Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Historias de Maldek – Jaffer Ben-Rob da Terra – Parte 5, Final.


 JAFFER BEN-ROB da TERRA – Parte V, Final.  Historias de Maldek, da Terra e do sistema solar.
 Antes que o povo de meu mundo (MALDEK) os apunhalasse com o garfo da ilusão, os Elohim tocaram suas harpas de fogo e cantaram a beleza de seu mundo e da sua devoção ao plano divino do Criador de Tudo Aquilo Que É.
Que o véu que fizemos cair sobre suas mentes e almas seja em breve erguido e tirado de vocês para sempre pelo vento (LUZ) que está agora se elevando das profundezas da eternidade (desde o SOL CENTRAL da galáxia).  Sou Tob‑ Vennit de Maldek.”
Traduzido do Livro “THROUGH ALIEN EYES – Através de Olhos Alienígenas”, escrito por Wesley H. Bateman, Telepata da FEDERAÇÃO GALÁCTICA, páginas 155 a 194. JAFFER BEN-ROB DA TERRA – Parte V e Final
Tradução, edição  e imagens: Thoth3126@gmail.com
JAFFER BEN-ROB, nas PLÊIADES, VIVENDO no planeta MOLLARA
Antes de prosseguir com minhas recordações de vidas passadas experienciadas na Terra, falarei brevemente de minha vida atual. Como contei anteriormente, sou atualmente o advogado chefe de comércio da casa de comércio nodiana de Cre’ator. Meus deveres são, em sua maior parte, diplomáticos, pois mercadorias entram e saem deste mundo a cada 43 dos anos terrestres, aproximadamente. Chefio uma equipe de seis pessoas: um vitroniano, dois alperianos e três simms. O vitroniano e os alperianos são nativos do sistema solar/estelar SOST, o sistema solar natal dos nodianos.para o povo do planeta Simm.
Acima: A estrela/Sol POLARIS, popularmente conhecida como Estrela Polar, é a estrela mais brilhante da constelação chamada Ursa Menor. Esta estrela é o SOL SOST, onde esta situado o PLANETA NODIA. A estrela POLARIS/SOST é uma das estrelas pertencentes a constelação da Ursa Menor que no correr dos séculos vem sendo usada na Terra para nortear os navegantes, desde os tempos das descobertas de Colombo e Cabral, pois é uma estrela fixa, a que determina o NORTE. A estrela apontada como Polaris-A é o SOL SOST, que é orbitado pelo planeta NODIA e Polaris-Ab seria o radiar AMPT, onde orbita o planetóide VITRON, cerca de 84 vezes MAIOR do que a Terra… Vistos da Terra a proximidade de ambos (SOST e o Radiar AMPT) faz com que os nossos astrônomos pensem que sejam um sistema de sóis duplo. Créditos da foto: NASA, ESA, HUBBLE Space Telescope-N.Evans e H.Bond.
Quanto mais nos distanciamos do sistema Sost, menos nodianos e outros nativos de Sost encontramos estabelecidos na casa de comércio nodiana, ou em cargos na Federação. Os sistemas solares mais próximos do sistema Sost foram, claro, os primeiros a ser visitados pelos nodianos. Portanto, o povo desses sistemas eram apresentados mais cedo à tecnologia nodiana e estavam também entre os primeiríssimos a receber ofertas de associação com a Federação. Logicamente, pode‑se dizer que existe apenas certo número de nodianos para atender a todos, e eles não podem estar fisicamente em todos as partes ao mesmo tempo. Atualmente, os Senhores de Planejamento não‑nodianos de casas de comércio superam em número os nodianos nos mesmos cargos na proporção de vários milhares para um. Muitos dos Senhores de Planejamento não‑nodianos baseados em diferentes partes do universo nunca puseram os olhos num nodiano físico.
Em seu planeta natal, cerca de 80% dos nodianos (de uma população de cerca de dois bilhões) estão totalmente envolvidos em atividades na casa de comércio ou na Federação. No entanto, esses nodianos representam apenas cerca de 25% dos seres de ou­tros mundos que vivem em Nodia que ocupam os mesmos cargos. As casas de comércio e a Federação contam com um incontável número de Senhores de Planejamento, com todo o seu conhecimento e recursos individuais, para telepaticamente fazer com que as atividades se desenvolvam de forma mais tranqüila e diplomática humanamente possível. Pode‑se comparar esse sistema a uma Internet mental, só que nesse caso os cérebros humanos substituem o computador e as informações são armazenadas em ROMs mentais, não no que vocês chamam de CD‑ROMs. Como vêem, a atual tecnologia da Terra está se desenvolvendo naturalmente nesse sentido.
