Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A Cura pelo ozônio no Brasil


A Cura pelo ozônio no Brasil

 

Em entrevista , Dr. Glacus de Souza Brito, coordenador
 do Projeto de Pesquisas com Ozônio na USP, falou 
dos benefícios do uso do ozônio, cuja experiência 
internacional tem demonstrado sua eficácia, 
em tratamentos que vão desde enxaqueca, 
acne, feridas crônicas, hérnia de disco até a redução 
de 80% dos casos de amputações de pé diabético 
por gangrena, além de se ter a perspectiva 
de reduzir em até 30% o custo do SUS no tratamento 
de diversas patologias.
 
De acordo com pesquisas internacionais, a 
ozonioterapia poderia reduzir em  até 80% a taxa 
 
de amputação de membros de pacientes com 
gangrena diabética e diminuir até 25% os custos 
no tratamento de feridas crônicas, infecções, 
inflamações e da dor, uma vez que nos 
países onde o tratamento é regulamentado houve 
redução de 27% no consumo total de antibióticos 
e de 22% no consumo de analgésicos.
Mas porque então não regulamentar o tratamento? 
O CFM (Conselho Federal de Medicina) e a Anvisa 
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) argumentam 
que o método que usa ozônio para o tratamento  
de doenças, chamado ozonioterapia, não tem amparo 
científico e, portanto, não pode ser regulamentado.
 
O primeiro registro da utilização do ozônio 
para fins terapêutico foi em 1885, seguindo-se outro 
caso em 1892, em que o ozônio foi utilizado para o 
tratamento de tuberculose. Em 1902, foi registrado 
o seu uso no tratamento de surdez crônica. O 
ozônio foi tornando-se cada vez mais popular e foi 
amplamente utilizado durante a I Guerra Mundial depois 
de verificadas as suas propriedades anti-inflamatórias 
e anti-infecciosas após a aplicação nas feridas 
infectadas e gangrena dos soldados. Segundo 
Dr. Glacus, os Estados Unidos usou o tratamento 
com ozônio com muito sucesso, de 1885 até 1932, mas 
em 1933 a AMA (American Medical Association) proibiu 
o uso do ozônio alegando que não pode haver terapia 
que venha competir com os medicamentos da 
indústria farmacêutica, e o médico que praticasse tinha 
sua licença cassada.
 
Atualmente, a ozonioterapia já foi regulamentada 
em vários países como Rússia, Cuba, Alemanha, 
berço da ozonioterapia e onde mais de 20 mil médicos 
praticam a técnica, e Itália. Nos Estados Unidos, 
15 Estados conseguiram 
liberar o uso do ozônio na medicina por meio de leis 
estaduais, que garantem ao cidadão o direito de 
utilizar a terapia que lhe convém, mas é preciso que 
o médico seja credenciado e que ambos, médico e 
paciente, assinem um termo de responsabilidade 
sobre as implicações do tratamento.
 
Ao longo de 2009 e 2010, o grupo de pesquisadores 
da USP, coordenado pelo Dr. Glacus, testou o uso 
do ozônio para inativar dez tipos de bactérias, entre 
elas a KPC, uma das mais resistentes e que tem 
levado muitos pacientes à morte. Segundo Dr. Glacus, 
bastaram 5 minutos de exposição ao jato de ozônio 
para os agentes infecciosos fossem inativados. 
O mecanismo de ação é que o ozônio destrói as 
paredes dos microorganismos. Internacionalmente, 
relata-se que entre as doenças combatidas pela 
ozonioterapia estão a asma, artrite, arteriosclerose, 
diversas doenças dermatológicas como acne, micoses, 
eczema e psoríase, tratamento de feridas 
infectadas e doenças causadas por vírus, como 
herpes e hepatites crônicas virais, além de combater 
a celulite e a gordura localizada e ser eficaz no 
tratamento antienvelhecimento.
São vários os métodos de aplicação da ozonioterapia: 
hidrozonioterapia, que consiste em diluir o ozônio em 
água e aplicar na zona do corpo a ser tratada ou ainda 
ingerir a mistura; vapor, em que o ozônio é aplicado 
no corpo através de vaporizações, saunas; óleos 
ozonizados, óleos embebidos em ozônio são aplicados 
com movimentos de massagem na zona do corpo a ser 
tratada, ou na cobertura de feridas ; injeção subcutânea, 
em que o ozônio é injetado na zona subcutânea da pele 
e auto-hemotransfusão, no qual se retira certo volume 
de sangue e depois acrescenta-se  ozônio ao sangue e 
depois reintroduzir esta mistura no organismo, pela 
mesma veia em que se coletou.
 
No Protocolo de Pesquisa desenvolvido no Hospital 
das Clínicas, para o tratamento do pé diabético, será 
utilizada a lavagem dos ferimentos com água ou soro 
fisiológico ozonizado e nebulização da ferida dentro 
de sacos plásticos por uma hora. Este procedimento 
pode ser realizado, por exemplo, à beira do leito do 
paciente, em serviços ambulatoriais de tratamentos de 
feridas ou até mesmo na residência do paciente.
 
 
Dr. Glacus é médico pesquisador do Departamento de 
Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas 
da USP, consultor da Organização Mundial de Saúde e 
Coordenador do Projeto de Pesquisas com Ozônio na 
USP. Incansável batalhador pela regulamentação da 
ozonioterapia no Brasil, ele finalizou a entrevista dizendo 
à nossa reportagem: “Eu não vim para este mundo para 
ser um mero prescritor, para alimentar a ganância de 
lucros da indústria farmacêutica, mas sim para procurar 
os meios para uma efetiva cura dos pacientes”. 
 
Sonorum

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