Serie De Ficção Cientifica Brasileira: A nossa vida é repleta de magia quando entendemos, e unimos a nossa sincronicidade com o todo. “A Harpa Sagrada” inicia-se numa serie de revelações onde o homem tem sua essência cravada no sagrado, e o olhar no cosmos aspirando sua perfeição.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Plutão pode ter oceano de água líquida submerso

 (Foto: NASA / Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory / Southwest Research Institute)

Mesmo tendo sido rebaixado à categoria de planeta anão, Plutão não para de surpreender. Depois de descobrirem que o planetinha tem um coração que bate, astrônomos suspeitam agora que ele tenha água líquida por baixo de sua superfície.

A questão é: se conseguimos produzir um iceberg dentro da geladeira ao reduzirmos a temperatura dela ao máximo, como um planeta extremamente frio que está a 6 bilhões de quilômetros do Solconsegue comportar água em estado líquido? Os cientistas também estão se perguntando isso.
As suspeitas da NASA surgiram depois que a sondaNew Horizons passou pelo planeta, em julho de 2015, e encontrou evidências de atividade tectônica no lugar, que só poderiam ser explicadas com a presença de um oceano subterrâneo.
Agora, novos estudos mostraram que, de fato, Plutão murcharia como um maracujá se não tivesse água líquida, já que apenas isso daria espaço para sua crosta congelada se movimentar, como escreveu a New Scientist
As suspeitas dos astrônomos são as de que o planeta tenha um núcleo fervente que geraria calor graças à diminuição dos elementos radioativos internos. Apesar da notícia fazer com que Plutão pareça um lugar mais simpático à vida, os pesquisadores ainda acham que esta probabilidade é muito (MUITO) pequena.
Ainda assim, o que mais impressiona os cientistas é a descoberta da possibilidade da existência de água líquida em planetas anões, luas e outros planetas, que não possuem as forças das marés que eles julgavam necessárias para isso. Os astrônomos afirmam que ainda precisam confirmar as suspeitas, mas as possibilidades já são animadoras.
GALILEU

Astrônomos afirmam que existem mais buracos negros do que pensávamos


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Pesquisadores divulgaram um estudo, na Nature, afirmando que o universo pode ter mais buracos negros do que pensávamos. E, em breve, poderemos detectar mais de mil fusões destes gigantes por ano, com a próxima geração de detectores de ondas gravitacionais, que serão mais sensíveis do que Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO), o responsável por detectar as primeiras fusões.
Considerando que até agora só conseguimos detectar as ondas por duas vezes, essa é uma notícia animadora para a comunidade científica, uma vez que os dados gerados podem dar explicações sobre a origem e a composição do universo — lembrando que conhecemos apenas 4% dele. 
“O universo não é o mesmo em todos os lugares”, afirma o co-autor do estudo Richard O’Shaughnessy, do Instituto Rochester de Tecnologia. “Alguns lugares produzem mais buracos negros binários do que outros. Nosso estudo leva essas diferenças em consideração.”
Para chegar à conclusão, os pesquisadores desenvolveram um complexo modelo matemático do cosmo. Ninguém sabe ainda se ele está correto, mas, como o modelo previu a primeira detecção de ondas gravitacionais, as chances são grandes. Além disso, os cientistas do LIGO também sugerem a existência de muitas outras colisões de buracos negros a serem descobertas.
A questão é que o tipo de buraco negro que produz ondas como as que foram detectadas é diferente da maioria dos outros buracos negros. Eles são bem maiores do que o normal, porque foram formados a partir de estrelas que têm massa até 100 vezes maior do que o nosso Sol. Ou seja, eles são monstruosos e gigantescos até para os padrões dos buracos negros. E, apesar das colisões não afetarem suas posições, elas influenciam a órbita dos buracos menores que estão por perto.
Segundo O’Shaughnessy, o LIGO não vai conseguir fazer mil detecções por ano, mas eles estão otimistas porque os próximos instrumentos desenvolvidos vão ser mais potentes e poderão nos ajudar a chegar mais perto de resolver os mistérios do universos.
GALILEU