Minha filha Barla de minha primeira vida (e desta vida também) vive no planetaMollara; é casada com um homem de nossa raça e tem três filhos. Alfora (seu marido) nunca perdeu sua paixão pelo cultivo de coisas. Ela passará os próximos quatro meses simms (com cerca de 36 anos terrestres cada um) em suas estufas, pois o inverno, trazendo neve e chuva à nossa localização planetária, começará muito em breve.
Acrescentarei também que a maioria das pessoas da Federação ignoram o fato de que o planeta Maldek explodiu. A maioria dos que têm conhecimento disso não conseguiriam lhes dizer quando ele se destruiu, nem onde se localizava. Devido ao interesse atual da FEDERAÇÃO GALÁCTICA e aos do Lado NEGRO na Terra, cada vez mais gente de outros mundos procuram saber o que podem sobre Maldek e a Terra. Estão especialmente interessados nas novas realidades espirituais que estão se manifestando na Terra. Sinto‑me orgulhoso pelo fato de que a mais elevada forma de consciência espiritual decretou que meu mundo natal de Sarus (Terra) será o lugar onde essas novas realidades espirituais entrarão no plano de existência tridimensional.
Atualmente, tenho 108 anos terrestres de idade. Todas as minhas outras vidas ocorridas antes de minha vida atual se passaram na Terra durante épocas em que os seres humanos e outras formas de vida do planeta estavam em estágio de involução ou evolução. A vida anterior à minha vida atual se encerrou na América no ano de 1862, quando eu tinha 22 anos de idade. Posso recordar inúmeras vidas primitivas nas quais testemunhei luzes estranhas atravessando o céu e mesmo épocas em que nós, de raciocínio limitado, pensávamos que essas coisas eram as cabanas voadoras dos deuses criadores do vento, da chuva, do trovão e dos relâmpagos.
Nunca vivera durante uma época em que a Barreira de Freqüência estivesse fraca o bastante para permitir aos seres humanos do planeta se comunicarem telepaticamente uns com os outros ou com extraterrestres. De fato, houve muito poucas eras douradas como aquelas experienciadas e descritas pelo marciano Senhor Sharmarie, Trome, do radiar Sumer/Saturno, e Thaler, do radiar Trake/Netuno.
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Em vez de relatar a vocês (como muitos outros talvez fizessem) como era assustadora e miserável uma vida primitiva com poderes limitados de raciocínio, contarei a vocês algumas de minhas vidas terrestres passadas em culturas que vocês poderiam reconhecer, culturas que poderiam ser descritas (até certo ponto com exatidão) nos registros escritos históricos atuais da Terra. Sendo um psíquico nativo da Terra, existe sempre uma grande possibilidade de que depois de minha próxima morte eu possa outra vez nascer na Terra. Se eu renascer na Terra em alguma época futura, esperemos que a Barreira de Freqüência tenha se dispersado totalmente e os seres do Lado Sombrio da vida tenham perdido o interesse no povo e nos recursos do planeta.
MOSH, DA IDADE DO FERRO
O nome de minha mãe era Derme e o meu era Mosh. Nunca conheci, nem encontrei meu pai. Nasci cerca de 723 a.C. na região que fica agora no centro‑norte da Polônia. Minha mãe me teve com a idade de 12 anos. Ela ficara órfã dois anos antes de meu nascimento, quando seus pais morreram em conseqüência de um inverno muito rigoroso. Até que minha mãe daquela vida morresse com a idade de 16 anos, eu e ela morávamos com uma mulher idosa chamada Merp. Quando uma mulher solteira daquela época morria deixando filhos muito novos, as crianças eram em geral sufocadas e enterradas com a mãe. Merp impediu que eu tivesse esse destino. Eu me chamava Mosh porque esta foi uma das primeiras palavras que aprendi a falar e a dizia constantemente.
Em nossa língua, “mosh” significava “comer”. Merp e eu sobrevivemos cultivando de uma pequena horta e pescando no lago próximo. Às vezes, pescadores e caçadores de nosso povoado de 30 famílias nos forneciam peixes e coelhos como pagamento pelo conserto de suas redes de pesca ou pela confecção, torcendo vários materiais, de linhas e cordões. As peles de animais eram usadas para nos manter aquecidos no inverno. Tínhamos sorte de ter uma casa de madeira de um cômodo que fora construída pelo marido de Merp, que morreu antes de eu nascer. Seu casaco de peles me cobria nas longas noites de inverno e eu o usava quando fiquei grande o bastante.
