas da Rússia estacionadas junto à fronteira. “As nossas Forças Armadas estão em alerta de combate total”, disse. “A ameaça de a Rússia iniciar uma guerra contra a Ucrânia continental é real”, acrescentou. RCC/rtr/lusa/ap/rtrd
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