Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Campo magnético da Terra está mais instável

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O Campo magnético da Terra está se tornando instável
O campo magnético da Terra, que nos protege da radiação solar e cósmica potencialmente perigosa, está gradualmente perdendo sua estabilidade. Não há necessidade de mudar-se para o subsolo ou construir colônias espaciais, ainda, porém as mudanças estão ocorrendo ao longo de milhões de anos.
Você pode supor que as bússolas sempre apontaram para o norte no ponto geográfico ATUAL, mas na verdade os pólos magnéticos têm trocado de lugar muitas vezes na história da Terra.
Tradução, edição e imagens:  Thoth3126@gmail.com
O campo magnético do planeta está se tornando menos estável. No passado distante, inverteu a direção a cada 5 milhões de anos, mas agora parece que ele faz isso a cada 200 mil anos.
Apresentado por Nic Fleming
Os cientistas que estudam o planeta já suspeitavam que essas “sacudidas” estão se tornando mais frequentes, e que o campo magnético era menos propenso a inversão dos pólos em um passado mais distante.
Agora, a análise mais detalhada das provas geológicas até à presente data sugerem que o campo se desestabiliza muito  devagar. Considerando que, no passado distante, ele inverteu a direção a cada 5 milhões de anos, ele agora esta mudando a cada 200 mil anos.
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O Coração da Terra é um núcleo sólido rodeado por rocha derretida (Crédito: Johan Swanepoel / Alamy)
O Campo magnético da Terra é alimentado pelo coração do planeta.No seu centro está um núcleo interno sólido rodeado por um núcleo externo de magma fluido, que é mais quente na parte inferior. Ferro quente sobe dentro do núcleo externo, então esfria e afunda. Estas correntes de convecção, combinados com a rotação da Terra, são as forças que geram um “geodínamo” que alimenta o campo magnético que protege o planeta dos raios cósmicos e solares.
A última grande reversão ocorreu a 781 mil anos atrás
Devido a mudanças de temperatura e fluxo de fluido, a força do campo magnético varia, e as posições dos pólos magnéticos norte e sul mudam.
Essas mudanças deixam vestígios nas rochas. Quando a lava arrefece e esfria, as partículas de óxido de metal no interior da rocha se tornam congeladas na direção do campo magnético prevalecente. Assim, os cientistas podem trabalhar as posições históricas dos pólos magnéticos, examinando e analisando amostras de lava.
Como resultado, já se sabe que houve cerca de 170 reversões dos pólos magnéticos durante os últimos 100 milhões de anos e que a última grande reversão aconteceu 781 mil anos atrás.
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O Campo magnético quando se inverte deixa vestígios do fluxo de campo nas rochas antigas.
Então, estariam essas inversões se tornando mais ou menos comuns? Em teoria, isso depende do que está acontecendo com o núcleo da Terra.
Os investigadores acreditam que o núcleo interno está crescendo lentamente, na medida em que o núcleo externo resfria e se solidifica. Isso deve significar mudanças mais freqüentes. Simulações fetuadas por Gary Glatzmaier e seus colegas da Universidade da Califórnia, na cidade de Santa Cruz, sugerem que um núcleo interno maior seria mais um obstáculo para correntes no núcleo externo, deste modo produzindo um campo magnético mais instável.
Mas é difícil de verificar isso, porque em rochas mais antigas a prova da direção do campo magnético é menos bem preservada. Por isso Toni Veikkolainen da Universidade de Helsinki, na Finlândia, reuniu uma faixa de dados existentes a partir de amostras de rocha entre 500 milhões e 3 bilhões de anos de idade.
Primeiro, Veikkolainen eliminou todos os dados menos confiáveis. Por exemplo, ele rejeitou todas as amostras contendo hematita, porque ela pode se formar um longo período de tempo após o resto da rocha, levando a confusão de dados.
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A magnetosfera da Terra, um campo protetor contra as radiações cósmicas e solares.
Ele também deixou de fora rochas de resfriamento lento como o granito, e jogou fora as amostras que foram conhecidas por terem se inclinado, a menos que eles pudessem ser corrigidos com precisão com base em outras provas.
Assim, tendo reduzido cerca de 300 conjuntos de dados a apenas 55, Veikkolainen estimou que a freqüência das reversões dos pólos magnéticos ocorreu em diferentes pontos no passado da Terra .
As evidências apontam para um campo mais estável muito longe do passado e menos reversões.
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O conjunto de satélites da ESA chamados de matriz de satélites Swarm que analisam mudanças e alterações no Campo Eletromagnético da Terra.
Ele descobriu que as inversões dos polos acontecem cerca de uma vez a cada 3,7 milhões de anos no período entre 500 milhões e 1,5 bilhões de anos atrás. Mas, em um momento anterior, no período entre 1,5 bilhões e 2,9 bilhões de anos atrás, o campo magnético só capotou uma vez a cada 5 milhões de anos.
Isso é muito menos frequente do que nos últimos 150 milhões de anos, quando o campo tem virado a cada 600 mil anos. Nos últimos 10-20 milhões de anos a mudança se acelerou ainda mais, para uma vez a cada 200-250 mil anos.
“A evidência aponta para um campo mais estável muito mais longe no passado e menos reversões “, diz Veikkolainen.
“Este parece-me ser o estudo mais aprofundado que tem sido feito até agora, e ele reforça muitas das conclusões de trabalhos anteriores, então eu acho que é uma evidência muito boa”, diz Robert Coe , da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.
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Uma brusca mudança do campo magnético poderia apagar todas luzes e a transmissão de energia no planeta inteiro (Crédito: NASA Earth Observatory)
Estamos caminhando para uma outra mudança do campo magnético e dos polos norte e sul da Terra? É difícil de se dizer.
Os dados coletados pela ESA-Agência Espacial Europeia com a matriz de satélites Swarm revelou que o campo magnético da Terra recentemente esta enfraquecendo a uma taxa de cerca de cinco por cento por década. O campo muda o tempo todo, mas uma taxa de cinco por cento por século e não por década seria mais normal, levando alguns a especular que uma inversão dos pólos pode ser iminente .
Não está claro precisamente o que aconteceria se o campo enfraquecesse grandemente ou desaparecesse por um tempo durante uma inversão polar. No entanto, os cientistas acreditam que as redes de energia e sistemas de comunicação estariam potencialmente em risco, assim como a nossa civilização.

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