Com a idade de oito anos, alguns homens sem filhos do povoado me procuraram para ajudá‑los com suas armadilhas para animais e a pescar e caçar. Merp não aceitou imediatamente suas ofertas de me empregar, sabendo que quando eu crescesse e ficasse maior poderia cuidar de mim mesmo e sustentá‑la, ou exigir maior pagamento de qualquer futuro empregador. Sua estratégia sensata deu certo; nossos suprimentos de alimentos cresceram quando alguns dos homens do povoado passaram a usar comida para influenciar Merp em sua competição por meus serviços. É engraçado recordar que mesmo depois de eu estar grande o suficiente para começar a caçar e pescar sozinho, a cesta de comida de Merp, que ela mantinha do lado de fora, na entrada de nossa casa, era, por força do hábito, enchida de vez em quando por um caçador de coelhos de passagem.
Quando atingi a idade de 13 anos, Merp ficou muito doente e morreu. Fiquei na casa. Passava a maior parte de meu tempo livre na companhia dos homens do povoado, falando sobre caça e pesca. Certo dia, depois de voltar de uma excursão de caça infrutífera, meus três companheiros e eu encontramos o povoado repleto de estranhos. Traziam armas que depois descobri serem feitas de ferro. Nós, do povoado, tínhamos conhecimento do metal, mas não conseguíamos enxergar o uso prático dele. Nossos anzóis de pesca, pontas de flechas, pontas de lanças e os machados eram feitos de pedra, osso, chifre e pederneira.
O líder dos estranhos se chamava Torge. Estávamos todos boquiabertos pelo fato de alguns estranhos andarem no lombo de cavalos. Eu tinha matado cavalos selvagens muitas vezes com flechas e depois os comido, mas nunca pensara em capturá‑los e sair por aí no seu lombo. Torge e seus homens não falavam nosso idioma, mas depois de algumas horas conseguiram transmitir com gestos de mão que queriam que todos do nosso povoado arrumassem suas coisas e fossem embora com eles. Foram necessários vários dias para nos convencer de que corríamos algum tipo de perigo e que deveríamos nos juntar a eles para nos defendermos mutuamente. Apenas quatro famílias e eu concordamos em ir com Torge. Na época, pensei que sempre poderia voltar se as coisas não corressem a meu gosto. Torge e seus homens estavam muito aborrecidos por não terem transmitido a urgência de sua mensagem a mais gente de meu povo. Eles resmungavam e balançavam a cabeça decepcionados.
Depois de uma semana de viagem na direção norte, chegamos à terra de Torge e seu povo. O lugar era uma cidade fortificada com mais de cem casas e edifícios de troncos. As fortificações (muros) eram construídas de troncos de madeira. No interior dos muros havia rampas feitas de barro e pedras. As ruas da cidade eram construídas de troncos, sendo os espaços entre eles preenchidos com barro e pedras. Logo depois de minha chegada em Bratel, descobri por que as ruas tinham sido construídas com troncos. O povo de Torge tinha carros puxados por cavalos e era a primeira vez que eu via uma roda, algumas partes das quais eram feitas de ferro. Para toda parte que eu olhava, via algo feito, seja em parte, seja totalmente de ferro, tais como utensílios de cozinha, dobradiças de portas e armas. Calculei que cheguei em Bratel no outono do ano de 707 a.c. , quando tinha cerca de 16 anos. Tinha de encontrar meu próprio abrigo. Depois de andar pela cidade um pouco, cheguei a uma área em que vários homens trabalhavam numa fornalha. Foi com esses homens que encontrei um lugar para morar e trabalhar durante muitos anos durante naquela vida.
Fui empregado primeiro para escavar e carregar minério de ferro em carroças, a seguir levava a carga de volta para a fornalha, onde o minério era derretido e confeccionado em toda sorte de objetos. Os que trabalhavam com ferro eram pagos com casa, comida e roupas por Torge e seu pai Nort, que era considerado o chefe da cidade. O ferro e objetos feitos de ferro eram considerados sinal de riqueza. Também derretíamos cobre e latão, criando uma liga de bronze razoavelmente boa.