Catálogo Messier

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O Catálogo Messier é um catálogo astronómico criado pelo astrónomo francês Charles Messier (com a colaboração do astrónomo Pierre Méchain) na segunda metade do séc. XVIII. Este catálogo apresenta atualmente 110 objetos do céu profundo, e ainda hoje é uma referência para os astrónomos.
Charles Messier decidiu elaborar o seu catálogo depois de ter observado um objeto celeste que lhe parecia um cometa, porém esse objeto não se movia em relação às estrelas vizinhas. Não poderia portanto ser um cometa. Esse objeto era na realidade uma nebulosa (atualmente conhecida como Nebulosa do Caranguejo).
Dado que no céu noturno, com os instrumentos de observação disponíveis na época, vários objetos celestes poderiam ser confundidos com cometas, Charles Messier decidiu fazer uma lista desses objetos e assim nasceu o Catálogo de Messier. Este astrónomo listou 103 objetos celestes, porém já no séc. XX vários astrónomos decidiram acrescentar à lista outros 7, totalizando os 110 objetos Messier que formam o catálogo nos dias de hoje.
Atualmente, o Catálogo Messier não é mais utilizado pelos “caçadores de cometas”, porém mantém-se como uma excelente ferramenta para identificar belos objetos do céu profundo que podem ser observados através de instrumentos de observação utilizados por astrónomos amadores.
Esses objetos do céu profundo são de diversos tipos, como é o caso de nebulosasgaláxias e aglomerados de estrelas. Esses objetos são designados pela letra “M” seguida de um número entre 1 e 110, por exemplo M1, M31, M42, M110. Ou então, em vez de se utilizar a letra “M”, pode-se utilizar a palavra “Messier”, ficando assim: Messier 1, Messier 31, Messier 42, Messier 110.
Vamos ver de seguida apenas alguns exemplos desses objetos listados no Catálogo Messier:
M1 ou Messier 1 – Este objeto do céu profundo é também conhecido por Nebulosa do Caranguejo. Trata-se do remanescente de uma supernova que foi observada no já longínquo ano de 1054. M1 situa-se a aproximadamente 6.500 anos-luz de nós. Este tornou-se no primeiro objeto a figurar na relação dos objetos Messier.
M13 ou Messier 13 – Trata-se de um aglomerado globular (ou enxame globular) de estrelas. Este objeto do céu profundo por vezes é chamado de Aglomerado Globular de Hércules. M13 situa-se a aproximadamente 25.000 anos-luz de distância, tendo sido descoberto por Edmond Halley em 1714.
M31 ou Messier 31 – Também conhecido como a Galáxia de Andrómeda, este objeto situa-se a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância. Trata-se da maior galáxia do Grupo Local (do qual também pertence a nossa galáxia, a Via Láctea). À sua voltam orbitam diversas galáxias satélites, como é o caso de M32 e M100.
M42 ou Messier 42 – Este objeto celeste é também conhecido por Nebulosa de Órion, sendo por muitos considerado um dos mais belos objetos do céu profundo que podemos observar. M42 situa-se a aproximadamente 1350 anos-luz de distância da Terra.
Cometas, Planetas, Estrelas, Universo

Eclipses Solares e Lunares em 2017

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Durante o ano de 2017 vão ocorrer 4 eclipses: 2 eclipses do Sol e 2 eclipses da Lua. Estes são acontecimentos astronómicos que geram interesse e curiosidade nas pessoas em geral, e não somente nos astrónomos. Tendo isso em mente, vamos neste artigo apresentar quais os locais e as datas onde poderão ser observados os eclipses em 2017.
Os visitantes deste site são de diversos locais do mundo, pelo que os horários dos eclipses aqui apresentados são com base no Tempo Universal (TU). Assim, é fundamental converter o horário aqui apresentado em Tempo Universal para o horário do Tempo Local, conforme a localização geográfica do visitante deste site. Por exemplo, o Brasil tem o horário local diferente do horário local de Portugal, de Angola, de Moçambique, etc.
Para as observações dos eclipses, é necessário também levar em conta as condições atmosféricas no local de observação.
Posto isto, vamos apresentar a lista dos eclipses em 2017:

Eclipse penumbral da Lua – 11 de Fevereiro de 2017

Lua entra na penumbra: 22:34 TU (Tempo Universal, precisamos de o converter para horário local)
Meio do eclipse: 00:45 TU
Lua sai da penumbra: 02:53 TU
Este eclipse penumbral da Lua pode ser observado na América, Europa, África e Ásia.
Para ver com mais pormenor quais os locais onde este eclipse solar poderá ser observado, clique no link:  https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2017Feb11N.pdf.

