Pequenos trechos do primeiro livro da serie: A Harpa Sagrada
Zamorim estava em pé, ao meu lado, e segurou firme minha mão direita. Levantei-me, parecia flutuar naquele mundo, me sentia leve. Caminhamos juntos, adentrando ainda mais naquela espessa nuvem temporária.
− Como está conseguindo caminhar nesta bruma? – perguntei.
− Paulo, de agora em diante, precisarás aprender a deixar tua mente percorrer as diferentes possibilidades que todo ser terrestre é realmente capaz. Em breve a frequencia do planeta Terra, será alterada. E o véu da ilusão do mundo não tardará a cair para muitos, e essas criaturas estarão vivendo dentro de um novo padrão vibratório, experimentando novas e surpreendentes realidades. Igual a bruma que enxergas, ela existe apenas na tua imaginação. Está sendo causada mais pelo teu medo perante o desconhecido. Dissipa o sentimento de temor e, imediatamente, essa bruma desaparecerá. Saber transmutar, elevar tua frequencia acima das situações opressoras que os homens vivem na terra, é erguer-se em definitivo dentro das escalas cósmicas: é evoluir.
Zamorim parecia adivinhar o que se passava comigo. Transmutei a energia do medo lembrando-me de coisas boas, e senti vibrar minha essência na felicidade dos momentos fantásticos que estava vivendo. A bruma se desfez com rapidez, permitindo que enxergasse, primeiro, o céu totalmente branco, e, em seguida, o sol, igualmente branco. Daquele planetoide, eu via outros mundos. Um que identifiquei foi o planeta Terra.
− Paulo, tu te encontras no planetoide “O Mundo da Harpa Sagrada” – disse com empolgação, soltando minha mão. − Este mundo foi criado pelos Ancestrais.
− Quem são os Ancestrais?
Zamorim não respondeu. Murmurou outra melodia. Ergueu a cabeça, coberta pelo capuz, fixando seu olhar, supostamente, no infinito totalmente branco. Acompanhei seu gesto, olhando na mesma direção e respirei fundo; fui mergulhando na melodia que logo se perpetuou em sonoridade musical no prana, e, em seguida, nas palavras narradas por aquele homem. Passei a enxergar no espaço tudo que ele falava, como numa grande tela de TV.
− Paulo, tudo começou em eras incontáveis, com os magníficos seres Ancestrais, criaturas parecidas conosco, embora tendo seus corpos um tanto diáfanos com seus três metros e meio de altura. Esses cientistas cósmicos sabiam que todo o Universo e, portanto, cada existência vibra dentro de freqüências eletromagnéticas de som e luz. E apenas a hierarquia Ancestral conseguiu captar e decifrar a melodia das esferas, que eterniza o universo. O povo Ancestral viajou por toda essa galáxia, decifrando as notas que interligavam as existências, e passou a direcionar os mundos primitivos em seus progressos cósmicos, porque muitas das matérias desses mundos se perdiam. Elas não alcançavam a frequencia necessária para a evolução. O envolvimento maior dos Ancestrais com a Terra começou quando a primeira essência viva germinou sobre o planeta. Para ajudar a Terra em seu progresso, construíram este planetoide belíssimo. Desse Mundo, eles usavam instrumentos musicais especiais, que enviavam vibrações melodiosas para o planeta, proporcionando à vida terrena um desenvolvimento acelerado.
Visualizei esses acontecimentos no espaço; era fantástico perceber aqueles belos gigantes enviando através de instrumentos musicais, vibrações que influenciavam nas energias atômicas, e formando núcleos de energias que compunham as moléculas, criando os primeiros complexos organismos vivos, que surgiram inicialmente na água, passando, rastejantes, para a terra.
Zamorim prosseguia falando:
− Os comandantes desses projetos não consideraram que...
Continua...
Maiores informações: serieharpasagrada@hotmail.com
Paz, Luz.
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