Descobri que Torge e seu pai procuravam mais gente para se reunir a eles para fazer frente à ameaça de invasores bem armados vindos do sul e ajudar a proteger sua fortaleza. Com o passar do tempo, gente de outras regiões vieram para Bratel, e ela cresceu para mais de 600 casas. A maioria dessas novas casas eram construídas fora dos muros defensivos da cidade. A reconstrução dos muros da cidade de forma a proteger esses novos moradores estava sempre nos planos, mas devido à extensão do trabalho e ao material necessário, a tarefa nunca foi totalmente realizada. Um ano depois de eu ter começado a trabalhar na fornalha em Bratel, tomei um esposa de 13 anos chamada Sata. O preço que paguei ao pai dela foi um porco, dois cães, uma panela de ferro (com cabo) e uma pá de ferro. Foi um dos melhores negócios que fiz em toda aquela vida. Tivemos dois filhos, que chamamos Ethbo e Rish.
Torge e o pai Nort faziam um bom negócio com a fabricação e comercialização de artigos de cobre e bronze na forma de jóias e imagens de animais, considerados detentores de poderes mágicos. Certo dia, um homem de maneiras muito estranhas, que chegara recentemente, trouxe à fornalha um minério muito salpicado de um metal amarelo brilhante. Conseguimos separar o metal (que vocês chamam ouro) do minério (ouro elementar tem um ponto de fusão de 1063° C). Chamamos o metal brilhante de tur. O homem nos mostrou o local onde encontrara o ouro; ficava bem próximo de nossa maior jazida de cobre. Esse homem disse que seu nome era Arbel e que era de uma terra distante ao sudeste, sendo um refugiado da guerra que assolava sua terra natal e fora causada pela dispersão do povo e o recuo dos exércitos, que batalhavam na terra que vocês agora chamam de Assíria. A guerra durou mais de uma década.
O auge do Império Assírio
Fiquei sabendo muitas coisas de Arbel. Primeiro, ele era assírio por parte de pai, mas o povo de sua mãe viera de uma terra bem ao sul. Ele chamava o lugar “onde o mundo começa.” Sei agora que o lugar é atualmente chamado EgitoArbel disse que se lembrava das histórias da mãe sobre belas construções e montanhas de pedra existentes no local de nascimento dos pais dela. Arbel também nos contou que em sua terra natal, e em muitas terras das quais ouvira falar, tur (ouro) era muito valioso e se uma pessoa tivesse bastante dele poderia usar roupas refinadas e nunca mais ter de caçar e pescar para si mesmo. Ele também nos disse que os governantes de algumas terras usavam anéis e braceletes de ouro e também anéis nas cabeças. Disse que alguns dos anéis de cabeça eram adornados com pedras coloridas que brilhavam muito à luz do Sol, pedras que eram também muito valiosas para o povo dele. Perguntou‑me se eu já vira tais pedras perto da cidade de Bratel.
Quando respondi que não, ele disse: “Mosh, algum dia você e eu devemos procurar algumas. Podemos levá‑las à minha terra natal, vendê‑las e usar anéis de ouro em nossas cabeças.” Todos riram. Arbel aparecia todo dia e ficávamos sentados enfeitiçados na fornalha enquanto ele contava as histórias e lendas de seu povo. Falou‑nos de um tempo em que a Terra foi coberta de água e um homem salvou sua família e todos as espécies de animais colocando‑os num grande barco até que a água baixasse. As histórias que mais me interessavam e fascinavam eram as dos deuses dos céus que tinham visitado seu povo no passado distante e ainda ocasionalmente sobrevoavam sua terra natal. Quando nos contou que os deuses do céus voavam em grandes casas de metal maiores do que toda a cidade de Bratel, seus ouvintes ficaram céticos sobre se ele estava dizendo a verdade.
O chefe de nosso grupo, Ock, depois de ouvir sobre as casa de metal voadoras dos deuses do céu, falou: “Se existem essas casas de metal que voam pelo céu como aves, então devem ser feitas de ferro macho.” Ock raramente dizia algo, mas quando o fazia, os que trabalhavam com ele prestavam muita atenção. “Perguntei: “Como pode ser isso? Se colocamos ferro na água, ele afunda, não paira no ar.” Ock, com ar muito sábio, respondeu: “Há duas formas de ferro. Um tipo que é fêmea e outro que é macho. O tipo de ferro macho anda sozinho e a uma certa distância se liga ao tipo de ferro fêmea. Nós, que trabalhamos aqui na fornalha trabalhamos somente com ferro fêmea. Esperem aqui que vou em casa pegar um pouco de ferro macho. Vocês vão ver que eu sei e posso provar que o que disse é verdade.”