Eclipse anular do Sol – 26 de Fevereiro de 2017

Início do eclipse parcial: 12:11 TU (Tempo Universal, precisamos de o converter para o horário local)
Início do eclipse anular: 13:15 TU
Máximo do eclipse: 14:53 TU
Fim do eclipse anular: 16:32 TU
Fim do eclipse parcial: 17:36 TU
Na sua forma de eclipse anular do Sol, este será visível numa faixa muito estreita que começa no Oceano Pacífico, passando pela região sul da América do Sul (Patagónia), atravessando depois o Oceano Atlântico Sul, e terminando no sudoeste de África (sendo visível também em Angola) . Na sua forma parcial, este eclipse pode ser observado na região centro e sul da América do Sul, parte da Antárctida e parte de África.
Para ver com mais pormenor quais os locais onde este eclipse solar poderá ser observado, clique no link: https://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEplot/SEplot2001/SE2017Feb26A.GIF.

Eclipse parcial da Lua – 7 de Agosto de 2017

Lua entra na penumbra: 15:50 TU (Tempo Universal, precisamos de o converter para horário local)
Lua entra na sombra: 17:23 TU
Meio do eclipse: 18:20 TU
Lua sai da sombra: 19:10 TU
Lua sai da penumbra: 20:51 TU
Este eclipse parcial da Lua pode ser observado na Europa (especialmente no leste), África, Ásia e Oceania.
Para ver com mais pormenor quais os locais onde este eclipse solar poderá ser observado, clique no link: https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2017Aug07P.pdf.

Eclipse total do Sol – 21 de Agosto de 2017

Início do eclipse parcial: 15:47 TU (Tempo Universal, precisamos de o converter para o horário local)
Início do eclipse total: 16:49 TU
Máximo do eclipse: 18:26 TU
Fim do eclipse total: 20:03 TU
Fim do eclipse parcial: 21:04 TU
Na sua forma de eclipse total do Sol, este será visível numa faixa muito estreita começando no Oceano Pacífico, atravessando os Estados Unidos da América, terminando no Oceano Atlântico. Na sua forma de eclipse total, a duração máxima será de 2 minutos e 41 segundos nos locais privilegiados para a observação do mesmo. Na sua forma parcial, o eclipse poderá ser observado na América do Norte, na região norte da América do Sul, no oeste da Europa e no oeste de África.
Para ver com mais pormenor quais os locais onde este eclipse solar poderá ser observado, clique no link:  https://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEplot/SEplot2001/SE2017Aug21T.GIF.
Neste artigo são apresentadas diversas informações sobre os eclipses em 2017, nomeadamente onde e quando poderão ser observados. Mas poderá querer saber com mais detalhes como ocorrem os eclipses, como eles se explicam. Para saber mais sobre este fenómeno astronómico, aqui fica a sugestão de leitura do artigo: Eclipse Solar e Eclipse Lunar.


Cometas, Planetas, Estrelas, Universo



Japão lançou nesta terça-feira com sucesso um foguete plataforma de lançamento com um satélite destinado a estudar a energia dos elétrons do Cinturão de radiação de Van Allen, informou a Agência Aeroespacial japonesa (JAXA).
O foguete modelo Epsilon foi lançado às 20h local (9h, em Brasília) desde o centro espacial Uchinoura da JAXA na Prefeitura de Kagoshima (sudoeste), como tinha programado a Agência Aeroespacial japonesa.
O satélite, batizado de ERG (sigla em inglês de exploração da Energia e Radiação no Geoespaço), tem a missão de recolher informação sobre a origem dos elétrons altamente carregados que compõem os chamados cinturões de Van Allen.
Estes cinturões se encontram em certas zonas da magnetosfera terrestre onde se concentram as partículas carregadas, a uma altura de entre mil e 60 mil quilômetros acima da superfície de nosso planeta.


O projeto quer esclarecer o funcionamento dos elétrons com alta carga nesta região, assim como o desenvolvimento das tempestades solares às quais se unem, explicou a JAXA.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Quanto tempo dura uma volta completa do Sol ao redor dele mesmo?






Imagens do Sol em alta definição feitas pela Nasa



Assim como muitos corpos celestes, como a Terra, o Sol também gira em torno do seu próprio eixo. Mas, diferentemente de nosso planeta, que leva pouco menos de 24 horas para concluir a volta, o tempo gasto pelo Sol durante esse movimento de rotação dura, em média, 27 dias.
Por ser formado basicamente por uma gigante massa de gases, o Sol não consegue ter uma rotação uniforme, como acontece com os planetas sólidos, por exemplo. Assim, o movimento tem duração diferente em cada uma de suas partes. No equador, a velocidade é mais rápida e a volta leva cerca de 24 dias para ser completada. Já na região dos polos, o movimento é mais lento, levando 30 dias.
De acordo com a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), as partes internas do Sol também giram mais rápido do que as camadas exteriores.

