Explorador americano Barry Clifford diz ter localizado restos da caravela Santa Maria, de Colombo
Barry Clifford é especializado em investigações submarinas e descobriu uma caravela submersa na costa norte do que hoje é o Haiti.
“Todas as evidências geográficas, topográficas e arqueológicas sugerem que os destroços são da Santa Maria“, disse Clifford. Juntamente com as caravelas Nina e Pinta, a Santa Maria foi usada por Colombo na expedição de 1492, em que ele explorava as ilhas do Caribe em busca de uma passagem para a Ásia. Era a maior embarcação das três, com 36 metros de comprimento.
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O explorador americano Barry Clifford diz ter “fortes indícios” de que encontrou os destroços da caravela Santa Maria, usada por Cristóvão Colombo em sua famosa expedição que o levou a descobrir a América, no fim do século 15.
Edição: Alexandre Schossler - Data 14.05.2014 - © 2014 Deutsche Welle
Exploradores afirmam ter achado o que restou da nau usada por Colombo para chegar à América, mais de 500 anos depois do naufrágio. Mas especialistas se dizem céticos.
Destroços da nau Santa Maria, usada por Cristóvão Colombo há mais de 500 anos para chegar à América, podem ter sido encontrados na costa do Haiti, segundo anúncio feito por um grupo de pesquisadores nesta terça-feira (13/05).
Nesta quarta-feira, os cientistas devem participar de uma entrevista coletiva em Nova York para esclarecer detalhes sobre a descoberta, que, se confirmada, teria grande importância em termos arqueológicos.
Os restos que seriam da caravela foram achados na costa norte do Haiti, na região onde Colombo disse que o navio havia encalhado, segundo o explorador americano Barry Clifford, que liderou as buscas.
A Santa Maria foi uma das três embarcações que saíram da Espanha em 1492 em busca de uma rota mais curta para a Ásia e chegaram à América. Depois de chegar às atuais Bahamas, a Santa Maria se chocou contra um recife, razão pela qual foi abandonada.
Juntamente com as caravelas Niña e Pinta, a Santa Maria foi usada por Colombo na expedição de 1492, em que ele explorava as ilhas do Caribe em busca de uma passagem para a Ásia. Era a maior embarcação das três, com 36 metros de comprimento.
A caravela foi perdida na viagem, ao encalhar em um recife próximo ao atual Haiti no dia de Natal, pouco antes de Colombo retornar à Espanha. Colombo ordenou aos marinheiros que construíssem um forte com o material da embarcação, antes de retornar com as demais caravelas, Niña e Pinta, à Espanha. Conhecido como La Navidad, o forte estava destruído quando Colombo o reencontrou ao voltar para a ilha onde hoje fica o Haiti, que recebeu o nome de Hispaniola.
De acordo com Clifford, os possíveis restos da nau haviam sido encontrados e fotografados por ele em 2003. Depois de 11 anos, no início deste mês, o grupo voltou ao local e cruzou as fotografias com dados históricos. Clifford acredita ter agora provas suficientes de que os restos seriam mesmo da caravela que afundou em dezembro de 1492. Uma das evidências apontadas é a presença de um canhão característico da época do navegador, que foi fotografado em 2003, mas não estaria mais no local.
“Todas as evidências geográficas, a topografia do fundo do mar e as evidências arqueológicas sugerem fortemente que se trata do famoso navio principal de Colombo”, disse o pesquisador.
Para encontrar a Santa Maria, o grupo baseou-se no diário do navegador, além da localização do forte. Para avançar nos estudos, que exigem ainda uma escavação no local, o pesquisador americano solicitou ao governo que faça a proteção da área onde se encontram os restos da nau.
Cientistas, no entanto, dizem ser ainda muito cedo para qualquer confirmação sobre a veracidade da descoberta. “As evidências, como se pode imaginar, não serão muitas, passados mais de 500 anos, devido ao tempo e ao ambiente em que o sítio arqueológico está”, afirmou o arqueólogo marítimo Roger Smith.
De acordo com Kevin Crisman, diretor do Centro de Arqueologia Marítima e Conservação da A&M University, no Texas, muitos navios espanhóis afundaram na região do Haiti e da República Dominicana naquela época. “Se for mesmo a Santa Maria, será como ter encontrado o Santo Graal. Seria muito emocionante, mas permaneço cético”, afirmou.
Clifford, de 68 anos, é um dos mais experientes arqueólogos submarinos, tendo trabalhado há quase quatro décadas na área. Em 1984, foi o primeiro estudioso a encontrar os restos de um navio pirata, o Whydah.
BWS/afp/ap/lusa
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