Menos de 20 minutos depois, Ock voltou com uma pequena bolsa de couro de cabra. Esvaziou o conteúdo da bolsa no chão à nossa frente. Havia dois pedaços de ferro que pareciam estar ligados (um dos pedaços estava magnetizado). Cada um de nós tentou separar os dois pedaços. Conseguimos, mas nos divertimos vendo os dois de reunirem. (Lembrem‑se, estávamos num grupo de homens e então riamos e fazíamos comentários sexuais que achávamos muito engraçados.) Pegamos vários pedacinhos de ferro fêmea e os dispusemos ao redor do ferro macho para ver se o pedaço de ferro macho gostava de um pedaço de ferro fêmea mais do que dos outros.
No final da demonstração de Ock todos acreditávamos na existência dos deuses do céu de Arbel e concordávamos totalmente que eles voavam pelo céu em casas feitas de ferro macho. Ock nos disse que descobrira esse pedaço de ferro macho há muitos anos, antes de vir morar em Bratel. Daquele dia em diante, não se passou um dia sem que alguém aparecesse e pedisse para Ock mostrar dois pedaços de ferro fazendo amor. Ele acabou por fazer com que Arbel recebesse os barulhentos visitantes e lhes contasse a história dos amantes de ferro e também que os amantes de ferro estavam dormindo e não acordariam durante vários meses.
Arbel veio ter comigo com um plano de reunir o máximo de ouro refinado que pudéssemos (pelo menos uma carroça grande), ir para sua terra natal e viver vidas maravilhosas e despreocupadas dali por diante. Quando ele incluiu a possibilidade de que pudéssemos ver ou encontrar os deuses dos céus, concordei com seu plano. Também concordamos que precisaríamos de montanhas de ouro, uma carroça e alguns cavalos. Planejamos viver da terra durante nossa viagem. Sabíamos que talvez levássemos muito tempo para nos preparar para a viagem. Daquele dia em diante, nunca paramos de falar sobre a viagem, o que faríamos e como viveríamos quando chegássemos a nosso destino.
Uma coisa em que Arbel pensou foi ensinar tanto minha mulher Sara como eu a falar seu idioma nativo. Surpreendi Arbel várias vezes ao usar palavras assírias que ele nunca me ensinara. Eu, de algum modo, conhecia essas palavras e seus significados. Era como se eu falasse assírio minha vida toda. Toda vez em que eu falava com alguém sobre os deuses do céu, ficava muito agitado. Sonhava com eles vindo e me levando para a terra de pirâmides gigantes. Nesses sonhos eu subia pelas laterais brancas polidas das pirâmides e escorregava nelas repetidas vezes para os braços de pessoinhas negras risonhas. A mente fértil de Arbel nunca parava de planejar. Ele apresentou os deuses de sua terra natal ao povo de Bratel para criar um novo mercado para ídolos e amuletos mágicos. Quem quisesse um de seus leões ou touros alados com cabeça de homem ou mulher podia comprar um por certa quantidade de ouro. Minha mulher Sata fazia esses objetos de barro cozido e meus filhos a ajudavam a pintá‑los.
Ock achava que éramos tolos. Ele conhecia bem ouro e como fundi‑lo e moldá‑lo em jóias e coisas assim. Aprendera isso na juventude ao aprender o ofício de metalurgia em sua terra natal (que eu acredito ser agora chamada Bulgária). Ele admitia que o metal era bom de se olhar, mas inútil quando comparado com ferro e bronze. Torge e seu pai Nort compartilhavam os sentimentos de Ock e, no início, não atrapalhavam nossa atividade extra. Seus sentimentos acabaram por se modificar.
Arbel ensinou várias pessoas a garimpar os riachos à procura de ouro, usando bateias de ferro e tigelas rasas de barro que, a princípio, ele fornecia de graça e, posteriormente, cobrava. À medida que os garimpeiros de ouro se tornavam peritos, cada vez mais o ouro se tornava parte das vidas do povo de Bratel, e ele começou a usá‑lo como moeda. Quando chegou a um ponto em que a pessoa podia trocar com seu vizinho uma pequena quantidade de ouro (na forma de um anel de ouro) por um objeto mais pesado de ferro ou bronze, as coisas começaram a ficar pretas, por assim dizer.