Galileu Galilei

O movimento de rotação do Sol foi observado pela primeira vez por volta do ano de 1600. Na época, o físico Galileu Galilei observou que as manchas solares se moviam ao longo do tempo, indicando que o astro não ficava parado. Até hoje, os pesquisadores monitoram os movimentos e a velocidade do Sol observando justamente as atividades de suas manchas solares.
Essas manchas são áreas mais "frias" (com temperaturas de mais de 4.000 graus Celsius) da superfície do Sol que se formam quando o plasma do astro interage com o campo magnético, gerando erupções e outros tipos de tempestades solares.

Sol também se move na Via Láctea

Além do movimento de rotação, em torno de si mesmo, o Sol também se move ao redor da nossa galáxia, a Via Láctea. Uma volta completa dura nada menos que 225 milhões de anos, levando consigo todos os outros corpos do Sistema Solar.

E por que os planetas e outros astros giram?

Esses movimentos em torno de si e ao redor de outro corpo celeste (no caso dos planetas do sistema solar, ao redor do Sol), acontecem porque não existe nenhuma força capaz de pará-los no universo, ou seja, tudo tende a se manter em movimento, e por conta da atração gerada entre eles. 
Isso acontece desde a época do Big Bang, que deu origem ao Universo há mais de 13 bilhões de anos. Desde então, as partículas se chocam e se atraem. Quando um corpo celeste "tromba" no outro, dá origem ao movimento de rotação.
Fontes: Nasa, Live Science, Universidade Federal Fluminense; Universidade Federal do Rio Grande do Sul

 
Imagens do Sol em alta definição feitas pela Nasa
Cintia Baio
Colaboração para o UOL

A supernova mais brilhante já registrada pode não ter sido uma supernova

Por: 


No ano passado, astrônomos registraram a supernova mais brilhante da história. Observações seguintes sugerem que esse esse evento sequer foi uma supernova. Em vez disso, teria sido um fenômeno celestial extremamente raro envolvendo um buraco negro supermassivo e uma estrela bastante azarada.
Em 2015, astrônomos que participavam da All Sky Automated Survey for SuperNovae (ASAS-SN) viram o que pensaram ser uma supernova estranhamente brilhante. Chamada de ASASSN-15lh, ela iluminava duas vezes mais que a supernova que mantinha o antigo recorde, emitindo 20 vezes o total de luz de toda a Via Láctea. Uma supernova é o suspiro brilhante de uma grande estrela que não consegue mais equilibrar as forças que a mantém unida, produzindo uma onda de choque que a faz explodir com muita força.
Um estudo complementar publicado na revista Nature Astronomy lança dúvidas sobre essa avaliação inicial, sugerindo que a ASASSN-15lh não foi uma supernova superluminosa, mas na verdade consequência da proximidade de uma estrela parecida com um Sol com um buraco negro que estava girando extremamente rápido – fenômeno cósmico conhecido como força de maré extrema.
supernova-buraconegro1Conceito artístico de uma estrela parecida com um Sol enquanto ela vai em direção ao buraco negro supermassivo. (Imagem: ESO, ESA/Hubble, M. Kornmesser)
“Observamos a fonte por 10 meses depois do evento e concluímos que a explicação dificilmente se trata de uma supernova extraordinariamente brilhante”, comentou o líder da investigação Giorgos Leloudas, astrônomo do Weizmann Institute of Science de Israel, num comunicado. “Nossos resultados indicam que o evento provavelmente foi causado por um buraco negro supermassivo que girava rapidamente e que destruiu a estrela”.
Durante a força de maré extrema, as forças gravitacionais de um buraco negro supermassivo “espaguetifica” e destrói a estrela quando ela chega muito perto. Os choques produzidos pelos destroços, junto com a tremenda quantidade de calor que é gerada, produz explosões de luz. Esse evento particular aconteceu em uma galáxia a 4 bilhões de anos-luz da Terra, e é apenas a décima força de maré extrema registrada.

Acima: Uma animação que mostra como a ASASSN-15lh deve ter acontecido.
Durante os dez meses que se seguiram à explosão, os astrônomos viram como a ASASSN-15lh passava por uma série de fases que eram consistentes com o fenômeno de força de maré extrema. O objeto ficou iluminado em luz ultravioleta e experimentou um aumento de temperatura – fatos que não costumam acontecer em supernovas. Além disso, a explosão aconteceu numa galáxia vermelha, enorme e passiva e geralmente não é o comum para supernovas, que normalmente acontece em galáxias azuis, formadoras de estrelas.
Os pesquisadores basearam essas conclusões nas observações feitas por meio do Very Large Telescope, no Observatório Cerro Paranal do ESO; do New Technology Telescope, no Observatório La Silla do ESO e do telescópio espacial Hubble.