Nort e Torge começaram a ficar muito bravos quando perceberam que sua riqueza (na forma de ferro e bronze) e seu negócio de fabricação de artigos feitos desses materiais estavam se desvalorizando, tornando‑se menos lucrativos. Para evitar a ruína total, proibiram Ock de fundir qualquer minério que contivesse ouro. Mas isso não o tirou de circulação. Com o tempo, ocorreu a Nort e Torge que era Arbel e eu que originalmente incutíramos o desejo do ouro em lugar do ferro na cabeça do povo da cidade. Certa tarde de inverno, Nort e um Torge armado de espada vieram à fornalha.
Torge gritou conosco, brandindo sua espada no ar. Sentei‑me num canto com a cabeça abaixada, esperando por um golpe fatal. Arbel caiu de joelhos diante deles e rezou alto para seus deuses. Depois de certo tempo, Arbel ergueu as mãos e falou rapidamente. Suas palavras fizeram Torge parar de gritar e de brandir sua arma. Arbel permaneceu sentado no chão e falou suavemente aos dois beligerantes, que agora pareciam estar escutando‑o atenciosamente. Arbel chamou meu nome e fez sinal para que eu me juntasse ao círculo.
Uma vez mais, os costumes da terra natal de Arbel se mostraram úteis, e nesse caso impediram que Arbel e eu fôssemos feitos em pedaços. Ele apresentou Nort e Torge ao conceito de impostos. Ele simplesmente observou que todos os adultos poderiam ser taxados como se fazia em sua terra natal. Ele também disse para que para tornar o ferro outra vez mais valioso do que o ouro, as pessoas deveriam pagar seus imposto com certo peso de ferro refinado, ou em ouro com duas vezes o peso do ferro. Esse procedimento acabaria por exaurir o suprimento limitado de ouro em circulação e qualquer quantidade que ainda restasse nos riachos das redondezas. Para forçar as pessoas a pagar os impostos, seriam avisadas de que se deixassem de fazê‑lo, seriam expulsas da cidade para o campo para perecer. O inverno era mais propício para falar ao povo da cidade sobre impostos e a penalidade por não pagá‑los.
Arbel convenceu Nort e Torge que quando todo o ouro estivesse fora de circulação e no tesouro, ele e eu iríamos embarcar o metal inútil em uma carroça e levá‑lo para longe para um lugar onde nunca mais seria um problema para eles. Nort e Torge eram homens sensatos daquela época, mas não (como vocês diriam) cientistas espaciais. Certamente não eram páreo mental para Arbel. Estavam desesperados, então concordaram em encarregar Arbel e a mim do recolhimento dos impostos do povo de Bratel. Pela força das armas acabamos por recolher tributo para eles de povoados localizados a mais de 160 quilômetros de sua capital, que estava cada vez maior. Nunca fui com Arbel em suas incursões no campo. Arbel, o sonhador de muita grandiosidade, tornou‑se impiedoso e implacável em sua busca de ouro.
Dentro de cerca de seis anos, todo o ouro que fora encontrado em mais de 20.700 quilômetros quadrados ao redor da cidade de Bratel estava no tesouro de Nort e Torge. Durante esse período, Nort morreu e Torge adquiriu gosto pelo ouro e por artigos feitos dele. Arbel viu que seu plano de levar o ouro que recolhêramos para sua terra natal se transformar em pó.  Torge tinha uma irmã viúva de nome Olma, que tinha um filho chamado Retvo. Tanto Olma como Retvo moravam com Torge e sua mulher Carma. O casal nunca tivera filhos que atingissem a puberdade. Retvo cresceu aos cuidados de Arbel e o acompanhava em muitas de suas campanhas militares e missões de recolhimento de impostos. Certa manhã, a cidade recebeu a notícia de que Torge morrera à noite e que Retvo era agora o cabeça da cidade.
Três dias depois Arbel, minha família e eu supervisionamos o carregamento de três carroças grandes (com cerca de 3,6 metros de comprimento) com cerca de 75% do ouro do tesouro da cidade. Cada uma dessas carroças era puxada por seis cavalos. Três outras carroças puxadas cada uma por dois cavalos levavam comida e outras necessidades. Arbel planejara bem nossa partida, pois era verão e não tínhamos de lutar com a lama. Calculamos que levaríamos entre dois e três anos e meio para chegar à terra natal de Arbel. Conosco foram 15 homens (guardas) juntamente com suas mulheres e vários filhos.
Viajando para o sul, chegamos ao povoado em que nasci. Fora incendiado totalmente pelo coletores de impostos de Arbel há vários anos. Foi então que percebi quantas pessoas tinham sofrido e morrido para encher nossas três carroças de ouro. Tínhamos de evitar os povoados visitados pelas tropas de Arbel no passado para que os moradores sobreviventes não se vingassem de nosso pequeno grupo. Por mais de um ano, durante nossa jornada, fomos perseguidos por três arqueiros invisíveis que atiravam três flechas ao mesmo tempo em nosso grupo quando estávamos nos deslocando ou acampados. Esses ataques podiam ocorrer diariamente ou com intervalos de até quatro dias. Às vezes alguém de nosso grupo, um cavalo ou gado era morto ou ferido pelas flechas vindas do nada. Logo aprendemos a comer ou queimar nosso gado de modo que nossos inimigos não pudessem comer suas carcaças. Muitas vezes, nos embrenhamos nas florestas para procurar e confrontar os fantasmas, mas nunca encontramos o menor vestígio deles.
Os cavalos andavam às vezes em fila indiana em trilhas estreitas. Isso às vezes fazia com que as cordas que puxavam as carroças roçassem em seus flancos, provocando feridas que acabavam por aleijá‑los. Acabamos por nos arreiar às carroças. Mantínhamo‑nos atentos à procura de cavalos selvagens para substituir os que perdíamos devido a dificuldades ou flechas. Como não conseguisse capturar nenhum, Arbel sugeriu que pilhássemos os povoados para obter cavalos e suprimentos, levando humanos cativos como escravos. Foi o que fizemos, e nossas carroças de ouro se deslocaram para o sudeste. Depois que nossas fileiras aumentaram de tamanho, as flechas misteriosas concentraram sua pontaria nos cavalos e gado restantes, e naqueles de nós que estiveram espreitando havia meses.
De repente, os ataques cessaram temporariamente por cerca de seis semanas. Nossos adversários tinham se deslocado bem à frente de nós para cavar e ocultar poços na trilha e preparar avalanches de pedras que poderiam provocar quando estivéssemos em posição vulnerável. As avalanches eram indiscriminadas e mataram muitos dos que escravizáramos. Meu filho mais novo Rish foi morto por pedras que caíram. Minha mulher estava emocionalmente devastada e desapareceu do grupo com meu filho mais velho Ethbo. Arbel tentou me consolar dizendo que minha parte do ouro me compraria mil mulheres em sua terra natal. Não aceitei de modo algum essa tentativa de consolo. Os batedores que enviávamos para procurar poços e outros perigos normalmente nunca voltavam. Ninguém queria a tarefa de batedor.
Quando chegávamos a um rio aprendêramos a explorar a área para determinar se realmente estávamos atravessando o rio ou sem saber nos colocando entre dois braços, o que, claro, significava que teríamos de cruzar o rio duas vezes. Nos rios tínhamos de descarregar e carregar o ouro em nossas costas. Isso levou à decisão de carregar os cavalos e escravos com o ouro e abandonar os carroças. Para fazer esse plano funcionar, precisávamos de mais cavalos e/ou escravos. Quando o inverno chegou, construímos vários abrigos de troncos. Não tínhamos comida para dar aos cavalos, então os comemos e então comemos os escravos. Na primavera seguinte, restavam cinco de nós vivos (todos homens). Dormíamos separados e bem armados, por razões muito óbvias.
Certa manhã clara de primavera, estávamos sentados em nossa pequena montanha de ouro quando veio uma flecha de lugar nenhum e entrou na garganta de Arbel, matando‑o instantaneamente. Mais duas flechas incandescentes puseram fogo nos telhados de nossas moradias. Da floresta veio o grito: “Tenny, por Tenny.” Esse grito foi seguido de risadas. Uma das vozes era de uma mulher. Os quatro de nós que restaram se separaram e seguiram seu próprio caminho. Fui em direção à cidade na qual se iniciara nossa jornada de terror, a cidade de Bratel. Deixamos para trás a montanha de ouro. Cheguei a Bratel no outono do ano seguinte. Encontrei minha mulher Sata e filho Ethbo morando com a família de sua irmã. O governante de Bratel ainda era Retvo, a única pessoa que ficara triste ao saber da morte de Arbel. Retvo também estava morrendo de alguma enfermidade desconhecida.