Acima: Essa simulação mostra uma estrela sendo destruída pelas ondas gravitacionais de um buraco negro supermassivo. A estrela se “espaguetifica” e depois de várias órbitas cria um disco de acreção. (Crédito: ESO, ESA/Hubble, N. Stone, K. Hayasaki)
Dito isso, essa força de maré extrema – se realmente for isso – é única, e exigiu um conjunto especial de circunstâncias para acontecer.
“Os eventos de força de maré extrema que propomos não pode ser explicada com um buraco negro enorme que não estivesse girando”, explicou Nicholas Stone da Universidade Columbia. “Argumentamos que a ASASSN-15lh surgiu a partir da força de maré extrema a partir de um tipo de buraco negro muito particular.”
O buraco negro supermassivo no centro dessa galáxia possui uma massa 100 milhões de vezes maior do que a do nosso Sol. Normalmente, um buraco negro desse tamanho não seria capaz de destruir estrelas fora do seu horizonte de eventos – a fronteira dentro da qual nenhum objeto consegue escapar. Mas se esse buraco negro foi o chamado buraco negro de Kerr – que gira rapidamente – esse limite não se aplica, e ele é capaz de sugar qualquer estrela que chega a uma determinada distância.
Os pesquisadores ainda não estão completamente confiantes de que a explosão aconteceu a partir da força de maré extrema, mas os indícios se encaixam nesse cenário. Observações posteriores serão necessárias para resolver o caso em definitivo.
Imagem do topo: conceito artístico de um buraco negro supermassivo girando rapidamente cercado por um disco de acreção – (Imagem: ESO, ESA/Hubble, M. Kornmesser)

Uol Noticias

Toda esta galáxia está sendo devastada por um buraco negro supermassivo

Uma nova fotografia espetacular capturada pelo telescópio espacial Hubble mostra uma galáxia que está sendo estrangulada por tentáculos de gás e poeira. O formato estranho desse objeto celestial é causado por um buraco negro supermassivo no seu núcleo – que está matando a sua galáxia hospedeira.
A galáxia, conhecida como NGC 4696, é localizada dentro do aglomerado galáctico de Centauro a cerca de 150 milhões de anos-luz de distância. Ela tem um formato elíptico razoavelmente padrão, mas uma observação mais de perto mostra que ela não é muito parecida com suas vizinhas.
A NGC 4696 conta com faixas de filamentos de ondulação feitos de poeira e hidrogênio ionizado, que estão espiralando para fora do corpo principal e para o espaço interestelar. Uma nova pesquisa sugere que um buraco negro supermassivo no núcleo da galáxia é o responsável por essas características – e também está impedindo que ela crie novas estrelas. A galáxia está basicamente morta.
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Astrônomos sabem sobre a existência dessa galáxia há algum tempo – é o membro mais brilhante do seu aglomerado – mas uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge forneceu algumas novas informações sobre ela. Usando o telescópio espacial Hubble, os astrônomos conseguiram medir os filamentos empoeirados, descobrindo que eles têm em média 200 anos luz de comprimento, e contam com uma densidade cerca de 10 vezes maior do que o gás ao redor deles. Esses filamentos estão se juntando como fio, conectando o gás da galáxia ao seu núcleo brilhante.
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Uma foto de 2010 oferece uma perspectiva diferente da galáxia NGC 4696. Via ESA/Hubble e NASA.
Os pesquisadores dizem que o buraco negro supermassivo no núcleo galáctico é o responsável pelo formato e posicionamento desses filamentos. A energia produzida por ele está aquecendo os gases ao redor, enviando fluxos de material super-quente para fora e empurrando o material filamentário – e até mesmo o campo magnético da galáxia – junto. Os filamentos ao redor do buraco negro são eventualmente engolidos.
Por mais que tudo seja bonito, o processo pode explicar porque a galáxia parece atrofiada. As estruturas magnéticas que fluem por toda a galáxia evitam qualquer gás de criar novas estrelas. Sem novas estrelas nascendo, as estrelas que já existem vão continuar envelhecendo até morrer, fazendo com que esse setor do espaço apague completamente no futuro.
Foto de topo via NASA, ESA/Hubble, A. Fabian
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