Minha mulher ficou feliz ao me ver e me contou a história de sua viagem de volta a Bratel. Dois dias depois de deixar nosso malfadado grupo, ela e meu filho encontraram os três arqueiros fantasmas, o marido idoso, mulher e filho. O filho da mulher Tenny fora morto durante uma das incursões de coleta de impostos de Arbel. Agiram exclusivamente por vingança. A parte seguinte da história dela me impressionou, mas sua mera presença em Bratel corroborou totalmente sua narrativa. Depois que se separaram dos arqueiros, viajaram para o norte, procurando os marcos familiares pelo quais passáramos durante nossa excursão ao sul. Certa noite, enquanto dormia, alguém veio até eles silenciosamente e a acordou cutucando‑a com o pé.
Acordou e viu um homem gigantesco acima dela. Ela disse que o homem falava assírio e lhe disse para não temê‑lo. Disse a ela e a meu filho para terem paciência e esperarem com ele um pouco. Ela me disse que o estranho vestia algo que lhe cobria a cabeça e o rosto, de quando em quando na região de seu rosto obscurecido, um pequeno anel de luz pulsava azul e então púrpura por um ou dois segundos. Cerca de 20 minutos depois, um objeto brilhante como uma estrela apareceu no céu. Esse objeto desceu e aterrissou nas florestas próximas.
Momentaneamente, produziu uma luz brilhante como o dia, que diminuiu gradualmente até se tomar apenas um brilho suave. Depois ela se lembra de ter acordado a cerca de 500 metros de Bratel. Tanto ela como nosso filho estavam vestindo sapatos e roupas coloridas novas de tecido muito leve. Ambos estávamos convencidos de que ela e meu filho tinham encontrado os deuses do céu de Arbel, que os trouxera de volta ao local de  sua infância. Ock acolheu‑me de volta para trabalhar na fornalha e, com o passar dos anos, pediu‑me para lhe contar nossa viagem para o sul com as três carroças de ouro. À certa altura, superei minha vergonha e lhe contei do canibalismo. Perguntou‑me se comêramos Arbel. Quando respondi que não, ele disse: “Ótimo, a carne dele teria envenenado seus corpos, como suas palavras envenenaram sua mente.”
Irrompeu um incêndio entre as casas que ficavam do lado de fora da fortificação original da cidade. Era verão e muitos de nós fomos em auxílio das pessoas cujas casas estavam queimando. Entrei numa casa que ainda não estava totalmente engolfada pelas chamas para ajudar uma mulher a retirar alguns de seus pertences. Uma estrutura mais alta próxima da casa desabou, caindo sobre a casa na qual eu estava. O impacto fez com que um ídolo de um deus assírio caísse de uma prateleira, atingindo‑me na cabeça. Tonto, caí no chão. Todos pensaram que eu havia saído da casa antes de ela também pegar fogo. Enquanto estava lá estirado sangrando e tentando respirar, percebi que o ídolo que me atingira era feito de ouro erepresentava o deus assírio do fogo. Nem mesmo tentei gritar por socorro. Morri intoxicado pela fumaça. Tinha cerca de 35 anos de idade.
Por ora deixo‑os com isto: não existem deuses risonhos que se divertem com as tristezas da humanidade. Ignorem os que falam por eles ou fingem manifestar tais coisas. Também julgo necessário dizer isso: os seres do estado aberto de consciência, inclusive eu mesmo, não são criaturas fugidias residindo em níveis superiores do campo vital universal, nem viemos de alguns universo paralelo, esvoaçando para lá e para cá no tempo. Este é o último bocado de força vital que gastaremos respondendo a tal besteira. Cortem‑nos, e nos ferimos e sangramos como vocês. Neguem‑nos exatamente as mesmas coisas que sustentam sua vida e morreremos.
Àqueles que pensam que não temos direito algum de corrigir suas falsidades e fantasias de modo que nossos testemunhos oculares tenham uma chance justa nas mentes dos que buscam a verdade, aviso-os, não nos façam seus inimigos, pois humilhamos muitos que quiseram bancar deus.  Enfim…  Sou Jaffer Ben‑Rob da Terra.
(Postado originalmente em 16 de Agosto de 2012.)
{n.t. – Enquanto bilhões de pessoas tem sua atenção fortemente voltada (induzida) sobre NIBIRU, alguns até fanaticamente, e discutem sobre seu retorno, suas profecias, as pretensas calamidades que vai provocar, etc, etc… Todos TÊM A SUA ATENÇÃO DESVIADA DE MALDEK (e Marduk/Lúcifer/Baal) E POUCOS OUVIRAM FALAR DE SUA HISTÓRIA, que tem grande influência e importância para nossa civilização e o final de ciclo que esta acontecendo agora no planeta Terra.}

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